São Paulo — A E-Motors, que importa e comercializa veículos elétricos pequenos no Brasil, avançou para uma nova área de negócios, inaugurando sua primeira oficina, independente, dedicada ao segmento elétrico na cidade de São Paulo. Operando desde o segundo semestre do ano passado a empresa já realizou mais de duzentos atendimentos em motocicletas, bicicletas e patinetes que precisaram de algum reparo na parte eletrônica, elétrica e de baterias.
A E-Motors trabalha, principalmente, com a recuperação das baterias de lítio e até a montagem de um pack do zero. O trabalho de recuperação envolve a desmontagem da bateria, análise da voltagem e amperagem e, caso algum problema seja detectado, o trabalho parte para a testagem das células, que pode levar até dez horas para identificar qual apresenta problema e necessita passar por um processo de equalização, retomando sua capacidade inicial ou muito próximo disso.
Ao começar com a manutenção de veículos elétricos menores o plano de negócios da empresa pretende o avanço para automóveis e comerciais leves em, no máximo, dois anos. Daqui até lá a intenção é estruturar a oficina para ter o ferramental necessário e o espaço ideal para fazer a manutenção em veículos maiores:
De acordo com Tiago Bezutte, um dos sócios sa E-Motors, "queremos avançar para as baterias de automóveis, independente de marca e modelo, e outros veículos como kart de corrida elétrico, para o qual já nos procuraram para a construção de um pacote de baterias do zero. O conceito de trabalho é bem parecido, mas precisamos de maior estrutura física e mais mão de obra especializada".

Nesse começo de trabalho a E-Motors também pretende entender qual o tamanho do investimento para manter uma oficina desse tipo e em quanto tempo ele se paga, para começar a ofertar ao mercado o modelo de franquia. O projeto de expansão deverá começar pela Capital e pela Grande São Paulo para, depois, avançar para outras regiões com demanda.
Bezutte acredita que com o avanço do segmento elétrico no País, movimento que já começou e que ele acredita que ganhará força nos próximos anos, haverá forte demanda por serviços de manutenção e pouca mão de obra especializada, abrindo espaço para o seu modelo de negócio. A expectativa nos próximos anos é negociar, também, contratos de manutenção de veículos elétricos com empresas que possuam frotas eletrificadas, junto com o atendimento de pessoas físicas.
Ele disse que o plano de negócios é de cinco anos e, até lá, as primeiras franquias já deverão estar em operação. Alguns concorrentes deverão surgir nesse período, mas Bezutte aposta no conhecimento que a empresa e seus funcionários terão desenvolvido como um diferencial na prestação dos serviços.
Para o primeiro semestre deste ano a expectativa é de alta de 40% sobre os duzentos atendimentos já realizados na segunda metade do ano passado.
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