Novo modelo de entrada, produzido em Taubaté, custará R$ 79 mil 990
Taubaté, SP – As últimas páginas do capítulo final de uma história de 42 anos começam a ser viradas pela Volkswagen. Na virada do ano o Gol deixará as linhas de montagem de Taubaté, SP, para dar lugar ao Polo Track, seu sucessor na entrada do portfólio Volkswagen no mercado brasileiro. Uma edição especial, Last Edition, limitada a 1 mil unidades, será lançada para celebrar o fim do hatch que, por 26 anos, foi o carro mais vendido do Brasil.
A sucessão está sendo bem preparada pela Volkswagen. Na sexta-feira, 11, entra no ar a campanha de marketing que informará ao consumidor a troca de bastão: estrelado por dois jogadores de futebol, o aposentado Fred ao volante do Gol e Gio Queiroz, da seleção feminina, a bordo do Polo Track, será o comercial veiculado durante a Copa do Mundo, que começa no domingo, 20.
Gol Last Edition: limitado a 1 mil unidades.
O Gol Last Edition chega às concessionárias nas próximas semanas e ainda há volume de Gol e Voyage em produção na fábrica, para atender a pedidos já feitos – em especial de locadoras, que vêm puxando a demanda nos últimos meses. Em janeiro começa a ser produzido o Polo Track para, a partir da segunda quinzena de fevereiro, chegar à rede.
E terá o mesmo preço do VW Gol: R$ 79 mil 990. Em versão única o Polo Track, montado sobre a plataforma MQB, traz de série quatro airbags, sistema de som com bluetooth e comando no volante, ESC, assistente de subida em rampa, ar-condicionado e trio elétrico. É equipado com o motor 1.0 MSI e transmissão manual.
“É um carro maior, com mais itens, mais segurança, pelo mesmo preço”, disse o vice-presidente de marketing e vendas da Volkswagen do Brasil, Roger Corassa. “Ainda há uma extensa lista de acessórios e opcionais, como o sistema multimídia de 9 polegadas e o sensor de estacionamento traseiro.”
Para diferenciar a versão de entrada produzida em Taubaté para as demais montadas em São Bernardo do Campo, SP, foram promovidas mudanças no design. As grades dianteira, por exemplo, são maiores do que as do Polo da Anchieta, com pormenores em formato de colmeia. Também cresceram os faróis dianteiros, dando uma sensação de “maior robustez”, segundo o chefe de design José Carlos Pavone:
“Substituímos peças que eram da cor da carroceria por similares em preto, que dão essa sensação de um modelo mais robusto”.
Na traseira essa alteração foi feita no para-choque, bem como nas maçanetas. As calotas também são pretas, o que diferencia bem a versão de entrada das demais. Abaixo do logo VW na tampa do porta-malas em vez de Polo há a identificação Track. Por dentro a companhia cuidou também do acabamento, embora ainda abuse do plástico.
Para-choque com peças em preto diferencia o Polo Track do modelo produzido na Anchieta
A Volkswagen não informou, ainda sobre seus objetivos com o Polo Track. Ciro Possobom, o COO da operação brasileira, disse que a intenção é crescer no segmento que representa em torno de 25% das vendas no País, cerca de 500 mil unidades: “Nós estamos com 16% de participação [no geral] e claro que desejamos crescer. Mas não faremos isso a qualquer custo: sempre de maneira sustentável”.
Homenagem – Na apresentação dos dois modelos, o Gol Last Edition e o Polo Track, na fábrica de Taubaté a Volkswagen homenageou o jornalista Claudio Carsughi, o primeiro, segundo a companhia, a dirigir um Gol antes ainda do seu lançamento em 1980, um Impressões ao Dirigir publicado pela revista Quatro Rodas. Um vídeo, que estará disponível na internet, mostra Carsughi dirigindo o Gol Last Edition número 1 mil e o primeiro Polo Track simbolizando o fim e o início de uma nova era da Volkswagen do Brasil.
