Curitiba produziu 1,4 mil chassis, metade para o mercado doméstico e metade para exportação. E em 2025 começa a produzir elétrico articulado.
São Paulo – Pela primeira vez a Volvo teve, no mercado brasileiro, o seu principal ano em entregas de chassis de ônibus: foram comercializadas 709 unidades em 2024, também o melhor ano da história da Volvo Buses, que faturou US$ 2,3 bilhões em todo o mundo. A fábrica de Curitiba, PR, produziu 1 mil 429 unidades, das quais metade foi destinada ao mercado externo, com destaque para Chile, 238 unidades, e Peru, 162.
Em 2025 a operação brasileira recebe mais uma missão que comprova a sua importância dentro da companhia: com o início da produção do chassi BZRT, versão articulada ou biarticulada do chassi elétrico BZR, Curitiba será sua base global de produção e exportação, o maior elétrico do mundo em operação comercial, segundo o presidente da Volvo Buses Latin America, André Marques.
O BZRT pode receber carrocerias de até 28 metros e transportar 250 passageiros. Tem o mesmo quadro de chassi, freios e eixos da versão a diesel equivalente. Além dele a fábrica paranaense produz o BZR, plataforma mundial de chassi elétrico da Volvo que pode ser aplicado em operações urbanas, de fretamento e até rodoviárias de curta distância.
A Volvo produz apenas chassis acima de 16 toneladas, um mercado restrito: no ano passado, segundo Marques girou em torno de 3,7 mil unidades no Brasil, 2,3 mil para o segmento rodoviário e 1,4 mil para o urbano.
Marques projeta um 2025 com vendas no mesmo patamar do ano passado: “O segmento rodoviário está voltando à normalidade depois da crise na pandemia, com boa demanda por causa dos preços altos das passagens aéreas, que favorecem as viagens de ônibus. É um ano de muitos feriados, também bom para o turismo. Mas as condições macroeconômicas, a volatilidade do câmbio e o aumento dos juros, faz com que acreditemos em um mercado estável na faixa acima de 16 toneladas”.