AutoData - De olho na Scania Cummins nacionaliza turbo
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14/09/2017

De olho na Scania Cummins nacionaliza turbo

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Foto Jornalista  Henrique Skujis

Henrique Skujis

A CTT, Cummins Turbo Technologies anunciou na quinta-feira, 14, o início da produção de seus turbocompressores Holset Heavy Duty para motores a diesel. O produto se junta às gamas light e mid, no mercado desde 2009, principalmente para caminhões Ford e Volkswagen. A nova linha, que começa a operar em definitivo em fevereiro, será destinada inicialmente para os motores de 13 litros da Scania, DLC5 e DLC6.

  

A Scania tem importado essas turbinas da marca Holset da Inglaterra e da China.

 

De acordo com o gerente de vendas da CTT, Jonatan Melo, “diante da nacionalização exigida pelo Finame a Scania precisa aumentar a localização de sua produção. A produção nacional, então, foi um requerimento Scania”. Disse, também, que a produção nacional torna a Scania menos exposta às variações do dólar e reduz os riscos de estoque.

 

 A capacidade da nova linha é de 44 mil unidades/ano, elevando em 40% a produção da planta de Guarulhos, SP, contou o gerente de manufatura Pedro Pellegrini: “Se houver demanda podemos produzir oito turbos heavy duty por hora”.

  

Volvo e Iveco são clientes potenciais da nova turbina, que equipa motores com capacidade de 9 a 16 litros.

  

O investimento para a ampliação da fábrica foi de US$ 600 mil. Apesar de não se enquadrar plenamente no conceito de indústria 4.0 a automação adotada exige apenas dois funcionários na linha e tende a proporcionar índice zero de defeito, observou Diego Henrique Pedroza, engenheiro de manufatura da CTT:

 

 “São diversos os controles de prevenção e detecção. A nova linha conta com câmaras, QR code em todos os processos e um banco de dados armazenados em servidor virtua”.

 

CRESCIMENTO – A Cummins aposta na retomada gradual do mercado, garantiu Melo:

  

“De 2017 a 2020 as vendas de caminhões e ônibus devem crescer 12%. Está longe dos 40% que perdemos nos últimos anos, mas é um começo”.

 

No mercado de after market a empresa já verificou expansão de 15% de julho a setembro, contou Ellen Costa, líder de vendas de after market para a América Latina: “Parte da frota que estava ociosa começou a sair da garagem”.

 

Esse respiro fez com que a CTT planejasse horas extras de trabalhos em dois fins de semana de setembro. No entanto não há projeção de contratações: desde o início mais graúdo da crise a empresa, que hoje conta com 1,1 mil funcionários, demitiu coisa de quinhentos.

 

A esperada retomada na produção traz à CTT uma preocupação com sua rede de fornecedores, observou Ellen Costa: “Não sabemos se eles serão capazes de atender nossa à nossa demanda. Por isso não fecho as portas para fornecedores de fora”.

 

Fotos: Divulgação