AutoData - Virtus, mas pode chamar de mini Jetta
Montadora
16/11/2017

Virtus, mas pode chamar de mini Jetta

Imagem ilustrativa da notícia: Virtus, mas pode chamar de mini Jetta
Foto Jornalista  Leandro Alves

Leandro Alves

A participação de Jürgen Stackmann, responsável global de vendas, marketing e pós-venda e dono de uma cadeira no board, mostrou que a América Latina está, neste momento, no topo das prioridades da “Nova Volkswagen”. Ele esteve em São Paulo, na manhã de quinta-feira, 16, quando o Virtus surgiu para o mundo revelando a nova linguagem global dos sedans VW a partir de agora.

 

Com as vendas iniciando em janeiro, o Virtus será o primeiro veículo realmente global da VW comercializado primeiro no Brasil. E o pioneirismo não acaba aí. Seu desenvolvimento priorizou as necessidades, gostos e comportamento do motorista – e ocupantes – dos 29 países da região SAM. Além disso, será o primeiro carro a utilizar inteligência artificial para ajudar as pessoas a conhecer e interagir com o produto.

 

“Estamos mostrando para o mundo um carro desenvolvido aqui no Brasil, que será produzido no Brasil. Faz todo o sentido pensarmos e direcionarmos regionalmente nossas ações”, disse Stackmann.

 

O Virtus é o segundo veículo apresentado em menos de 60 dias – o Polo deu início à Nova VW – de uma série de 20 produtos que estarão nos mercados até 2020. Uma estratégia agressiva que tem como objetivo vender 1 milhão de unidades na região nos próximos três anos.

 

“Temos muitas oportunidades para melhorar a participação em todos os países, mas o Brasil e a Argentina são os principais mercados. Obsevando os números positivos de vendas nos dois países, quanto antes atingirmos nossos objetivos, melhor”, disse Pablo Di Si, presidente e CEO da VW SAM.

 

Foi a primeira apresentação do argentino à frente da organização na região. E é digno de nota a descontração, espontaneidade e otimismo diante de relevante anúncio. Di Si não deixou de reforçar as expectativas em rapidamente recuperar participação com dois novos produtos já a partir de 2018: “Queremos acelerar para chegar em 2020 com 16%, 17% de participação no mercado brasileiro. Polo e Virtus é apenas o começo. Vamos cobrir 90% da oferta de veículos no País entrando em novos segmentos bastante competitivos”.   

 

Ofensiva SUV –  Os utilitários-esportivos são parte importante da estratégia de crescimento da VW, pois até agora a fabricante não dispõe de representantes nesse segmento. Mas está programado para o segundo semestre do ano que vem o início da produção do primeiro SUV brasileiro da VW, o T-Cross. Um jipinho compacto que será feito na fábrica de Curitiba, PR. O T-Cross desponta como candidato a mais um modelo global feito aqui.

 

Além dele está programada a produção de outro SUV, de segmento superior, na fábrica de Pacheco, Argentina. Os preparativos para esse produto, que compartilha a plataforma flexível MQB com T-Cross, Polo e Virtus, já começaram. Di Si deu pormenores do investimento anunciado na Alemanha para a fábrica de Pacheco:

 

“Além da introdução de uma nova plataforma na linha, estamos construindo uma nova cabine de pintura e promovendo diversas melhorias na produção”.

 

Mas o primeiro SUV da ofensiva VW chega no início de 2018. Será importado do México o Tiguan AllSpace, com sete lugares.

 

Virtus – O sedan do Polo trará uma personalidade estética, especialmente na traseira, que remete ao Jetta. Suas dimensões são generosas, resultando em bastante espaço interno por conta da flexibilidade da plataforma MQB. Assim, não foi difícil associar o Virtus ao irmão maior produzido no México, da mesma forma que a VW diz em suas peças de publicidade que o Polo pode ser chamado de mini Golf.

 

Eles compartilham os mesmos materiais e a qualidade na construção;  todo o pacote de segurança, padrões de acabamento e equipamentos. Obviamente a diferença está nas lanternas traseiras e na capacidade do porta-malas de 521 litros do sedan.

 

Durante a revelação do Virtus os executivos resaltaram a liderança da VW na região em utilizar no projeto soluções estéticas, mecânicas e de equipamentos voltados aos padrões e preferências de uso dos consumidores da América Latina. Mais um sinal do protagonismo que a região está exercendo nesse momento.

 

Mesmo em se tratando de um produto global que levará suas principais características para outros continentes, a expectativa é que os ajustes finos como na suspensão e na motorização estejam no centro das próximas apresentações até janeiro, quando começa a ser vendido.

 

O que só o Virtus tem é o manual cognitivo [que utiliza inteligência artificial] para oferecer ao usuário mais possibilidades de interação com o veículo. Será o primeiro carro nacional a oferecer essa tecnologia que promete responder dúvidas por meio de fotos enviadas pelo cliente ou por comando de voz. Mas o cliente precisa ter um aplicativo da VW em seu smartphone.