Mais de 250 fornecedores brasileiros e argentinos foram reunidos pela Toyota, no final de maio, em mais uma edição de sua TLAC, Toyota Latin American and Caribbean Suppliers Conference. A fabricante apresentou seu planejamento anual nas plantas da região e aproveitou para premiar os melhores fornecedores do ano em quatro categorias principais. A JTEKT foi uma das empresas homenageadas pela Toyota, integrando a lista de Oustanding Supplier.
As empresas foram avaliadas em critérios como segurança, qualidade, sustentabilidade, entrega de peças, gerenciamento de custos, operações e aplicação ao TPS, Sistema Toyota de Produção.
A JTEKT Brasil, localizada em São José dos Pinhais (PR), tem sua origem na Koyo, que se instalou no Brasil em 1998. Atua na fabricação de caixas de direção e na distribuição de rolamentos, atendendo as principais montadoras e indústrias do país. Além disso, a empresa também oferece soluções em automação industrial e centros de usinagem, sempre com foco em inovação, excelência operacional e qualidade, alinhada às necessidades do mercado local.
Hoje a companhia possui capacidade de fornecer uma gama diversificada de produtos tecnológicos de alta qualidade, para as principais montadoras do mundo, dentre as quais a Toyota no Cone Sul. Fabrica centros de usinagem e possui grande expertise em automação industrial.
São Paulo – A Unicamp anunciou a criação do Cemobe, Centro de Pesquisa em Mobilidade Elétrica. O projeto, inédito na América Latina, é dedicado ao desenvolvimento de soluções inovadoras em mobilidade elétrica, sistemas híbridos, veículos agrícolas eletrificados e infraestrutura para testes e certificações.
Com sede própria de 1,6 mil m² prevista para ser concluída em até dois anos o investimento inicial para a sua construção, tornado viável a partir de edital da Finep, Financiadora de Estudos e Projetos, é de R$ 15 milhões.
O Cemobe conta com mais de vinte projetos em andamento, de acordo com o seu coordenador, o professor Tárcio Barros, da FEEC, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, vinculada ao Cepetro, Centro de Estudos de Energia e Petróleo, braço estratégico da Unicamp na transição energética.
Segundo Barros o centro já nasce com R$ 105 milhões mobilizados em projetos vigentes, envolvendo mais de duzentos pós-graduandos, cem alunos de graduação, 33 docentes e quarenta empresas parceiras.
O prédio será instalado no HIDS, Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, iniciativa da Unicamp baseada na criação de um distrito de inovação inteligente, dedicado à geração de soluções para os desafios do desenvolvimento sustentável.
O Cemobe será também um espaço de teste e certificação, com laboratórios de motores elétricos, eletrônica de potência, dinâmica veicular, armazenamento de energia e oficina de prototipagem rápida.
São Paulo – A Volkswagen Caminhões e Ônibus anunciou que a partir de 1º de julho tem um novo vice-presidente de produção e logística: Adolpho Bastos, anteriormente vice-presidente de logística da Scania América Latina. Ele sucede a Adílson Dezoto, que se aposenta após quase três décadas na montadora.
Engenheiro de produção graduado na Universidade de São Paulo, Bastos tem especializações pela Stockholm School Economics Business Administration, pela Fundação Getúlio Vargas e pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Ao longo dos últimos trinta anos de carreira ocupou cargos de liderança em diversas operações da Scania e do Grupo Lots no Brasil, Argentina e Suécia.
Dezoto ingressou na Volkswagen Caminhões e Ônibus em 1998 e, desde então, ocupou diversas funções executivas. Na sua gestão aumentou a capacidade da fábrica de Resende, RJ, além de liderar pessoalmente os projetos das linhas de caminhões Constellation, Novo Delivery e Meteor.
São Paulo – No primeiro semestre foram emplacados 1 milhão 199 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, crescimento de 4,9% sobre os primeiros seis meses de 2024, quando os emplacamentos alcançaram 1 milhão 143 mil unidades. Os dados são preliminares do Renavam e foram obtidos pela Agência AutoData.
Considerando apenas automóveis e comerciais leves foram emplacados 1 milhão 129 mil veículos, também 4,9% acima dos 1 milhão 75 mil do período de janeiro a junho do ano passado.
Somente em junho foram comercializados 212,9 mil veículos, 5,6% abaixo de maio, ou 12,7 mil unidades a menos, considerando 225,7 mil emplacamentos. Ambos os meses tiveram feriados com emendas, em maio o dia do trabalho e, em junho, Corpus Christi, mas maio teve 21 dias contra 20 dias úteis em junho. Desta forma a média diária alcançou 10,6 mil vendas em junho, contra 10,7 mil transações diárias em maio.
Comparado com junho de 2024, e suas 214,3 mil unidades, o mercado recuou 0,7%.
As vendas de automóveis e comerciais leves no mês passado somaram 201,7 mil veículos, 5,7% abaixo de maio, que contou com 213,9 mil unidades, e leve recuo 0,2% em comparação a junho de 2024.
Na avaliação da Bright Consultoria a venda direta segue como motor do crescimento, representando 50% dos licenciamentos em junho – patamar estável frente a maio, de 50,2%, e acima dos 44,6% registrados em junho de 2024.
No acumulado do ano 46,3% dos emplacamentos foram realizado por meio de venda direta, enquanto que no mesmo intervalo do ano anterior o porcentual foi de 42,4%.
Os números absolutos, de acordo com a consultoria, refletem este avanço: foram 100,8 mil automóveis e comerciais leves emplacados via venda direta no mês passado, superando em 11,9% os 90,1 mil do sexto mês de 2024.
O showroom, por sua vez, recuou em 10%, de 112 mil unidades para 100,8 mil, “sinalizando uma retração nas vendas a consumidores finais, aliada a mudança estrutural no perfil de consumo, com um aumento nas assinaturas de veículos”.
No acumulado do ano, o canal showroom acumula 606,8 mil unidades, recuo de 2,1% frente aos primeiros seis meses de 2024.
Quanto aos veículos eletrificados junho terminou com 20,5 mil unidades emplacadas, volume próximo ao de maio, com 21,4 mil unidades, mas 44,7% superior ao registrado em junho de 2024, de 14,2 mil. A participação no mês foi de 10,2% do total de vendas.
São Paulo – As vendas de veículos somaram 326 mil unidades no primeiro semestre na Argentina, volume 77,8% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Acara, entidade que representa os concessionários locais.
Em junho foram emplacados 52,2 mil veículos, crescimento de 68,9% na comparação com igual mês do ano passado e queda de 7,3% com relação a maio, que foi o segundo melhor mês de vendas no ano.
Os veículos produzidos no Brasil representaram 48% do total vendido de janeiro a junho, contra 33% em igual período de 2024. Já os modelos fabricados na Argentina representaram 43% das vendas, porcentual que era de 58% no fechamento do primeiro semestre do ano passado.
No acumulado de janeiro a junho a Volkswagen liderou o mercado local com 52,8 mil vendas, seguida de perto pela Toyota que comercializou 52,7 mil unidades. Em terceiro lugar ficou a Fiat com 42,7 mil veículos.
No ranking por modelo o Peugeot 208 garantiu a primeira posição com 18 mil 548 emplacamentos, e o Fiat Cronos ficou logo atrás, com 18 mil 516. Em terceiro lugar ficou a picape Toyota Hilux com 17,1 mil unidades.
São Paulo – Joice Biermayr assume o cargo de gerente de desenvolvimento de concessionárias Volvo no Brasil. A executiva tem 29 anos de carreira na montadora e já passou por áreas como campo, produto, produção e serviço.
Biermayr é formada em engenharia elétrica tecnológica e engenharia automotiva pela UTFPR, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, com especialização em engenharia de produção e MBA em gestão automotiva. Atualmente a Volvo mantém 107 concessionárias espalhadas pelo País.
São Paulo – A General Motors iniciou a produção do novo Chevrolet Tracker na fábrica de São Caetano do Sul, SP. O SUV chegará ao mercado nas próximas semanas com mudanças na dianteira, na traseira e no interior, que trará novo quadro de instrumentos digital e nova tela do kit multimídia.
Para produzir o novo Tracker a fábrica de São Caetano do Sul passou por modernizações, com a adoção de novos equipamentos, como uma célula automatizada para instalar o novo para-choque dianteiro. Novas ferramentas de estamparia também foram instaladas, assim como robôs, ajustes no ferramental da carroceria e melhorias no processo de fixação de componentes.
Camaçari, BA – O primeiro fornecedor da BYD instalado no Brasil foi homologado: a Continental Pneus, que mantém fábrica em Camaçari, a poucos quilômetros da companhia que comprou as instalações da Ford, recebeu seu certificado na terça-feira, 1º. O feito foi anunciado pelo vice-presidente sênior Alexandre Baldy ao governador do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
A ele Baldy prometeu: “Estamos conversando com mais de uma centena de empresas. Nós produziremos carros no Brasil e estabeleceremos uma cadeia produtiva, com parque de fornecedores”, disse, citando algumas empresas como Bosch, Basf e Usiminas como potenciais parceiros.
O vice-presidente destacou que, tradicionalmente, a BYD mantém um sistema de produção altamente verticalizado. O Seal, produzido na China, tem quase 80% das peças produzidas pela própria BYD, segundo Baldy.
“Nossa intenção é replicar este sistema por aqui. Estes prédios da antiga montadora estão reservados para a produção de peças e componentes. Por isto temos este cálculo de geração de quase 20 mil empregos na região: não será apenas na montadora, mas em todo o complexo.”
Pelo cronograma acertado pela BYD com os governos federal e estadual o índice de nacionalização precisa ser gradualmente ampliado. Na primeira etapa, que começará nas próximas semanas, a produção será de kits SKDs importados da China. Depois partirá para a produção completa, segundo Baldy.
Camaçari, BA – A BYD abriu as portas de sua fábrica de Camaçari para autoridades, imprensa e convidados na terça-feira, 1º de julho, mas não considerou o evento uma inauguração oficial da sua operação fabril brasileira: segundo os executivos da companhia outra cerimônia será realizada, mais à frente, quando todas as licenças estiverem em mãos.
Restam ainda a liberação de licenças do Corpo de Bombeiros e ambientais, com expectativa de que sejam concedidas nas próximas semanas. O que não impede que algumas das máquinas lá instaladas já estejam operando em fase de testes.
Tanto que os primeiros veículos montados, ainda em regime SKD, já saíram da linha. A vice-presidente global, Stella Li, apresentou na cerimônia o primeiro Dolphin Mini, elétrico, e o primeiro Song Pro, híbrido, montados na fábrica baiana.
Os primeiros carros montados em Camaçari. Fotos: Divulgação.
“Nossa vontade é que possamos parar de importar e começar apenas a montar aqui estes modelos”, disse Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD do Brasil. Ele pondera, entretanto, que para isto o imposto de importação de kits SKDs deve ser reduzido.
No dia em que mostrou o galpão novo, de 156 mil m2, totalmente construído pela BYD em quinze meses – nesta etapa nada será aproveitado da Ford, que ocupou o terreno até 2023 – uma nova fase da recomposição do imposto de importação dos eletrificados entrou em vigor. As alíquotas subiram para 25%, no caso dos elétricos, para 28% no dos híbridos plug-in e para 30% no dos híbridos.
“Não faz sentido pagar o mesmo imposto por um veículo montado e por um kit SKD que, para ser montado aqui, demandou investimentos e geração de empregos. Outras montadoras tiveram esta demanda atendida no passado e aguardamos a decisão do governo.”
Cronograma
O pleito seria provisório, segundo Baldy, porque o plano é em doze meses evoluir para a produção completa na unidade: “Não produziremos em sistema CKD. Temos contratos assinados com os governos federal e do Estado da Bahia, com cronograma e porcentuais definidos de ampliação de conteúdo local. Nossa intenção é alcançar estes índices antes do prazo estabelecido”.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, confirmou a existência destes contratos e disse que chegou a oferecer ampliação dos prazos, algo que a BYD negou: “O Baldy disse, em reunião recente, que o cronograma será cumprido”.
Na primeira etapa da produção da BYD no Brasil os carros chegam parcialmente desmontados, em kits SKD, e são montados em diferentes linhas, algumas para integração dos componentes internos, como bancos, carpetes, sistemas multimídia, e outras para a conclusão dos veículos. Ainda foi implementada a área de inspeção de qualidade.
Em outros locais do terreno de Camaçari estão sendo construídos os galpões para as áreas de estamparia, armação de carroceria e montagem de motores. Dentro do complexo existem muitos canteiros de obras e o próprio galpão da montagem final ainda está inacabado.
Segundo Baldy os prédios da antiga Ford poderão abrigar montagem de componentes, sejam de fornecedores ou da própria BYD. Ele lembrou que, na China, existe forte verticalização e que o mesmo será feito na Bahia.
3 mil contratações
“O terceiro modelo brasileiro será o King”, anunciou Stella Li. “Esta é só uma pequena parte do investimento de R$ 5,5 bilhões que fazemos no Brasil. Vamos gerar muitos empregos.”
A BYD diz já ter contratado mais de 1 mil trabalhadores para trabalhar na fábrica, dos quais quatrocentos só nas últimas semanas. Ela anunciou 3 mil novas vagas, para metalúrgicos, engenheiros e funções administrativas.
“A velha indústria está incomodada”, disse Baldy, referindo-se às fabricantes associadas à Anfavea. “Não viemos aqui só para fazer montagem de veículos: teremos produção nacional, desenvolvimento de tecnologia e de cadeia produtiva, com fornecedores.”
São Paulo – O Instituto Renault formou sua primeira turma do Geração Futuro Profissionalizante em São Paulo, composta por dezesseis moradores da Favela Vila Prudente. O programa, que ofereceu o curso de mecânica básica a fim de habilitar os alunos a trabalharem em concessionárias e oficinas mecânicas, contou com a parceria do Senai-SP, da ONG Arca do Crescer e das redes de revendas Sinal, Rpoint e Amazonas.
Em 2025 o Instituto Renault completa quinze anos e, ao todo, de acordo com a montadora, já beneficiou mais de 940 mil pessoas com projetos de transformação social dedicados à inclusão e segurança no trânsito.