De maneira surpreendente as vendas de caminhões em março avançaram 25,8% com relação a fevereiro. O resultado, no entanto, está longe de ser comemorado. “Os números do segmento ainda refletem a situação precária que atravessa a economia brasileira”, lamentou Luiz Moan, presidente da Anfavea, durante apresentação do desempenho do setor automotivo, na quarta-feira, 6. “É um crescimento aparente e, infelizmente, não revela sinal de recuperação. O resultado se deve a maior número de dias úteis em março e sem o efeito do carnaval ocorrido no início de fevereiro.”

Os confrontos anuais confirmam a observação de Moan. Nos três primeiros meses de 2016 o mercado absorveu 13 mil 111 caminhões, retração de 32,1% na comparação com o mesmo período de 2015, quando os licenciamentos somaram 19 mil 306 unidades.
Somente em março os 4 mil 843 caminhões negociados representaram queda de 25,4% frente ao mesmo mês do ano passado.
“O nível de investimento do setor ainda é muito baixo devido a total falta de confiança do transportador”, avalia Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea. “Hoje só quem compra caminhão é quem realmente precisa. Quando o custo operacional por um modelo novo fica mais atrativo, por exemplo. O patamar do trimestre ficou por volta de 4 mil unidades por mês e, assim, deve ser a toada do ano.”

Como nos licenciamentos, o crescimento de 6,9% na produção de caminhões de fevereiro para março não deve ser lido como recuperação. De acordo com Moan, “a indústria ainda esforça-se em ajustar a produção. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, as fabricantes de pesados utilizaram somente 18% de sua capacidade durante o primeiro trimestre.”
Nos três primeiros meses do ano o parque industrial de caminhões produziu 15 mil 113 unidades, baixa de 35,2% no confronto com o mesmo trimestre do ano passado. Apenas em março saíram das linhas 5 mil 294 caminhões, 23,2% menor do que no mesmo mês de 2015.
As exportações também continuam a registrar números negativos. No primeiro trimestre as remessas acumularam 4 mil 104 caminhões, recuo de 6,5% na comparação anual. Em março os embarques somaram 1 mil 587 unidades, queda de 11,5% frente ao desempenho de março do ano passado.







A Peugeot lançou na noite da segunda-feira, 4, em Fortaleza, CE, renovação de seu hatch compacto 208, que ganhou evoluções estéticas e nova central multimídia e já chega ao ano-modelo 2017. O melhor da mudança, entretanto, ficou para a área invisível aos olhos, sob o capô.
A PSA Peugeot Citroën deu novo e importante passo em sua estratégia de recuperação global ao anunciar na terça-feira, 5, o plano Push to Pass, espécie de segunda fase do programa originalmente denominado Back to Race. No Brasil, de forma simbólica, a estratégia coincidiu com o lançamento do novo Peugeot 208 em Fortaleza, CE – o modelo ganhou novas versões e motor com tecnologia downsizing.
Para Carlos Tavares, CEO global, a PSA se tornará “uma montadora de automóveis mundial na ponta da eficiência, fornecedora de serviços de mobilidade de referência”.
