Toyota convoca mais de 424 mil veículos por causa do air bag

Dois recalls anunciados pela Toyota na terça-feira, 13, convocam proprietários de 424,6 mil veículos a comparecer à rede de concessionárias para corrigir problemas no air bag. As duas campanhas, tratadas pela companhia por “chamamento preventivo”, dão sequência ao processo de correção no componente produzido pela Takata, que originou um enorme recall em todo o mundo, envolvendo milhões de veículos.

Por aqui a própria Toyota, além de Honda, Nissan e Subaru, já fizeram outros recalls por causa do air bag. Estes últimos envolvem praticamente toda a linha da Toyota: Corolla, Fielder, Hilux e SW4.

A primeira campanha, menor, envolve 40 mil unidades do Corolla XLi, XEi e SEG produzidos de abril de 2007 a fevereiro de 2008 e Fielder XEi e SEG que saíram de Indaiatuba, SP, em abril de 2007 e de junho de 2007 a junho de 2008. O defeito pode ser apresentado no rompimento do deflagrador do air bag, que pode soltar pequenos fragmentos de metal da carcaça, gerando danos materiais e lesões físicas aos passageiros no banco dianteiro.

A partir de 13 de outubro os consumidores deverão comparecer à rede para desativar essa bolsa do air bag, devidamente sinalizada. Em uma segunda etapa, a partir de 23 de novembro, o deflagrador será substituindo, reativando o componente de segurança.

A outra campanha abrange 384,6 mil unidades de Hilux CD, SR e SRV e SW4 SR e SRV produzidos de janeiro de 2006 a outubro de 2011, além dos Corolla XLi, GLi, XEi, XRS, SEG e Altis que saíram das linhas de montagem de outubro de 2007 a dezembro de 2011.

A razão é a mesma: o rompimento inadequado do deflagrador do airbag do motorista pode soltar fragmentos que provoquem danos aos ocupantes. Mas neste caso a campanha será resolvida em apenas uma etapa, com a substituição do componente a partir da segunda-feira, 19.

Citroën quer reconquistar clientela com novo C4 Picasso

A Citroën apresentou na terça-feira, 13, seu mais recente lançamento no País: a nova geração do monovolume C4 Picasso. Com ele, pretende reconquistar a clientela e, principalmente, sua imagem por aqui, reafirmando atributos pelos quais já fez mais sucesso no mercado nacional: design ousado, diferenciação de produto e tecnologia embarcada.

E o novo C4 Picasso parece, de fato, ser o produto ideal para tentar marcar uma espécie de novo capítulo da montadora de origem francesa por aqui.

É bem verdade que a modesta projeção de venda do modelo importado da Espanha não refletirá grandes evoluções no ranking: Renato Sollitto, chefe de produto, informa estimativa de apenas 850 unidades vendidas nos próximos doze meses, 70% da versão cinco lugares e os 30% restantes da sete lugares. De qualquer forma será uma ajudinha necessária nos números: a Citroën registra até setembro menos de 23 mil automóveis vendidos neste ano no País, de todos os modelos, e com isso certamente deixará o top-10 das marcas mais vendidas neste outubro, sendo ultrapassada pela Jeep. Como comparação, no mês passado foram 6 mil unidades para a fabricante do Renegade contra apenas 2,2 mil da marca do duplo Chevron.

A questão do aumento de volume ficará a cargo do novo Aircross, que chega em mais algumas semanas. Ao novo C4 Picasso caberá o papel de carro de imagem, de tornar a marca mais desejada – algo que se perdeu nos últimos tempos.

E inegavelmente seus atributos vão nesta direção: primeiro, retornar a Citroën ao patamar de fabricante de veículos mais instigantes, tanto no desenho quanto no formato. Depois, um pacote tecnológico dos mais recheados e interessantes. E, por último, alguma exclusividade – e neste ponto tanto preço quanto carroceria se encaixam no novo modelo.

Os valores não são modestos: abrem em R$ 111 mil para o cinco lugares, que pode chegar aos R$ 140 mil quando completo, e vão de R$ 121 mil a R$ 155 mil para o sete lugares. A tabela, portanto, por si só já é um inibidor de popularidade. Mas a carroceria é das mais interessantes: apesar de muito espaçoso, o modelo por fora parece muito menor que a geração antiga e chega até a lembrar um hatch encorpado.

Neste caso o resultado é glória da nova plataforma EMP2, que estreia no País: o lançamento é 140 quilos mais leve que o antecessor, ou 10% mais magro. Além disso o entreeixos é maior, quase beirando as extremidades, o que deu ao interior espaço extra sem alongar a carroceria. E o desenho é caprichado e provocativo, com nuances como as lanternas traseiras integradas à tampa, o que evita recortes que desarmonizem o conjunto.

Jeremie Martinez, chefe de produto, explica que a proposta era transformar o interior do carro em um loft. E a enorme área envidraçada, com mais de 5 m2 de vidro ao todo, dá essa sensação, ajudada ainda por bancos inspirados em classe executiva de aviões, com direito a abas reguláveis no encosto de cabeça e descanso para as pernas acionado eletricamente.

O painel é extremamente limpo: de botão, apenas o do pisca-alerta. Todo o restante é controlado por tela sensível ao toque, de 12 polegadas e alta resolução. E os indicadores, tais como velocímetro, GPS e outros, todos digitais, podem ser configurados ao gosto do freguês: o estilo gráfico dos números indicados, por exemplo, pode ser quadrado ou redondo. É possível ainda adicionar aos instrumentos uma imagem à sua escolha para compor o visual: da família, por exemplo, enviada do celular.

Completa o pacote aplicativo para smartphones que, dentre outros, mostra o caminho a seguir do estacionamento até determinado ponto indicado, como um estádio de futebol, por exemplo, além do caminho de volta para encontrar o carro.

O motor é o competente THP 1.6 com 165 cv, ainda que lhe falte a opção flex. E o câmbio um automático de seis marchas fabricado pela Aisin.

Em suma, é muito do que a Citroën já foi associada no País, como no caso do antigo C3 e do C4 Pallas, e cuja aura se perdeu ao longo do tempo, por diversas razões. E que caberá ao novo monovolume a missão principal de, ao menos, tentar resgatar.

 

Vendas de usados e seminovos voltam a cair em setembro

No mês passado os brasileiros adquiriram 901,7 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus seminovos e usados, volume 7,4% inferior aos 973,7 mil veículos transferidos em setembro do ano passado. Os dados divulgados pela Fenabrave apontam leve recuo de 0,7% com relação a agosto, quando as vendas somaram 908 mil unidades.

Mas no acumulado do ano as vendas de usados e seminovos seguem em crescimento, de 2,2% na comparação com os nove primeiros meses de 2014. Foram transferidos 7,8 milhões de veículos, 165 mil unidades a mais do que de janeiro a setembro do ano passado.

O segmento de automóveis e comerciais leves apresentou avanço de 2,4% no acumulado do ano, com 7,5 milhões de unidades comercializadas. Em setembro recuou 0,9% com relação a agosto e 7,5% com relação a setembro de 2014, para 867,5 mil unidades.

Em caminhões o cenário é negativo no acumulado do ano: 2% de queda, para 247,7 mil transferências. Em setembro, porém, o segmento esboçou reação ao crescer 2% com relação a agosto, mas fechou em queda de 5,4% na comparação com o mesmo mês de 2014, com 29,8 mil unidades comercializadas.

As vendas de chassis de ônibus usados acumulam 5,8% de queda de janeiro a setembro, para 32 mil unidades. No mês passado somaram 4,3 mil chassis, alta de 7,6% com relação a setembro do ano passado e de 16,2% na comparação com agosto.

Em motocicletas o cenário no segmento de seminovos e usados é positivo no acumulado do ano, com 3,9% de crescimento, para 2,1 milhões de modelos comercializados. Em setembro foram transferidas 254,6 mil unidades, crescimento de 2,7% com relação a agosto, mas 4% abaixo do volume comercializado há um ano.

Brasil e Colômbia assinam acordo automotivo

Os governos de Brasil e Colômbia finalmente assinaram no fim da tarde da sexta-feira, 9, o acordo automotivo costurado há alguns meses. A cerimônia ocorreu em Bogotá, com a presença dos presidentes dos dois países, que encerrou missão comercial oficial do Brasil à Colômbia. A caravana reuniu representantes de cerca de quarenta empresas e associações, dentre elas a Anfavea, e também o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A presidente Dilma Rousseff considerou, a agências internacionais, que o acordo “desenvolverá a indústria automotiva e os setores a ela associados nos dois países”. Já o titular do MDIC observou a necessidade de maior aproximação dos países que compõem o Mercosul com aqueles da Bacia do Pacífico.  “Há um relativo afastamento dos dois blocos aqui na América do Sul e nosso desafio é construir essa ponte.”

E Luiz Moan, presidente da Anfavea, afirmou, em nota: “Parabenizamos o governo pelo acordo firmado com a Colômbia. A busca de novos mercados, que já constava nas sugestões do Exportar-Auto e em consonância com o Programa Nacional de Exportações, é sem dúvida um passo marcante para as exportações brasileiras. Entendemos que o esforço em negociar novos acordos com outros países deve ser contínuo”.

O comércio automotivo Brasil-Colômbia corresponderá automóveis, comerciais leves e caminhões leves, até 3,5 toneladas de PBT. Os governos se comprometeram a negociar a entrada dos segmentos superiores de caminhões e ônibus a partir do ano que vem.

O acordo prevê adoção de cotas para entrada de veículos com alíquota zero de imposto de importação que aumentam nos três primeiros anos e depois se mantêm por mais cinco anos. Além disso cotas não-utilizadas nos dois primeiros anos poderão ser reaproveitadas depois, no nono e décimo anos. Há distinção levando-se em conta o índice de conteúdo regional. No primeiro ano, por exemplo, o Brasil pode mandar nove mil unidades com 50% e três mil com 35%, enquanto para a Colômbia a relação é inversa: nove mil com 35% e três mil com 50%. A partir do terceiro e até o oitavo ano as cotas são fixas em 45 mil unidades com 50% e cinco mil com 35% para o Brasil e 45 mil com 35% e cinco mil com 50% para a Colômbia.

O documento assinado pelos dois presidentes é um memorando de entendimento, e o início efetivo do comércio bilateral depende de aprovação pelos órgãos reguladores da região, além de outros trâmites. É provável, portanto, que os embarques efetivos se iniciem apenas em algum momento do primeiro semestre do ano que vem.

Brasil e Colômbia compartilham uma fronteira territorial de 1,6 mil quilômetros. No ano passado o comércio bilateral chegou a US$ 4 bilhões, mais do que o dobro do valor registrado dez anos antes.

Bola de cristal e a gestão dos negócios

O economista Nouriel Roubini, nascido na Turquia, com cidadania estadunidense e com estudos realizados na Itália, ficou famoso por ter insistido durante alguns anos na previsão de risco iminente de uma bolha imobiliária estourar nos Estados Unidos, contaminando a economia globalmente. E, de fato, no final de 2007 os primeiros sinais do desastre apareceram, com a crise espalhada em todo o mundo um ano depois, deixando como marca mais representativa a quebra do Banco Lehman Brothers. Antes disso o governo local já auxiliara, garantindo cerca de US$ 30 bilhões na fusão do J.P.Morgan com o pré-falimentar Bear Stearns.

À época foram debatidos quais seriam os cenários da recuperação da economia no Mundo: em U, em V ou ainda um bom tempo em L? Por certo no mundo empresarial houve grande torcida pelo V, pois assim a crise seria passageira. Os não tão otimistas achavam que, na melhor das hipóteses, ocorreria o U, ou seja, uma lenta e gradual recuperação. E os pessimistas afirmavam categoricamente que a agonia seria longa e que o mundo teria que adaptar-se a patamares de produção, emprego e renda mais modestos por muitos anos.

Esta é uma série histórica do resultado do PIB em algumas das economias mais representativas no Mundo desde 2006, com dados do FMI e do Banco Mundial:

Os estudiosos da economia, de modo geral, utilizam de ferramentas poderosas para prever o futuro, mas no fim do dia o que se observa é uma grande imprevisibilidade quando a crise aparece sem avisar – tirando todos da zona de conforto. A falta de acerto nas previsões também guarda relação com as políticas que cada país e/ou região define para superar o ambiente negativo, promovendo o crescimento de forma sustentável.

A previsão do futuro na economia torna-se então, na maior parte das vezes, uma verdadeira leitura de bola de cristal, notadamente nos países emergentes – que sem dúvida expõem toda sua fragilidade quando enfrentam cenário econômico complicado nos países ricos.

A mesma série histórica de PIB aponta:

Prever o futuro nas economias emergentes seguramente exige esforço redobrado dos gestores dos negócios para definir e planejar as estratégias de médio e longo prazo e isso, por certo, é o caso dos executivos que trabalham no Brasil.

Na indústria automotiva brasileira o ambiente de negócios mudou radicalmente desde início de 2014 e a recuperação da demanda ainda não tem prazo claro para acontecer de modo consistente. Isso complica, e muito, os planos de negócio, trazendo muita incerteza – fato que acaba por postergar decisões de investimento e definição da estrutura organizacional adequada para os próximos anos. Como podemos então encaminhar discussões e obter a aprovação de planos junto à matriz, no caso das multinacionais, ou então do acionista/cotista no caso do empreendimento nacional? É necessário colocar a bola de cristal para funcionar?

No segundo semestre de 2013 estudos de mercado de uma conceituada consultoria indicavam os seguintes cenários de vendas no mercado interno brasileiro para o segmento de veículos de passeio e comerciais leves, em milhões de unidades:

Para 2013 a previsão realista acertou na mosca: 3,6 milhões de unidades vendidas no mercado interno. No final do primeiro semestre do ano seguinte a mesma consultoria atualizou os prognósticos para 2015, já prevendo desaquecimento da economia brasileira. Sugeria então como otimista 3,7 milhões de unidades, realista 3,6 milhões e pessimista ao redor de 3,5 milhões.

Superando qualquer previsão mais pessimista o mercado hoje estima para 2015 volume que não superará 2,5 milhões de leves – ou 31% abaixo da previsão realista que a consultoria indicou há pouco mais de um ano.

Com essa situação tão difícil no mercado interno e levando em conta a baixa confiança hoje existente as saídas visualizadas para a indústria mitigar o impacto negativo da baixíssima demanda devem residir em:

– Adequada estrutura organizacional, e não só no chão de fábrica;

– preservação dos bons talentos, cuidando da capacitação e engajamento/motivação nas iniciativas do negócio;

– grande esforço na redução de gastos em geral e rígido monitoramento na execução dos planos de curto prazo;

– aumento a produtividade não só no chão de fábrica, mas também no ‘chão do escritório’;

– mitigar investimentos de capital com retorno de longo prazo;

– renegociar contratos com terceiros;

– cuidar do caixa, renegociando dívidas bancárias e evitando a tomada de mais empréstimos;

– conquistar maior participação de mercado com a oferta de produtos mais atualizados, sem aumento significativo de preço;

– aproveitar o atual nível da taxa de câmbio, desenvolvendo plano bem estruturado de conquista de mercados fora do Brasil;

– junto a associações representativas, estudar saídas para a indústria em conjunto com ações de Governo; e

– continuar monitorando o ambiente de negócios – ou seja, ficar de olho na bola de cristal – e tomar ações condizentes conforme os cenários se modifiquem.

A AutoData Editora promoverá nos dias 20 e 21 de outubro o Congresso Perspectivas 2016, no qual a presença de figuras importantes da indústria por certo fomentará o debate sobre essas questões. É hora de calibrar os prognósticos!

Audi é, novamente, uma montadora nacional

Sem grande cerimônia, celebração ou a presença de parceiros, autoridades e imprensa na fábrica, a Audi informou na sexta-feira, 9, por meio de comunicado, que deu início à produção comercial do A3 Sedan em São José dos Pinhais, PR. Cumprindo o cronograma divulgado em setembro de 2013, quando anunciou investimento de € 150 milhões, a companhia retoma a condição de montadora no Brasil.

Segundo relatou uma fonte da Audi à Agência AutoData não houve cerimônia oficial porque o Volkswagen Golf, sedã que compartilha algumas peças do A3 Sedan, também entrou na linha de produção. O modelo da Audi chega às revendas em novembro, informou a companhia no comunicado.

“Enxergamos um enorme potencial no mercado brasileiro”, afirmou, na nota, Bernd Martens, integrante do conselho administrativo da Audi e responsável pela área de compras. “Nossa meta é manter nossa posição dentre os líderes do segmento premium no longo prazo”.

De acordo com dados da Anfavea a Audi ocupa a segunda colocação do segmento, poucas unidades atrás da Mercedes-Benz, que também produzirá modelos em Iracemápolis, SP, e à frente da BMW, cuja produção local em Araquari, SC, completou um ano no fim de setembro. As vendas da marca cresceram 39,6% de janeiro a setembro, para 12,5 mil veículos.

Martens afirmou que é estratégia da Audi adquirir localmente “tantos componentes quanto possível”. Ele confirmou que no primeiro trimestre do ano que vem entrará nas linhas de São José dos Pinhais o utilitário esportivo Q3.

O A3 Sedan nacional traz motor 1.4 TFSI Flex, o primeiro bicombustível da Audi produzido no mundo. Essa é a única diferença dele com relação ao modelo importado, afirmou Martens em recente entrevista à Agência AutoData. Segundo a companhia roda 7,8 quilômetros com um litro de etanol na cidade e 9,9 quilômetros na estrada. Com gasolina o consumo urbano chega a 11,1 quilômetros por litro, enquanto na estrada faz 14,3 km/l.

A fábrica paranaense é a única da Audi na América do Sul. Tem capacidade para produzir 26 mil unidades por ano, das quais 16 mil do sedã e 10 mil do utilitário esportivo, com flexibilidade para aumentar ou diminuir conforme a demanda. A princípio todo o volume terá como destino o mercado doméstico.

Em 2016 o México ganhará sua primeira unidade produtiva da marca, em San José Chiapa.

BNDES libera financiamento para a FPT em Campo Largo

O BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, aprovou um financiamento de R$ 37,1 milhões à FPT, divisão de produção de motores da Fiat Chrysler. Os recursos serão usados na fábrica de Campo Largo, PR, para produção de novos motores, controle de qualidade, adequação à legislação e projetos sociais.

Em comunicado o banco de fomento afirmou que a fábrica receberá uma atualização tecnológica, com novas máquinas que garantirão melhoria na eficiência e na produtividade. Algumas adequações serão promovidas também para que exigências do Ministério do Trabalho sejam cumpridas.

Visando a qualidade do produto final, a FCA promoverá melhorias nos sistemas de análise de componentes e produtos usados na linha de produção.

O investimento atenderá também um projeto social: uma trilha ecológica, com mirantes e quiosques, será construída no terreno da fábrica, que possui grande área verde preservada com diversidade de fauna e flora e duas nascentes d’água.

Essa trilha será usada para atividades e visitação de alunos da rede de escola municipal – são 39 em Campo Largo  e todas participarão do programa de Educação Ambiental, que visa ampliar a conscientização sobre a importância de conservar a biodiversidade.

Ainda está previsto um mapeamento do meio físico e biológico da área, que gerará mapas com a localização de espécies, suas identificações e orientações para o controle.

Pirelli promove mudanças na diretoria para América Latina

A fabricante de pneus Pirelli anunciou na quinta-feira, 8, mudanças importantes em sua diretoria na América Latina, fruto de reorganização de suas atividades.

Foi extinto o cargo de CEO, Chief Executive Officer, para América Latina, que era ocupado por Paolo Ferrari, que deixa a empresa. Ele se reportava diretamente ao Presidente Executivo Latam, Paolo Dal Pino, e ocupava o posto apenas desde janeiro, quando substituiu na função a Gianfranco Sgro.

Dentro da nova estrutura Claudio Passerini assumiu o cargo de COO, Chief Operating Officer, ou ainda diretor geral de operações, na região para a área que compreende os pneus para automóveis, SUVs e motocicletas, que a empresa chama de Business Consumer. O executivo até então ocupava o posto de diretor comercial para a América Latina – antes, exercera a mesma função na Rússia.

E Dino Maggioni foi nomeado CEO, Chief Executive Officer, para América Latina e a região Nafta das operações envolvendo pneus para caminhões e máquinas agrícolas, chamadas internamente de Business Industrial. O executivo chegou recentemente à empresa e em 2012 ocupou a presidência da Magneti Marelli no Brasil, de onde foi promovido a diretor da Fiat Industrial na Itália.

Honda deverá construir segundo parque eólico no País

A Honda do Brasil está finalizando os estudos para a construção de uma segunda usina eólica no País. A informação foi divulgada à Agência AutoData pelo diretor institucional da empresa, Paulo Takeushi.

De acordo com o executivo não necessariamente apenas o Sul do País poderá receber a nova unidade – o primeiro parque eólico da montadora foi inaugurado em Xangri-lá, no Rio Grande do Sul, no fim de 2014, e é o único do gênero da Honda no mundo.

“Há diversas possibilidades, contemplando também a região Nordeste”, revelou Takeushi. Neste cenário, confirmou o executivo à reportagem, o Ceará tem grandes chances: o Estado já possui quase uma dezena de usinas do gênero.

O objetivo da Honda é prover energia limpa – e mais barata – para a unidade de Manaus, AM, onde produz motocicletas: trata-se da maior fábrica deste tipo de veículo do mundo, pelos cálculos da montadora. Este processo será facilitado com a integração da rede elétrica na região ao sistema nacional, algo que deverá estar em pleno funcionamento nas próximas semanas. Até o momento a Honda usa majoritariamente gás para abastecer esta planta.

Os estudos para construção do segundo parque eólico da Honda estão intimamente ligados aos excelentes resultados colhidos em Xangri-lá, desenvolvido para abastecer a planta de Sumaré, no Interior Paulista, onde são produzidos os modelos Civic, City, Fit e HR-V.

Em agosto a unidade bateu seu recorde de geração de energia, com 6 mil 967 MW, superando o marco registrado em maio, de 6 mil 121 MW. Nos dois casos o resultado foi suficiente não só para atender toda a demanda da fábrica de Sumaré como gerou excedente, vendido para o mercado livre.

O parque possui nove turbinas de 3MW cada, somando, portanto, capacidade total instalada de 27MW.

 

Takeushi credita o sucesso a longa pesquisa prévia realizada pela fabricante. “Estudamos diversas alternativas, dentre elas a hidrelétrica, mas a eólica foi a escolhida por ser a mais limpa.” Com isso a empresa ainda escapou da crise hídrica que assola diversas regiões do País, em particular o Estado de São Paulo.

O executivo reconhece que o investimento neste tipo de iniciativa rende retorno apenas em médio e longo prazo – cerca de 8 anos, por seus cálculos –, mas compensa. Em Xangri-lá o aporte foi de R$ 100 milhões, sendo 75% para a aquisição dos equipamentos: torres vieram da China, pás dos Estados Unidos e demais equipamentos da Dinamarca.

O executivo não revela números, mas o aporte necessário para a construção de uma segunda unidade certamente será no mínimo igual ao aplicado no parque do Rio Grande do Sul.

 

Abeifa: importados terminam setembro em queda de 43%.

Os veículos importados tiveram no mercado brasileiro em setembro um desempenho para esquecer. De acordo com dados divulgados pela Abeifa na quinta-feira, 8, foram licenciados apenas 4,4 mil unidades, o que representou uma forte retração de 43,4% na comparação com as 7,9 mil em mesmo mês do ano passado. Na comparação com agosto o volume foi estável.

Em comunicado o presidente da associação, Marcel Visconde, considerou que “o resultado é uma repetição do que temos registrado ao longo do ano. A confiança do consumidor continua decrescendo de forma acentuada e constante, [o que se soma ao] câmbio estressado a valores não previstos”.

No acumulado do ano as empresas associadas registram 47,1 mil unidades vendidas de veículos importados, redução de 31,8% ante as 69 mil no mesmo período do ano passado – a queda, portanto, é maior que a média geral do mercado, de quase 23%.

É importante salientar, entretanto, que parte da redução está ligada à substituição de veículos importados por modelos nacionais. É o caso de duas das associadas da Abeifa, a BMW e a Chery.

Quando considerado o resultado total das associadas, incluindo as marcas com produção nacional, ou seja, também a Jeep e a Suzuki, o volume é positivo: no acumulado até setembro são 76,8 mil unidades, crescimento de 8,5%.

Por marcas, a líder do ranking da Abeifa no ano, isolando-se os importados, é a Kia Motors, com 12,5 mil emplacamentos. A Land Rover é a vice-líder com 6,3 mil e a BMW, com 4,3 mil.

E o importado mais vendido até setembro é o Kia Sportage, com 5,5 mil, seguido pelo Land Rover Range Rover Evoque, 3,3 mil, e o Lifan X60, 2,2 mil.