São Paulo – Frederic Stik será o novo diretor da BMW Motorrad na América Latina a partir de 1º de janeiro. O anúncio foi feito por Kevin Philips, diretor para a região Américas: até o fim do ano o executivo seguirá no seu cargo atual, que é de diretor da BMW Motorrad na Europa.
Stik ingressou no Grupo BMW em 2003 como diretor de vendas especiais e veículos usados e passou por outros cargos até 2015, quando foi para a divisão de motocicletas, na qual assumiu posições importantes como diretor geral da BMW Motorrad França.
São Paulo – As concessionárias Ford iniciaram, na segunda-feira, 10, as vendas da Ford Maverick em sua motorização híbrida, por R$ 239,9 mil, mesmo valor da Tremor, topo de linha do portfólio a combustão. No mercado brasileiro desde 2023 a picape a gasolina ganhou sua primeira reestilização no segundo trimestre, que agora chega também à versão híbrida.
De acordo com Marcel Bueno, diretor de marketing da Ford América do Sul, nos três meses seguintes ao lançamento foi registrado crescimento de 200% no volume comercializado da Maverick. Considerando somente as vendas de picapes intermediárias a gasolina, de julho a setembro, os emplacamentos do modelo estão acima da Ram Rampage, uma de suas concorrentes diretas, destacou.
Meses depois de ser anunciada na Argentina a atualização híbrida chega ao Brasil, ampliando a família composta pela Lariat Black e Tremor. Sobre a expectativa de vendas Bueno limitou-se a dizer que a marca está “confiante em atrair público e oferecer experiência interessante ao usuário”.
Motor a combustão 2.5 une-se a motor elétrico
O novo modelo traz atualizações no conjunto híbrido, agora “mais refinado”, segundo Ariane Campos, supervisora de engenharia da Ford América do Sul. O motor a combustão 2.5 trabalha combinado com um novo motor elétrico e com o conjunto da transmissão eCVT, que teve na calibração uma das principais mudanças.
“O novo motor elétrico tem mais 35% de oferta de torque por causa dessas mudanças de componentes e tem relação de diferencial mais curta, o que significa que a roda gira menos e o veículo ganha maior agilidade em relação às arrancadas.”
Quanto à bateria de tração a tecnologia de composição química do LFP tem arrefecimento líquido, o que faz com que não haja perdas no envio de energia aos motores. Com 27 kg ela consegue armazenar energia sem que tome muito espaço no assoalho.
O resultado é autonomia de mais de 800 quilômetros com tanque de 52 litros de gasolina. O consumo na cidade é de 15,4 km/l, na estrada, 13,5 km/l e, combinado, 14,5 km/l: “A tecnologia de regeneração de energia é ativada a partir do momento em que o condutor tira o pé do acelerador, quando é devolvida a energia cinética à bateria, o que contribui para autonomia expressiva, a melhor do segmento”.
Destaque também para o instrutor de veículo elétrico, que dispõe no painel, de forma lúdica, os modos de condução: além do já conhecido eco para economizar combustível o escorregadio, para pista molhada, o esportivo, para melhorar ultrapassagens em estradas, e o rebocar, para transportar carga útil pesada.
Neste quesito, há ainda assistente de reboque de trailer, que auxilia nas manobras, também presente na versão Tremor e na picape F-150.
Tração AWD agrega segurança
O novo sistema de tração AWD deixa a picape mais segura em curvas, segundo Campos. A Maverick vem ainda com câmara de 360 graus com sensores de estacionamento e pacote ADAS com sistema de frenagem pós-colisão, piloto automático adaptativo com stop & go, assistente de frenagem autônoma com detecção de pedestre e ciclista, assistente de manutenção e centralização de faixa e controle automático em descidas, além de monitoramento de ponto cego com alerta de tráfego cruzado.
O veículo vem com capota marítima de série, rodas de 19 polegadas e maior versatilidade de uso para a caçamba, com 943 litros e capacidade de carga de 584 kg, que pode ser aumentada a partir de extensor: “Para atender a este público moderno trouxemos mudanças no exterior que refletem não só na experiência de dirigibilidade como na eficiência energética e na autonomia como a aerodinâmica aprimorada com nova grade e novo parachoque”.
Embora a Maverick esteja mais pesada por causa da capota marítima, da tração AWD e do teto solar, exatamente 129 kg, a executiva assegurou que estes acréscimos não impactaram o desempenho.
Uma semana após a publicação desta edição da revista AutoData tudo pode mudar na Argentina. As eleições legislativas de meio de mandato presidencial, programadas para 27 de outubro, podem transformar o cenário político e mudar a política econômica do presidente Javier Milei. Especula-se uma revisão no sistema de câmbio, cuja flutuação e disparidade com a realidade influenciou aumento da taxa de juros. Somados à suposta fragilidade política de Milei o caldeirão argentino aumenta a pressão a cada dia e as incertezas só aumentam. Por causa deste cenário conturbado a indústria automotivo fica tecnicamente paralisada em seu planejamento futuro, o que afeta diretamente o setor no Brasil, que tem no mercado vizinho o seu maior cliente externo de veículos e autopeças.
Tudo pode acontecer, inclusive nada, de acordo com Andrés Civetta, especialista da Abeceb, principal consultoria especializada em economia e indústria automotiva da Argentina: “A volatilidade é muito grande em todos os sentidos e o caminho só estará claro após as eleições de outubro”.
Esse roteiro não é novo na política argentina: dependendo da composição da Câmara Legislativa as dificuldades para o executivo realizar as reformas aumentam. E no caso de Milei, com as denúncias de corrupção na sua equipe e do seu principal candidato a deputado federal, que renunciou, a já minoria no Congresso tende a diminuir, dificultando ainda mais a continuidade da sua política econômica e, quem sabe, até do seu próprio mandato, a depender dos desmembramentos das investigações em curso.
ALARMES LIGADOS
Esta reportagem foi publicada na edição 426 da revista AutoData, de Outubro de 2025. Para ler ela completa clique aqui.
São Paulo – Em celebração aos 15 anos de lançamento do Actros no mercado brasileiro a Mercedes-Benz passou a oferecer uma versão, limitada a quinze unidades, do Actros Evolution Série Especial 15 Anos. Já disponíveis os cavalos-mecânicos têm design exclusivo, na cor cinza, com adesivagem especial e identificação do nome na traseira da cabina.
São dez unidades do Evolution 2553 LS 6×2 e cinco do Evolution 2563 S 6×4, com o motor OM 471 de 530 cv.
São Paulo – A Adefa, Associação das Indústrias Automotivas, tem um novo presidente: Rodrigo Pérez Graziano, presidente da Peugeot Citroën Argentina e diretor de assuntos públicos da Stellantis na Argentina, Chile, Uruguai, Região Andina e América Central.
O executivo, que sucede a Martín Zuppi, também da Stellantis, foi eleito para o biênio 2025/2026. Os vice-presidentes desta gestão serão Marcellus Puig, da Volkswagen, e Leonardo Pomeranchik, da General Motors, e o secretário será Ricardo Cardozo, da Iveco.
O novo Conselho de Administração, constituído em assembleia, traz os representantes: Zuppi, Martín Galdeano, da Ford, Takashi Fujisaki, da Honda, Raúl Barcesat, da Mercedes-Benz Caminhões, Ricardo Flammini, da Nissan, Daniel Herrero, da Prestige Auto, Pablo Sibilla, da Renault, Sebastián Figueroa, da Scania, e Gustavo Salinas, da Toyota.
Pérez Graziano enfatizou a importância de continuar trabalhando com toda a cadeia de valor e com o governo para garantir a sustentabilidade do setor a médio e longo prazo. E destacou avanços alcançados na simplificação das operações e no aumento da competitividade em um contexto de transformação global e maior concorrência no setor.
O novo presidente da Adefa é também presidente honorário da CCIFA, Câmara de Comércio e Indústria Franco-Argentina, vice-presidente do UIA, Sindicato Industrial Argentino, do UIPBA, Sindicato Industrial da Província de Buenos Aires, e da Eurochamber. Integra o Conselho de Administração da CAC, Câmara de Comércio Argentina, e do CICyP, Conselho Interamericano de Comércio e Produção.
São Paulo – O IQA, Instituto da Qualidade Automotiva, apresentará durante a COP 30, realizada em Belém, PA, soluções nacionais para a descarbonização da mobilidade, com destaque para o papel estratégico dos biocombustíveis e da tecnologia flex como diferenciais competitivos do País na transição energética global.
Com este propósito o instituto compartilhará estande com outras doze entidades: Abiove, Abiogás, Sindipeças, AEA, Anfavea, Aprobio, Bioenergia Brasil, MBCBrasil, SAE Brasil, Ubrabio, Unem e Unica.
Outro ponto de destaque do IQA na COP 30 é a parceria com a ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, que abrange tanto o desenvolvimento de normas e práticas recomendadas para veículos elétricos e híbridos quanto a capacitação de profissionais e a implementação de sistemas de gestão dedicados à sustentabilidade e ao ESG.
São Paulo – Os veículos leves usados ficaram 5,7% mais caros no acumulado de doze meses encerrados em outubro. No mês passado a inflação deste produto variou 0,35%, enquanto que em setembro havia avançado 0,3%. É o que aponta o IBV Auto, índice do Banco BV.
Os números do indicador sinalizam que este mercado continua aquecido mesmo diante da desaceleração gradual da economia e do recuo de preços dos automóveis novos, o que foi impulsionado pelo IPI Verde e o Programa Carro Sustentável.
As maiores contribuições para a alta do índice em outubro vieram de modelos como Fiat Palio, 1,26%, Volkswagen Gol, 0,97%, e Jeep Compass, 0,93%. As retrações foram vistas no Ford Fiesta, – 1,99%, no Chevrolet Onix Plus, – 0,79%, e no Volkswagen Fox, – 0,75%.
Conforme o IBV Auto os veículos elétricos de 2022 acumulam desvalorização de 44,7% até outubro, reflexo direto da queda nos preços dos modelos novos. Os híbridos lançados no mesmo ano registram retração de 20%, enquanto que os a combustão recuaram 13% em relação ao valor pago quando eram 0 KM.
São Paulo – A Transvale, empresa de logística com sede em Cascavel, PR, anunciou a aquisição de onze caminhões movidos a biometano. O projeto começará com um Scania Super G460 e, até o primeiro trimestre do ano que vem, serão incorporados outros dez caminhões.
Os veículos percorrerão as rotas de transporte de açúcar para exportação, ligando os terminais de transbordo ferroviário do Interior do Paraná e de São Paulo ao Porto de Santos.
O primeiro caminhão fará o transporte de 2 mil toneladas de açúcar por mês. Após a entrada em operação dos outros dez veículos a expectativa é aumentar o volume mensal de carga transportada para 18 mil toneladas.
A Toyota emplacou 12,7 mil unidades no mês passado, contra 16,1 mil de setembro. O SUV Corolla Cross, que chegou a estar no Top 10 do mercado, ficou na vigésima-nona posição, com apenas 3,6 mil unidades. Sem produzir o que foi emplacado era estoque ou unidades que estavam em trânsito para as concessionárias.
A produção dos modelos híbridos foi retomada no início do mês, com motores importados do Japão. Deverá haver algum ganho de volume, mas a Toyota tende a encerrar o ano no quinto posto do mercado, deixando a briga com a Hyundai para 2026 quando, possivelmente, terá o reforço de mais um modelo, o Yaris Cross.
Liderança com a Fiat
A Fiat já pode comemorar o pentacampeonato: foram 435,3 mil emplacamentos de janeiro a outubro, crescimento de 3,1% sobre o mesmo período de 2024. Não será alcançada pela Volkswagen, vice-líder, em 2025: ela somou 347,7 mil no período, com avanço de 9% sobre o resultado do ano passado.
A Chevrolet, mesmo com a queda de 13% nas vendas, completa o pódio. Mas, nos últimos meses, tem visto a Hyundai cada vez mais próxima do retrovisor.
Outra marca que tem sua posição em risco é a Nissan, décima do ranking e que registrou 14,6% de recuo nas vendas no acumulado do ano. A Caoa Chery, em novembro, já ocupou a posição, mas a diferença no ano todo ainda é grande.
São Paulo – Chegou ao mercado brasileiro o carro mais vendido na China. Com o Geely EX2, lá chamado Geome Xingyuan, posicionado com preços agressivos, partindo de R$ 120 mil no lote promocional, a marca que agora integra a operação local do Grupo Renault dá sinais sobre quais são seus objetivos por aqui.
Embora Ariel Montenegro, o presidente da Renault Geely do Brasil, não fale sobre expectativa de vendas, está claro que a busca é por volumes. Até outubro o BYD Dolphin Mini, que concorre na mesma faixa de preço, registrou 25,7 mil emplacamentos, ainda sem produção local. O Dolphin, um degrau acima, teve 12,1 mil.
O EX2 não deverá ter desempenho semelhante, porque a rede Geely, de 23 concessionários, é bem menor do que a da BYD, na casa das duzentas. Até o fim do primeiro semestre de 2026 o objetivo é crescer para quarenta pontos de vendas mas sem pisar no acelerador: Montenegro afirmou que os grupos que, neste início, depositaram suas fichas na Geely precisam ter seu investimento retornado antes de pensar em passos maiores.
Este aperto no passo deverá vir com a produção local, que terá seus pormenores anunciados em 17 de novembro, em cerimônia com autoridades e executivos globais das duas marcas. É certo que a Geely produzirá modelos no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR, e o EX2 é forte candidato a figurar na lista dos pioneiros. Compartilhamento de plataformas é outra possibilidade, como já vem sendo feito na Coreia do Sul, mercado no qual foi assinado acordo semelhante.
O EX2
O porte do EX2 é do BYD Dolphin: são 2 m 650 de entreeixos, 4 m 135 de comprimento. É quase do tamanho do Volkswagen T-Cross, SUV mais vendido do mercado nacional.
O motor elétrico posicionado na traseira, de onde vem a tração, alcança 116 cv com 150Nm de torque. A autonomia, medida pelo PBEV, é de 289 quilômetros.
Seu design chama a atenção, especialmente no tom verde escolhido como cor de lançamento. Internamente traz aquilo que se espera de carros vindos da China: uma tela posicionada atrás do volante, de 8,8 polegadas, e a tela central, que faz as vezes de central multimídia, com 14,6 polegadas. Poucos, mas necessários botões, abrem portas, janelas, mexem com o retrovisor e outras funções que, em alguns chineses, estão limitadas à central.
Além do porta-malas de 375 litros existe um espaço frontal, que o marketing da Geely chamou – e patenteou! – de fronta-malas. São mais 70 litros abaixo do capô.
Em percurso de menos de 10 quilômetros dentro da cidade a reportagem notou que a suspensão foi bem ajustada, tornando a condução suave. O motor atende bem às demandas e responde rapidamente às pisadas no acelerador. Na tela marcava autonomia superior a 300 quilômetros, mesmo com o medidor da bateria não estando completamente cheio.
Segundo Milena Martins, a chefe de marketing e comunicação da Geely do Brasil, o EX2 tem dois públicos-alvos: famílias em formação, na faixa dos 35 anos de classe A e B, com filho pequeno, e solteiros ou jovens casais de 30 a 34 anos, sem filhos, que priorizam tecnologia e sustentabilidade.
Outro público não mencionado e que certamente será alcançado são motoristas de aplicativos, devido ao baixo consumo.
Versões e preços
Promocional de lançamento Geely EX2 Pro – R$ 119 mil 990 Geely EX2 Max – R$ 135 mil 100
Ao fim do lote promocional Geely EX2 Pro – R$ 123 mil 800 Geely EX2 Max – R$ 136 mil 800