Nissan Frontier ganha pacote ADAS na versão de entrada

São Paulo – A versão Attack, a de entrada da linha Nissan Frontier, passa a oferece itens do pacote ADAS, Advanced Driver Assistance Systems, como alerta de colisão frontal, assistente inteligente de frenagem e alerta inteligente de atenção ao motorista, que detecta sinais de fadiga.

Todas as versões da picape também ganharam a opção de desligar o airbag do passageiro quando o motorista estiver sozinho ou transportando uma criança na linha 2026, que começa a chegar às concessionárias. A ação é feita pela chave do veículo e a informação do airbag do passageiro desativado fica à mostra no painel.

Na linha 2026 a picape perdeu a configuração XE, que era a segunda mais barata, e passa a ser vendida em três versões. Confira abaixo:

Frontier Attack – R$ 277,6 mil
Frontier Platinum AT 4×4 – R$ 318 mil
Frontier Pro-4X AT 4×4 – R$ 318 mil

Marcopolo lança ônibus rodoviários Geração 8 na Austrália

São Paulo – A Marcopolo realizou o lançamento de sua Geração 8 de ônibus rodoviários na Austrália. Desenvolvida originalmente no Brasil a linha também é produzida na China, Colômbia e México. Os veículos feitos sob medida para o mercado australiano são manufaturados na China e comercializados por meio da Volgren, operação da marca no país. 

Com mais de 5 mil unidades em circulação em 24 países a Geração 8 chega agora na Austrália para ampliar a participação da Marcopolo no segmento rodoviário e complementar a oferta de produtos, que já inclui os modelos urbanos Optimus, da marca Volgren, e os escolares Endura e Audace, importados da fábrica da China.

O primeiro G8 australiano é um Paradiso G8 1300 que foi adquirido pelo operador Australia Wide Coaches. Com 15 m de comprimento, chassi Volvo e volante posicionado à direita, o modelo conta com sistema de ar-condicionado com aquecimento, sanitário, carregadores USB-C, cafeteira e faróis full led.

Banco Mercedes-Benz realiza nova emissão de letras financeiras

São Paulo – O Banco Mercedes-Benz concluiu sua décima-sexta emissão de letras financeiras, totalizando R$ 700 milhões. Estruturada em três séries com prazos de dois a três anos, a operação obteve, de acordo com a instituição financeira, uma das melhores taxas dos bancos cativos, “refletindo a qualidade do planejamento envolvido”.

A demanda superou a oferta em 4,5 vezes o que, de acordo com o banco, “evidencia a confiança dos investidores na solidez e na governança da entidade”. A operação possibilitou a diversificação da base de investidores e reforçou a capacidade da instituição em estimular o crescimento das suas operações.

Stellantis Financial Services conclui terceira emissão de letras financeiras

São Paulo – A Stellantis Financial Services Brazil alcançou recorde histórico com a emissão de R$ 1,7 bilhão em letras financeiras. Trata-se da maior oferta pública já registrada por bancos de montadoras. A operação, a terceira já realizada pela entidade financeira, foi coordenada pelo Banco Santander e pelo Banco Bradesco BBI, estruturada em quatro séries, com prazos de dois e quatro anos, e contou com a participação de quarenta investidores institucionais, com demanda 1,6 superior à oferta.

A estrutura de serviços financeiros da Stellantis aqui conta com três divisões operacionais: Banco Stellantis, Stellantis Financiamentos e Stellantis Locadora.

As duas primeiras ofertas públicas de letras financeiras foram conduzidas pelo próprio Banco Stellantis. A terceira foi pela Stellantis Financiamentos, braço operacional dedicado ao financiamento direto aos clientes finais das marcas do grupo.

Aço a partir de sucata da Gerdau chama a atenção do setor automotivo

São Paulo – A sucata ferrosa é o principal insumo de 70% de todo o aço comercializado pela Gerdau. O cenário é inverso ao do mercado geral, segundo Cenira Nunes, gerente geral de meio ambiente da siderúrgica, que utiliza ainda o minério de ferro como matéria-prima majoritária. A produção de aço com materiais reciclados tem chamado a atenção de diversos clientes, em especial da indústria automotiva.

Montadoras, de acordo com Nunes, estão buscando fornecedores com baixo índice de emissão de CO2 e com bom índice de reciclabilidade, que, com o Mover, passou a ser um componente importante na hora de compor o IPI Verde.

“As empresas se interessam pelo índice de reciclabilidade do nosso aço porque traz uma melhoria nos parâmetros delas. Em muitos casos as montadoras que compram o nosso aço também nos fornecem os restos da sua produção, que são reciclados e retornam como aço para ser usado nas suas linhas produtivas.”

Para a produção de aços especiais, que tem alta demanda da indústria automotiva, a matéria-prima é sempre a sucata ferrosa, sem uso do minério de ferro. O produto tem uma pegada ambiental que emite apenas 25% dos poluentes, na comparação com a média global.

Reciclagem começou muito antes

O interesse da Gerdau pela reciclagem, porém, não vem de hoje. Começou em 1948, segundo a gerente, mas avançou bastante nos últimos anos.

“No ano passado produzimos 11,7 milhões de toneladas de aço a partir da sucata ferrosa, coletada de diversas fontes. Este é um número médio que produzimos por ano, pois existe uma limitação com relação à matéria-prima: ela não é de prateleira como o minério de ferro, para o qual basta negociar o volume e comprar”.

Desta forma a operação da Gerdau tem um impacto menor no meio ambiente. No Brasil a produção tem uma pegada ambiental ainda menor, pois utiliza energia 100% limpa, certificada pelo selo I-Rec, que garante o uso de energia apenas de fontes renováveis.

Cenira Nunes, gerente geral de meio ambiente da Gerdau

Na Gerdau existe uma área responsável pela compra de sucata para alimentar a produção, que é originada de duas fontes: a sucata industrial e a sucata doméstica. Na primeira são usados os resíduos gerados pela indústria automotiva e outras, que precisam dar o descarte correto para esse material e a Gerdau compra.

Já a sucata doméstica é coletada com a ajuda de parceiros, cadeia que envolve 1 milhão de pessoas que vão até os depósitos e compram para a Gerdau. O foco é tudo que tem ferro, como uma bicicleta velha, uma máquina de lavar, latas descartadas, dentre outros itens com ferro na sua composição.

A Gerdau também busca alternativas para aumentar o volume de sucata ferrosa coletada. Em 2023, a partir de parceria com a Vamos e a Volkswagen Caminhões e Ônibus, foram tirados de circulação 140 veículos sem condições de rodar, por meio do programa de descontos do governo federal. A ação gerou 800 toneladas de sucata, que foram transformadas em aço. Outra ação parecida foi a desmontagem de plataformas de petróleo, em parceria com a Petrobrás, que garantiu um volume relevante de matéria-prima sem agredir o meio ambiente no processo.

No Brasil a Gerdau tem nove fábricas responsáveis pela produção de aços longos, aços planos e aços especiais, sendo que os últimos, que são sempre feitoa a partir da sucata ferrosa, é produzido em Charqueada, RS, e em Pindamonhangaba, SP. 

Frota paulistana de ônibus ganha mais 120 unidades a bateria

São Paulo – Mais 120 ônibus elétricos foram entregues pela Prefeitura de São Paulo a empresas operadoras de serviços públicos de transporte. A frota cresceu para 760 unidades movidas a bateria, que se somam a 201 trólebus, compondo frota de 961 ônibus com tração elétrica.

Os ônibus, com carroceria Caio, são montados sobre chassis Mercedes-Benz e Eletra. De acordo com informe da Prefeitura cada unidade 100% elétrica em circulação deixa de consumir 35 mil litros de diesel por ano, reduzindo emissões equivalentes ao plantio de 6,4 mil árvores.

Também aumenta o conforto dos usuários pois todos os novos ônibus têm ar-condicionado, tomada USB e wi-fi. Pelo fato de serem elétricos emitem menos ruídos, o que torna a viagem dos passageiros e dos motoristas mais agradável.

Outra inovação que pode ajudar a destravar as entregas de elétricos na Capital é a instalação de carregadores BESS, sigla em inglês para sistema de armazenamento de energia em baterias, em algumas garagens. Duas receberão o sistema em noventa dias, com 4,5 mW disponíveis para as baterias.

Assim, contou o secretário de Mobilidade Urbana e Transporte, Celso Cadeira, a dependência do distribuidor de energia elétrica será reduzida:  “Só com esta ação já somos capazes de carregar de forma independente do distribuidor, ou seja, reduzindo a dependência do distribuidor, 120 ônibus no primeiro ciclo. Caso as operadoras adotem dois ciclos, são 240 ônibus”.

O projeto não terá custos para os cofres municipais: a Huawei fornecerá o equipamento e o seu estabelecimento será feito pelo Grupo Matriz, responsável pelo investimento.

Conheça os finalistas de Veículos Comerciais de Passageiros

Primeiro articulado EV

A Mercedes-Benz do Brasil deu um passo estratégico rumo à mobilidade sustentável com o lançamento do eO500UA, seu primeiro ônibus elétrico articulado. Com piso baixo e carroceria para 18 metros de comprimento, capacidade para mais de 120 passageiros e autonomia de até 300 km com 7 packs de bateria, o modelo foi desenvolvido, o modelo foi desenvolvido no País e é produzido em São Bernardo do Campo (SP), com foco no transporte urbano de alta demanda, com previsão de chegada ao mercado em 2026.

“O nosso primeiro elétrico articulado, irmão maior do eO500U que já circula pelas ruas de São Paulo, está sendo desenvolvido e será produzido no Brasil, em nossa fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista”, diz Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “Este veículo deverá começará a circular no País em 2026 e será exportado para países da América Latina. Dessa forma, estamos expandindo o portfólio de elétricos. Trata-se de mais uma brilhante e marcante conquista do nosso time brasileiro”.

Mostrado pela primeira vez na LatBus 2024, o modelo amplia o leque de soluções de eletromobilidade para o País e a América Latina. Equipado com dois motores elétricos nos eixos centrais e tecnologia de freio regenerativo, o eO500UA entrega operação silenciosa, zero emissões locais e baixo custo de manutenção. O projeto brasileiro é o primeiro do grupo Daimler fora da Alemanha voltado para ônibus articulados elétricos.

A estreia nas ruas ocorre em São Paulo, onde os primeiros modelos já operam em corredores de ônibus. Com apoio da Eletra no fornecimento dos sistemas de tração e baterias, o eO500UA atende às metas da cidade de eletrificar a frota até 2038. O modelo reforça o papel da engenharia brasileira na transição energética e será exportado para outros mercados da América Latina.

Na visão da empresa, quatro pilares precisam funcionar ao mesmo tempo para que a eletrificação seja possível: tecnologia, infraestrutura, financiamento e políticas públicas. “Hoje, cada município brasileiro vive uma realidade diferente, o que dificulta a adesão da eletrificação com maior velocidade e abrangência. Nós contamos com o apoio das autoridades públicas, da cadeia de suprimentos e de outros elos do setor para acelerar o desenvolvimento da infraestrutura, como também de uma ampla rede de recarga de energia”, comenta Achim Puchert.

Sob medida

Desenvolvido para o segmento de fretamento contínuo, o chassi Mercedes-Benz OF 1621 chega com motorização BlueTec 6, atendendo ao Proconve P8 e reforçando o compromisso da marca com a mobilidade sustentável. A solução mantém características de eficiência e excelente custo/benefício, agregando os benefícios ambientais derivados da redução de emissões. O motor OM 924 LA é o mesmo do OF 1721, conhecido por sua força, robustez e desempenho: potência de 208 cv a 2.200 rpm e torque máximo de 780 Nm (1.200 a 1.600 rpm), com câmbio G-90 de 6 marchas. Este motor possui polia com canaleta adicional para acionamento do compressor de ar-condicionado, ideal para fretamento.

“A Mercedes-Benz é a primeira marca que trouxe para o mercado um veículo completamente dedicado ao serviço de fretamento contínuo”, diz Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. “O projeto foi realizado em parceria com encarroçadores, visando a otimização do tempo de encarroçamento e um menor volume de retrabalho pelo implementador. Além disso, os clientes também foram ouvidos, contribuindo muito para a assertividade do desenvolvimento desse produto”.

Com entre-eixos de 5.950 mm e PBT de 16,5 toneladas, o OF 1621 pode receber carrocerias de até 12,5 metros de comprimento. Esta configuração permite montagem de até 48 assentos para passageiros, mais o DPM (Dispositivo de Poltrona Móvel), que oferece segurança e acessibilidade a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

O OF 1621 vem pronto para encarroçamento, com sistemas completos de segurança e conforto, como ABS, ESP, freio-motor auxiliar e assistência de partida em rampa. Um produto completo, eficiente e ambientalmente responsável para o transporte corporativo.

O modelo possui balanços dianteiro e traseiro mais curtos e entre-eixos de 5.950 mm. Com isso, foi possível acomodar os equipamentos, como tanque de combustível de 300 litros, tanque de ARLA de 25 litros, bateria de 170 Ah e preparação para ar-condicionado, de tal forma que não há necessidade de corte das longarinas e do cardã para alongamento do chassi. Como consequência, o OF 1621 diminui a necessidade de retrabalhos e facilita o acoplamento da carroceria de forma rápida, com menor custo de aquisição e melhor custo/benefício.

Economia substantiva

O chassi Scania K410 6×2 consolidou-se como o principal produto rodoviário da marca nos últimos dois anos, respondendo por até 60% das vendas de ônibus da Scania no Brasil no período. Seu sucesso está na combinação de potência, eficiência e equilíbrio operacional, ideal para aplicações em linhas intermunicipais, interestaduais e turismo.

O modelo tem sido muito bem avaliado pelos clientes, principalmente pela entrega de uma economia de combustível significativa frente à gama anterior. Ele oferece um custo total de operação imbatível no mercado: proporciona até 8% de economia de combustível em ônibus rodoviários – sendo 7% do motor XPI Euro 6 e 1% da caixa automatizada Scania Opticruise.

Com motor XPI de 13 litros e 410 cv, entrega torque de 2.150 Nm em baixas rotações, o que resulta, além do baixo consumo, também em excelente desempenho. O motor possui sistema de injeção múltipla XPI e lay shaft brake (troca de marchas 45% mais rápidas), evolução do sistema de segurança ADAS e novos sensores (alertas de ponto cego e de pedestres), atualizações das caixas de câmbio Scania Opticruise, chassi mais leve e área do motorista redesenhada e aprimorada (painel, volante e pedais).

Sai equipado com acelerador Inteligente de fábrica, tecnologia que reduz o consumo de combustível em 3%, e freio auxiliar Retarder. Traz um equilíbrio perfeito de motor, baixo consumo, segurança, conforto e disponibilidade na operação. Em 2025, tem sido responsável por cerca de 50% das vendas de todos os modelos de ônibus da marca. Da mesma forma que no ano passado, é o campeão de vendas da marca.

A configuração 6×2 garante conforto, estabilidade e maior capacidade de carga, enquanto a versatilidade permite integração com carrocerias de dois andares, como Marcopolo G8 e Comil Invictus. Equipado com direção eletro-hidráulica, o K410 6×2 oferece facilidade nas manobras e uma experiência de condução mais segura e confortável. Já está equipado com o novo painel digital 12,3” com alta tecnologia.

Sua ampla aceitação no mercado reforça o papel da Scania como referência em tecnologia, desempenho e sustentabilidade no transporte de passageiros no Brasil.

Volare movido a GV (GNV/Biometano)

Com 27 anos de atuação no mercado, a Volare é uma unidade de negócios da Marcopolo S.A que tem como finalidade a produção de micro-ônibus para os segmentos escolar, fretamento, turismo, rural e urbano. Os veículos têm configurações de 6 a 12 toneladas, produzidos de acordo com a necessidade de cada cliente. São mais de 40 pontos de atendimento no Brasil e 20 no exterior, com assistência técnica especializada. Pioneira na fabricação de veículos comerciais leves, a companhia possui unidades fabris em Caxias do Sul/RS e em São Mateus/ES.

Tem revelado uma busca incessante por novas tecnologias para garantir o protagonismo na transição energética do transporte de passageiros. Os resultados são muito positivos. Uma das novidades exibidas ao mercado pela Volare ficou conhecida na Agrishow 2025, principal evento de tecnologia para o agronegócio na América Latina, realizado em Ribeirão Preto (SP).

Uma das maiores atrações do estande da marca foi o Fly 10 GV, modelo movido à GNV e biometano. O modelo combina tecnologia avançada e eficiência, cujas primeiras unidades já estão em operação nas cidades de Guarulhos (SP) e Belo Horizonte (MG). Além de proporcionar economia operacional, o modelo reduz drasticamente as emissões de material particulado (redução de 96%) e dos gases (84%) que causam o efeito estufa. Desenvolvida ao longo de quatro anos, representa uma alternativa viável e ambientalmente responsável, com aplicação possível em qualquer região do país. 

O Volare Fly 10 GV está disponível para os segmentos urbano, executivo e escolar, com a possibilidade de ser expandido para outros modelos do portfólio da marca. O veículo possui três cilindros de combustível capazes de armazenar 360 litros, o que representa autonomia de até 450 quilômetros, dependendo da aplicação.

A novidade reforça o compromisso da Volare com a descarbonização do transporte coletivo de curta distância. A fabricante já oferece o Attack 10 com opções híbrida, elétrica e flex, e planeja expandir a solução a gás para outros modelos de seu portfólio. A adoção do Fly 10 GV por prefeituras e operadores urbanos reforça o papel estratégico da Volare na transição energética do transporte público no Brasil.

IPI Verde será a base do Imposto Seletivo

São Paulo – A demora na composição e no anúncio das alíquotas do chamado IPI Verde, do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, tem uma justificativa: ele é a base do que será o Imposto Seletivo sobre veículos, que começará a vigorar com a reforma tributária a partir de janeiro de 2027. A informação, pela primeira vez confirmada, é de Uallace Moreira Lima, secretário de desenvolvimento industrial, inovação, comércio e serviços do MDIC, que é o entrevistado do From the Top da próxima edição de AutoData, de outubro de 2025.

Segundo o secretário, que descartou demora na publicação das normas, era exigido um debate mais aprofundado por esta razão: “A nova tributação foi amplamente discutida, debatida com todos os representantes do setor produtivo e simultaneamente com o governo. E este debate foi extremamente importante porque o IPI Verde é a base do Imposto Seletivo da reforma tributária”.

Lima acrescentou que havia a preocupação, no MDIC, especialmente do titular da pasta, o vice-presidente Geraldo Alckmin, de não elevar a carga tributária e nem reduzí-la: o cálculo final foi zero.

“O IPI Verde cumpre o seu objetivo de estimular carros mais sustentáveis, desestimular carros que emitem muito CO2 e, ao mesmo tempo, promover a justiça distributiva.”

Demais portarias do Mover devem ser publicadas até dezembro

Mas nem todas as normas do Mover foram publicadas. Restam ainda seis portarias, de acordo com o secretário, que trazem as regras de eficiência energética para veículos leves, metas e incentivos para reciclagem, conteúdo local, fiscalização e auditoria, inventário e pegada de carbono e adequação das resoluções dos programas prioritários de pesquisa e desenvolvimento, que recebem recursos do imposto de importação ex-tarifário.

Esta falta de definição, segundo o presidente da Anfavea, Igor Calvet, tem tirado o sono de suas empresas associadas:  “Estamos a menos de um ano e meio do início da vigência das novas regras e ainda não temos ideia da carga tributária que incidirá sobre os nossos produtos. Ao fim podemos ter aumento de carga de impostos para os automóveis, o que não era a proposta original do governo”.

Além de descartar aumento da carga tributária Lima disse na entrevista a AutoData que tudo será publicado até o fim do ano: “Está tudo encaminhado, no estágio final. Faltam estas seis portarias e o nosso propósito é que até o fim do ano todas sejam publicadas, fechando o ciclo das doze portarias que precisávamos publicar neste período”.

Em um balanço do programa Lima considera o Mover um sucesso: são 248 empresas e projetos já habilitados.

Juros prejudicam o mercado automotivo

O secretário do MDIC reclamou também das elevadas taxas de juros do Brasil, que complicam a vida do mercado automotivo, que depende fundamentalmente de crédito, e já causa preocupação no Ministério do Desenvolvimento sobre possíveis impactos nos investimentos bilionários anunciados por fabricantes de veículos e autopeças.

“A política de juros do Brasil é irracional. 15% ao ano! Veja só: o Brasil está tendo deflação [em agosto], ou seja, a taxa de inflação está ficando negativa, está caindo. Não há razão, não há motivo para uma taxa de 15%, porque se a inflação cai e os juros são mantidos em 15%, o juro real está aumentando. Eu mantenho nível de rentabilidade dos ativos financeiros muito alto e prejudico o investimento produtivo.”

A entrevista completa com Uallace Moreira Lima será publicada na próxima edição da revista AutoData, de outubro de 2025, número 426, que trará o especial Perspectivas 2026, apontando para onde a indústria caminhará no ano que vem.

Na contramão Toyota T-Line investe R$ 10 milhões para ser uma das maiores do Brasil

São Paulo – Enquanto o setor de distribuição de veículos caminha no sentido de criar concessionárias vada vez menores e mais enxutas, para reduzir custos, a Toyota T-Line seguiu o sentido oposto: inaugura na quinta-feira, 25, na Zona Sul de São Paulo, uma das maiores revendas Toyota no Brasil, ocupando prédio de 10,5 mil m² de área construída e com investimento de R$ 10 milhões.

É um endereço conhecido do setor automotivo: o mesmo prédio, situado na Avenida Washington Luiz, próximo ao Aeroporto de Congonhas, foi sede do centro de treinamento Volkswagen até 2021, quando, em meio à pandemia, a montadora transferiu as operações para dentro da unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP.

A T-Line terá um diferencial: será mantido um estoque de veículos blindados com pronta entrega em parceria com a Carbon, de acordo com Rachel Tsung, vice-presidente do grupo. O estoque de blindados será composto pelos modelos, versões e cores mais vendidos. No caso de um cliente optar por um modelo fora do estoque, o processo de blindagem demora 35 dias na Carbon, que recebe e reenvia o carro para a concessionária.

De acordo com Tsung quem procura um carro blindado deseja tê-lo disponível o quanto antes, o que justifica a criação do estoque para a demanda: “Normalmente quem procura um veículo blindado passou por algum tipo de trauma ou já tem um e não anda mais sem blindagem. Por isso imobilizamos alguns milhões de reais do nosso capital para investir no estoque”.

Por ano a Toyota T-Line vende cerca de 260 veículos blindados. O volume não é alto mas, de acordo com Tsung, o foco não é em grandes volumes de vendas mas, sim, na rentabilidade do negócio. No caso dos blindados a revenda atende até clientes de outras cidades que vêm para São Paulo por causa da pronta entrega.

Outro objetivo com a mudança de endereço é melhorar o atendimento aos clientes. A meta é realizar revisões em até 60 minutos, com dois funcionários trabalhando no veículo, um de cada lado, no sistema chamado de Duotec, muito comum no Japão.

As revisões são agendadas, mas o novo espaço também terá capacidade para atender clientes que estão passando pela região e decidem fazer a revisão do seu Toyota. Metade do prédio novo é dedicada a serviços de pós-vendas e funilaria. Para oferecer algo a mais para os clientes que aguardam a realização de algum tipo de manutenção no veículo, a nova loja oferece espaço de coworking e um bar temático.

Grupo BMW abre as portas da fábrica de Manaus para o público

São Paulo – O Grupo BMW expandiu o programa de visitas, que já existe em sua fábrica de automóveis de Araquari, SC, para a unidade que produz motocicletas em Manaus, AM. O primeiro grupo do programa Por Dentro do Grupo BMW Brasil, realizado em parceria com a Serra Verde Express, visitou a fábrica na quarta-feira, 17.

Com duração de aproximadamente uma hora e meia o programa leva os visitantes a passarem pelas áreas de pré-montagem e de montagem de motor, montagem de chassi, testes de qualidade, expedição e áreas interativas.

A visita conta com guias bilíngues e capacidade para receber até sessenta pessoas por dia, divididos em grupos de quinze visitantes, que pagam R$ 90. A idade mínima para participar é 10 anos. Para agendar e ter mais informações é necessário acessar o site.