Demorou, e bastante, mas finalmente a General Motors do Brasil se rendeu à moda dos modelos com roupagem aventureira, filão de mercado exclusivo do Brasil e já explorado há bom tempo, primeiramente pela Fiat e depois pela Volkswagen.
A montadora apresenta no Salão do Automóvel a Spin Activ, versão com apelo fora-de-estrada do monovolume. E na sexta-feira, 7, no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba, SP, realizou seu lançamento oficial.
A montadora já fez uma pequena incursão neste campo com o Celta Off Road, em 2005, mas ali tratava-se de um kit de acessórios de apelo aventureiro vendido nas concessionárias. Agora a roupagem é de fábrica.
Ante a Spin tradicional há novos parachoques, rodas maiores, de aro 16, pneus de uso misto, oito milímetros a mais de altura do solo, faróis com máscara negra e forração diferenciada dos bancos. O que mais chama a atenção é o estepe na tampa traseira, ao melhor estilo EcoSport.
Como o porta-malas abre para cima e não para o lado, a exemplo do Ford, a engenharia brasileira – responsável pela Spin desde seu primeiro traço – desenvolveu sistema que permite o deslocamento lateral do estepe, repetindo sistema aplicado em modelos como o VW CrossFox e Fiat Idea Adventure, este considerado pela GM como um dos três concorrentes diretos do Spin Activ. Os outros dois são o Citroën Aircross e o Nissan Livina X-Gear. Dos quatro só o último não carrega o estepe do lado de fora.
Segundo Juliana Fukuda, gerente de marketing, a expectativa é comercializar 800 unidades da Spin Activ ao mês – nas lojas a partir do fim deste mês. A executiva calcula que metade deste volume será de clientes que já adquiririam outra versão da Spin e a outra parte dos que vislumbravam modelo da concorrência. Ou seja: na prática a Activ deve engordar os números do modelo em cerca de 400 unidades ao mês.
A versão aventureira, assim, deverá responder por cerca de 20% a 25% da gama total do monovolume. A Activ, entretanto, será ofertada apenas na versão cinco lugares, como a LT, sem opção para sete como na LTZ. “Nossas pesquisas indicaram que o cliente desta faixa quer um porta-malas grande, e no nosso caso ele é de longe o maior da categoria.”
Os preços, porém, são bem próximos aos da LTZ sete lugares: R$ 62 mil 60 com câmbio manual de cinco marchas e R$ 65 mil 680 com automático de seis, que deve responder por 70% dos pedidos. O motor não muda perante as demais versões, o 1,8 litro EconoFlex de 108 cv com 100% de etanol.
De acordo com dados da Fenabrave a Spin acumula pouco mais de 30 mil emplacamentos até outubro, o que a faz tranquila líder do segmento.
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