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08/05/2015

Fras-le projeta crescimento de 7% no faturamento do ano

Por Viviane Biondo

- 08/05/2015

A Fras-le, fabricante de peças do Grupo Randon, terá faturamento ampliado em 7% na comparação com o ano passado, com receita estimada em R$ 820 milhões.

Pedro Ferro, CEO e diretor corporativo, afirmou que a alta será possível graças às vendas nos mercados externos, tanto por meio de exportações quanto produção em outros países – a empresa tem fábricas também na China e nos Estados Unidos.

“Mais de 50% do mercado da Fras-le é externo. Vendemos peças para China e Estados Unidos, além de Europa, Oriente Médio e África, o que nos permite, de certo modo, mitigar a baixa no mercado interno.”

O bom desempenho externo, entretanto, não será suficiente para arrefecer a baixa nas operações totais do Grupo Randon, impactadas pelo mercado interno. A receita líquida para 2015 é estimada atualmente em R$ 3,2 bilhões. “Revisamos a projeção para baixo em 15%. Estimávamos alcançar R$ 3,8 bilhões, mas não será possível. As entregas a montadoras estão em queda, bem como as vendas de implementos, outro importante negócio para nós.”

Para Ferro, faltam estímulos ao consumo – fortemente afetado pela crise de confiança. “Não somos contra os ajustes fiscais, mas é preciso previsibilidade. Ano passado não trabalhávamos com medidas como a redução da desoneração da folha de pagamento, o que surpreendeu as empresas. Felizmente temos bom fluxo de caixa e passaremos bem por essa fase difícil. Somos fortes em vagões rodoviários e produção agrícola. Vamos nos ajustando.”

O executivo considerou ainda que o primeiro trimestre foi atípico. “Em função do choque fiscal tivemos que nos reprogramar. Passamos de 12 mil para 10,5 mil colaboradores, trabalhando durante quatro dias por semana.”

Para Ferro o fornecimento a montadoras, em queda de 35%, retomará o caminho do crescimento após 2016. Já o de reposição deverá ser estável neste ano e crescer 4% no ano que vem.

“A queda dos veículos comerciais é devastadora. E com frota rejuvenescida nos últimos anos, somada ao maior tempo para troca das autopeças, que avançaram em tecnologia, creio que o mercado nacional de reposição ficará no máximo estável este ano.”

O Grupo Randon investirá R$ 120 milhões no País neste ano. “Os focos são produtividade e tecnologia. Buscamos automação e reengenharia de produtos, com pesquisas sobre novas matérias-primas que substituem, com a mesma qualidade, as já utilizadas.”


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