Ao mesmo tempo em que afina os últimos preparativos para voltar a se tornar uma fabricante de veículos no Brasil, a Audi comemora a liderança nas vendas do segmento premium em 2015. De janeiro a maio foram 6,4 mil modelos vendidos, crescimento de 26,8% – mais do que o dobro do avanço dessa faixa do mercado, 12,5%, e em sentido totalmente oposto às vendas totais, em queda de 20% no período.
“Esse resultado nos deixa muito orgulhosos”, resumiu Jörg Hofmann, presidente da Audi do Brasil. “Puxamos o crescimento do mercado premium no Brasil: as vendas [do segmento] crescem porque a Audi cresce.”
A Audi considera no cálculo do segmento as suas vendas mais as de BMW, Jaguar, Land Rover, Lexus, Mercedes-Benz, Mini, Porsche e Volvo – para ela, é este o mercado brasileiro premium. De janeiro a maio do ano passado essas marcas emplacaram 21,6 mil unidades, volume que cresceu para 24,4 mil veículos nos primeiros cinco meses de 2015, segundo levantamento da Agência AutoData a partir de dados de Anfavea e Abeifa.
Além dos 26,8% de crescimento da Audi, a Mercedes-Benz apresentou avanço ainda maior, de 36,3%, alcançando 5,8 mil unidades. Mesmo assim ficou na terceira posição, atrás da BMW, que, com 5,9 mil licenciamentos, registrou queda de 2% com relação ao ano passado e, assim, perdeu a liderança que ocupou em 2014.
Em volume, Audi e M-B acrescentaram cerca de 2,8 mil unidades ao segmento, volume que basicamente define o crescimento das vendas premium – embora outras marcas também tenham elevado suas vendas, como Jaguar, Lexus e Volvo, porém em volumes mais baixos.
Segundo Hofmann o avanço das vendas da companhia resulta de toda a reestruturação promovida nos últimos anos, o que chama de Audi 360 graus. O portfólio de veículos foi renovado, com produtos que caíram no gosto dos consumidores, o pós-venda recebeu investimentos como a ampliação do centro de distribuição em Jundiaí, SP, e a inauguração do centro de treinamento em São Paulo, e houve contratação de novos funcionários administrativos.
Aliado ao aporte de R$ 300 milhões aplicado na ampliação da rede de concessionários, que até o fim do ano chegará a 50 postos de vendas espalhados pelo País, a Audi conseguiu a tão comemorada liderança antes mesmo de iniciar a produção local do A3 Sedan, prevista para o começo de setembro.
Superou até as expectativas de Hofmann, que entretanto prefere manter os pés no chão. “Ser o número um é bom, mas nosso plano é manter um crescimento sustentável no mercado brasileiro.”
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