O Brasil caiu mais um degrau no ranking global de produção de veículos neste ano. O País, que fechou 2014 na oitava posição, terminou o primeiro semestre de 2015 na nona, ultrapassado pela Espanha.
Foi a segunda queda em dois anos: em 2013 o Brasil era o sétimo maior produtor de veículos do mundo, mas perdeu esta posição para o México no ano passado.
Os dados foram compilados pela Oica, a Organisation Internationale des Constructeurs d’Automobiles – entidade que reúne todas as associações nacionais de fabricantes de veículos do mundo, como a Anfavea.
Os índices consideram a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. De acordo com a Oica o Brasil terminou a primeira metade deste ano com 1 milhão 277 mil unidades produzidas, em queda de 18,5% ante mesmo período de 2014 e, assim, foi ultrapassado pela Espanha, que fabricou 1 milhão 458 mil, em alta de quase 13%.
No fechamento do ano passado o Brasil ficara 743 mil unidades à frente da Espanha no ranking de produção.
Além disso esta nona posição está de certa forma ameaçada até o fim deste ano. Isso porque o décimo colocado, o Canadá, também de acordo com as informações reveladas pela Oica, está relativamente próximo, 178 mil unidades atrás ao término do primeiro semestre. Mas no país norte-americano o volume também está em retração, de 8%, cenário que pode beneficiar o Brasil ao término do ano.
É preciso atenção também com a França, décima-primeira do ranking, apenas 60 mil unidades de desvantagem para o Canadá e 240 mil para o Brasil e em ascensão de 6%. Assim, hipoteticamente, o Brasil poderia até mesmo sair do top-10 global ao término de 2015, caso seja ultrapassado pelos dois até dezembro. Cabe a lembrança de que o volume produtivo local se deteriorou mais depois do primeiro semestre: a queda acumulada até setembro chegou a 20%, segundo índices da Anfavea.
A troca de posições do Brasil com a Espanha foi a única mudança no ranking dos dez primeiros do fim do ano passado para o primeiro semestre deste ano. Todas as demais posições se mantiveram inalteradas.
A China se mantém líder com 12 milhões de unidades, alta de 2,6%, seguida por Estados Unidos com a metade deste volume, 6 milhões, em crescimento de 3%. Fecha o pódio o Japão com 4,6 milhões, em baixa de 8%.
Na sequência aparecem Alemanha, Coréia do Sul, Índia e México. Dos dez primeiros o Japão, a Coréia do Sul, o Brasil e o Canadá têm índices negativos, enquanto os demais registram elevação.
Ainda de acordo com a Oica a produção total automotiva global cresceu 0,5% ao fim do primeiro semestre deste ano comparada com o mesmo período do ano passado, e chegou a 45,6 milhões de unidades.
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