AutoData - Mercedes-Benz assegura manutenção de investimentos
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23/11/2015

Mercedes-Benz assegura manutenção de investimentos

Por André Barros

- 23/11/2015

Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, garantiu em sua apresentação no Congresso AutoData Perspectivas 2016, na segunda-feira, 20, na sede da Fecomércio, em São Paulo, que os investimentos da montadora no País – que somam no total R$ 1,2 bilhão – estão mantidos.

“Olhamos adiante, no longo prazo, e acreditamos no Brasil. Seguimos com os investimentos de R$ 500 milhões em São Bernardo do Campo e R$ 230 milhões em Juiz de Fora, para modernizar e tornar mais eficientes as duas fábricas, e R$ 500 milhões em Iracemápolis, para produzir automóveis a partir do início do ano que vem.”

A fábrica de São Bernardo do Campo agora concentrará a montagem de conjuntos e de caminhões, enquanto Juiz de Fora ficará responsável pelas cabines e pela produção do Actros – ao menos até a chegada da nova geração. O Accelo, que hoje também sai das linhas mineiras, será produzido no ABCD a partir de 2016.

Segundo o executivo, essa é a maneira da Mercedes-Benz combater a crise. A linha de produtos ganhou novidades, apresentadas na semana passada, como o novo Actros, Accelo e a van Vito, produzida na Argentina. “Usamos a estratégia local de produzir vans na Argentina e caminhões e ônibus no Brasil, para equilibrar a balança comercial.”

O presidente da Mercedes-Benz defendeu a criação de programa de renovação de frota para caminhões e ônibus. De acordo com seus cálculos existem dois milhões de veículos comerciais circulando pelo País, dos quais mais da metade com motores de emissões pré-Euro 3. A idade média chega a vinte anos.

Segundo Schiemer cada caminhão com motor Proconve 1 emite poluentes equivalentes a 37 caminhões P7, ou Euro 5. Substituir essa frota por veículos 0 KM geraria uma economia de 2 bilhões de litros de diesel por ano, o que ajudaria a equilibrar a balança comercial, uma vez que a Petrobras importa diesel, além dos ganhos em segurança redução de congestionamento. “Não é apenas uma política para a indústria automotiva. É uma política para o Brasil.” Ele calcula que a adoção uma política de renovação de frota poderia gerar venda de 30 mil caminhões adicionais por ano.

O executivo projeta este ano com mercado de 70 mil caminhões vendidos, retornando aos patamares de 2004, e 18 mil chassis de ônibus, como há dez anos. Schiemer evitou arriscar projeções para 2016, mas traçou seu cenário com as conjunturas econômicas ideais: “Vender de 150 mil a 200 mil caminhões e 25 mil a 30 mil chassis de ônibus”.


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