AutoData - Líder em vendas, Iveco apresenta sua linha Euro 5 na Argentina
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27/12/2015

Líder em vendas, Iveco apresenta sua linha Euro 5 na Argentina

A Iveco comemorará em 2015 o sexto ano consecutivo na liderança de vendas de caminhões na Argentina. Maior fabricante do segmento ali – além dela apenas a Mercedes-Benz monta alguns modelos naquele país –, a marca da CNH Industrial apresentou sua linha Ecoline, com caminhões equipados com motor Euro 5, obrigatórios a partir de 1o de janeiro de 2016.

Do Daily ao Stralis, agora também com opção da cabine Hi-Way no mercado argentino, todos os caminhões ganharam novos motores, já conhecidos dos brasileiros. Mas a importância da Iveco no país vizinho, onde produz caminhões há 46 anos ininterruptos, é grande.

Dos 26,5 mil caminhões estimados para serem vendidos na Argentina em 2015, cerca de um quarto será Iveco. Enquanto comemora mais um ano na liderança, o diretor comercial Sebastian Macias lembra que nem sempre foi assim.

“Historicamente nossa participação flutuava de 11% a 15% e éramos vistos como uma importadora no mercado argentino. Até 2008, quando a crise mundial eclodiu e traçamos um plano para mudar nosso perfil.”

Segundo ele a Iveco oferecia aos clientes caminhões que eles não queriam, e eles procuravam caminhões que a marca não oferecia. O primeiro passo foi corrigir essa distorção: simplificar os modelos, que traziam muitos itens que eram vistos como dispensáveis pelo consumidor argentino.

O primeiro ataque foi no segmento de 200 cavalos, que corresponde a grande parte das vendas do mercado local. O modelo oferecido não poderia ter nome mais sugestivo: Tector Attack. “Começamos a oferecer um produto de baixo custo e, por ser produzido em Córdoba, com financiamento subsidiado pelo Banco de la Nación Argentina. Hoje é nosso principal caminhão no país.”

O financiamento do Banco de la Nación é similar ao Finame oferecido pelo BNDES no Brasil. Tem taxa de 13,5%, abaixo da inflação local, com prazos de até 5 anos e cobre até 70% do preço do modelo. Só vale, porém, para modelos nacionais: e a Iveco, por produzir em Córdoba as linhas Tector, Trakker, Cursor e Stralis, acaba sendo a maior beneficiada.

Além do financiamento subsidiado os caminhões, nacionais ou importados, podem ser adquiridos pelos argentinos por meio de linhas oferecidas por bancos privados, a juros de mercado, ou por cheques pré-datados: até doze, também com juros de mercado. Segundo Guillermo Repetto, da divisão CNH Industrial Capital, 15% das vendas ocorrem por essa modalidade – curiosa para os brasileiros. 30% são financiadas por bancos privados, 20% pelo banco público e o restante adquirido à vista.

Após o sucesso do Tector, lançado no fim de 2010, a Iveco atacou o segmento de 300 cavalos, outro de grande volume na Argentina – de acordo com Macias, a geografia do país, majoritariamente plana, beneficia a demanda por esse tipo de caminhão. Hoje o Cursor é o segundo Iveco mais vendido ali, mas o diretor comercial admite que a empresa errou antes de acertar.

“Adotamos a mesma estratégia do Tector Attack e oferecemos um modelo simples. Mas o cliente deste segmento quer um caminhão com mais itens, mais completo. Foi preciso corrigir essa estratégia.”

Pouco a pouco a companhia foi crescendo e agora domina o mercado, colhe as vantagens de produzir modelos em Córdoba, que tem capacidade para 15 mil unidades por ano e projeta subir mais degraus, com fatias mais gordas de participação.

Para 2016, porém, a expectativa é por volumes menores. Não por antecipação de compras: Macias jura que na Argentina esse fenômeno pré-Euro 5 não ocorreu. Mas o preço dos modelos com a tecnologia, superiores aos da linha atual, fará com que o mercado caia de 15% a 20%, nas suas contas.

“Mas a Iveco cairá menos”, garante.


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