A fraude dos motores diesel e dos níveis de CO2 da Volkswagen, de proporções globais, fez sua primeira vítima no mercado latina-americano. A montadora informou, por meio de comunicado emitido na sexta-feira, 20, que seus planos para construção de uma nova unidade de pintura no México serão “revisados”.
A medida é uma das primeiras anunciadas dentro de corte de aproximadamente € 1 bilhão previsto pelo Grupo VW para o próximo ano em investimentos – o valor será próximo de € 12 bilhões ante média anual de € 13 bilhões. Outras vítimas já confirmadas são a construção de um novo centro de design em Wolfsburg, na Alemanha, e a próxima geração do sedã de luxo Phaeton, totalmente elétrica: ambos serão adiados por tempo indeterminado.
A lista, porém, certamente não irá parar por aí. Na nota o CEO Matthias Mueller avisa que “nas próximas semanas vamos rever e eventualmente cancelar ou adiar por bastante tempo outras despesas previstas, mas sem colocar a viabilidade futura da empresa em risco”.
O executivo ainda reforçou que “conforme já anunciado, tudo que não for absolutamente necessário será cancelado ou adiado”. Ele complementou considerando que “estamos operando em tempos incertos e voláteis e temos que responder a isso”.
As fábricas chinesas, entretanto, podem respirar aliviadas: a montadora já avisou que as unidades no país asiático estão fora dos cortes programados pois, de acordo com a empresa, os investimentos ali previstos – de € 4,4 bilhões só em 2016 – serão financiados pelas próprias operações locais, joint-ventures com empresas chinesas.
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