AutoData - Participação dos importados deve cair ainda mais em 2016
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10/02/2016

Participação dos importados deve cair ainda mais em 2016

Por Marcos Rozen

- 10/02/2016

Os importados seguem em queda de participação no mercado brasileiro de veículos. O índice de 2015 fechou em 16,1%, segundo dados da Anfavea, próximo ao registrado em 2009, 15,6% – e que considera os modelos trazidos do Exterior tanto pelas empresas que não têm fábrica no País quanto as que também produzem por aqui.

Para 2016 a projeção é de nova retração: segundo Luiz Moan, presidente da associação, a estimativa é da participação total de modelos importados chegar aos 15%.

A fatia dos importados no mercado interno brasileiro só caiu nos últimos quatro anos. Em 2011 fechou em 23,6%, foi a 20,7% em 2012, a 18,8% em 2013 e 17,6% em 2014 e estes 16,1% em 2015. Se confirmada a retração prevista pela Anfavea para este 2016, assim, este seria o quinto ano seguido de baixa.

Pela projeção de mercado interno da associação, de vendas totais de pouco menos de 2,4 milhões de unidades, os importados, assim, representariam somente 356 mil. Em 2015 este volume foi de 414 mil unidades, em queda de 33% ante as 617 mil de 2014, que por sua vez já fora 13% menor que 2013, 707 mil, este 10% abaixo de 2012, 788 mil, montante 7% menor que o de 2011, 858 mil. Ou seja: no ano passado os importados venderam a metade do que o registrado quatro anos antes, e seu resultado deverá ser ainda cerca de 60 mil unidades menor neste ano.

Neste ano o cenário deverá ser fruto do aumento do dólar, atualmente na faixa dos R$ 4: quanto mais alto o câmbio, naturalmente, mais caros os importados ficam – no ano passado, por exemplo, a Chrysler reajustou de uma vez só em R$ 10 mil os preços de seu modelo Jeep Wrangler. Outras fabricantes seguiram esta tendência.

Mas o quadro vem de antes, fruto do Inovar-Auto: boa parte da queda das importações está ligada ao início de produção nacional dos modelos antes vindos de fora, como no caso dos BMW Série 3, X1 e X3. E em 2016 haverá quase uma avalanche de exemplos: Mercedes-Benz Classe C, VW Golf, os Audi A3 Sedan e Q3 e o Land Rover Range Rover Evoque são alguns deles.

A eles se soma ainda a renegociação do acordo de comércio automotivo do Brasil com o México, que passou a ser regido por cotas. Com elas, houve forte redução dos volumes de modelos vendidos no Brasil oriundos deste país.


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