Com a maior parte das fábricas em férias coletivas e os pátios cheios, não se esperava outra coisa de dezembro além de fracos números de produção. E o resultado foi significativo: saíram das linhas de montagem no mês passado apenas 142,9 mil autoveículos, o que representou forte redução de 30% na comparação com as 204 mil do mesmo mês de 2014 e de 18,4% ante as 175 mil de novembro.
Foi o índice mais baixo em produção para dezembro desde 2008.
Luiz Moan, presidente da Anfavea, declarou na quinta-feira, 7, que os níveis de estoque foram mesmo determinantes para o movimento registrado no mês pelas fabricantes. Para ele, o índice no fim de novembro alcançou “nível incompatível com um ritmo saudável para os negócios” – eram então 322 mil unidades estocadas, o equivalente a 50 dias de venda.
A iniciativa, ao menos, deu resultado: ao término de dezembro o volume caiu para 271 mil unidades, ou 36 dias de venda.
É importante observar, entretanto, que a queda se deu apenas nos pátios das fábricas, de 122 mil unidades em novembro para 69 mil em dezembro. Nos estoques da rede o volume continuou praticamente o mesmo, ao redor de 200 mil veículos.
2015 terminou com 2,43 milhões de autoveículos produzidos no País de acordo com os índices da Anfavea, em baixa de 22,8% ante as 3,15 milhões de 2014.
Este volume equivale ao registrado em 2006. De 2014 para 2013 os índices produtivos já haviam apresentado redução de 15%.
Com isso o número de empregos também caiu: ao todo, em 2015, a redução foi de 10%, o equivalente a quase 15 mil postos ocupados a menos neste ano na comparação com 2014. São agora 130 mil trabalhadores empregados pela indústria automotiva – ao fim de 2013, ou há dois anos, eram 157 mil.
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