Lá, fora do Cobo Hall, flocos de neve começavam a cair quando a Lincoln, divisão de luxo da Ford, iniciou a apresentação de seu Continental na manhã da terça-feira, 12, pré-anunciada por quinteto e Sara Niemietz, conhecida defensora do jazz e do rhythm and blues de Chicago ao som de Fever e Fly Me to the Moon.
Também havia luzes e um certo rumor quase alarido, pois muitos dos quase sete mil jornalistas credenciados já haviam partido, tudo um pouco mais contido do que no dia anterior, quando uma das atrações extra-carros foi Ria Weaver, neozelandesa igualmente freguesa de R&B, durante a apresentação do Mercedes-Benz SLC. Para os cultores de cultura e boa música um prato cheio.
O mesmo vale para os amantes da marca Lincoln, que viram seu modelo preferido, o Continental, ser dotado de incrementada sopa de letrinhas tecnológica. Classe média deste país gosta da segurança e da firmeza que um Lincoln fornece, anteparo para os Wasp, sigla em inglês para brancos anglo-saxões e protestantes, e eleitores do Partido Republicano. Ou seja: uma turma mais conservadora. Lincoln nunca foi marca elegível para o Brasil.
A Ford descreve este Continental como “um sedã grande, poderoso, tranquilo e elegante”, de “luxo discreto”. Diz, também, que “combina design ao mesmo tempo contemporâneo e caloroso”.
Estará disponível para clientes da América do Norte e da China a partir de julho, com motor 3 litros V6 com duplo turbocompressor que gera 405 cv.
Mostrado na segunda-feira, 11, o Honda Civic galardoado com o título de Carro do Ano é um novo carro a partir da plataforma. Um orgulho para John Mendel, vice-presidente da Honda of America e na prática seu homem forte, pois, na sua décima geração, o carro foi totalmente desenvolvido aqui no país – primeira vez que isto acontece no mundo da companhia.
Deverá chegar ao Brasil ainda no segundo semestre, com sua carroceria reformulada e elegante e agressiva coluna C. E deverá ter duas opções de motorização, na forma 1,5 litro turbo, com 174 cv, e 2 litros aspirado, com 155 cv.
Tudo isso com câmbio CVT. Segundo opinião de técnicos da Honda essa associação gerou um produto de décima geração com notável potência e notável economia de combustível. Graças à nova plataforma o carro ficou um pouco mais largo, um pouco mais comprido e pouca coisa mais baixo – Mendel teria dito que o Civic, agora, é um carro reinventado.
A Nissan mostrou um conceito de picape grande, cabine dupla, a Titan Warrior, e festejou seu crescimento nos mercados da América do Norte no ano passado: 7,1% ante 5,7% da média da indústria.
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