Nas fabricantes do setor automotivo é consenso o fato de que as exportações crescerão a patamar importante neste ano, como na MAN Latin America, Volkswagen e Marcopolo: todas projetam alta de ao menos 20% no volume de remessas. Novos mercados como Oriente Médio e África do sul estão na lista de prioridades, relataram os executivos que participaram de painel no Workshop Exportação – A nova fronteira da expansão, realizado pela AutoData Editora na na quarta-feira, 3.
Porém, para ir em busca de novos destinos, é necessário encontrar os mercados onde os níveis de investimento sejam baixos. Para Max Frik, gerente de exportação da Volkswagen, neste momento os aportes em engenharia para realização de adaptações nos produtos estão praticamente parados. “Não adianta sugerir a exportação em mercados onde a direção é do lado direito, por exemplo. Nem para lugares onde há necessidades de adaptação da refrigeração dos veículos, ou de normas de emissão e segurança. O desafio é fazer mais volume com menos investimento.”
Justamente para encontrar esses mercados mais similares ao brasileiro é que a Marcopolo formou uma força-tarefa em 2015. A companhia mapeou todos os possíveis mercados: “Pegamos o mapa do mundo e analisamos tudo. Encontramos 40 mercados potenciais e já iniciamos ações no ano passado. Neste ano devemos colher os resultados”, revelou Ricardo Portolan, gerente de exportação da Marcopolo. Na lista estão muitos países do Oriente Médio e dó continente africano.
Na avaliação de Marcos Forgioni, vice-presidente de vendas e marketing internacional da Man Latin America, além de filtrar mercados potenciais por itens como emissão, altitude e temperatura, na companhia o custo do frete também é levado em conta.
“Em alguns casos vale a pena tentar um consórcio modular, como estamos analisando na África.”
KPMG – Para finalizar o evento três especialistas da consultoria KPMG nas áreas de impostos, logística e estratégia, que estão constantemente em contato com as montadoras, falaram sobre questões amplas da economia e da constante revisão dos custos para superar o momento de redução dos investimentos.
“Não se faz nada de um dia para o outro: não dá para ser exportador amanhã. Leva tempo para formatar essa estratégia, que requer um processo gradual. Identificada a oportunidade, planejar é fundamental”, disse Augusto Sales, sócio da KPMG na área de estratégia.
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