Luiz Moan, presidente da Anfavea, demonstrou certa tranquilidade ao abordar os baixos números de licenciamentos registrados em janeiro no mercado brasileiro – com apenas 155,3 mil unidades o mês fechou em baixa de 38,8% no comparativo anual e de 31,8% no mensal, retornando a níveis registrados para o período em 2007. Para ele, o resultado já era esperado.
“Não foi nada que nos surpreendesse”, atestou, alegando que no mesmo mês de 2015 o mercado ainda foi inflado por promoções de veículos com IPI reduzido faturados no mês anterior, quando o benefício terminou , então ainda nos estoques das concessionárias. Isso, entende o dirigente, causou distorções no comparativo.
“Nós já havíamos alertado para este quadro no fim do ano passado”, reforçou Moan, mantendo a previsão para o ano de queda bem mais modesta, de 7,5% nas vendas.
No período anualizado, entretanto, o índice está bem longe desta monta: indica retração de 28,2%, com 2,47 milhões de unidades licenciadas de fevereiro de 2015 a janeiro de 2016 ante 3,44 milhões do período imediatamente anterior.
Preocupação mesmo ficou clara no momento do executivo abordar o nível de estoque: são agora 254,3 mil unidades aguardando os compradores. Ainda que o total seja menor do que o do fechamento de dezembro, de 271 mil veículos, a queda ocorreu só nas unidades estocadas na rede, de 202 mil para 179 mil agora. Nos pátios das fábricas, entretanto, o volume cresceu de 69 mil para 75 mil.
Em dias o total estocado desceu de 52 para 49, sendo que na rede diminuiu de 39 para 34 mas nas montadoras subiu de 13 para 15 dias. “São índices ainda muito elevados, e com isso o nível de produção deverá continuar a ser ajustado pelos próximos meses.”
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