Em janeiro saíram das linhas de montagem brasileiras 145,1 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, segundo dados divulgados pela Anfavea na quinta-feira, 4. Este volume para o primeiro mês do ano é o menor desde 2003, de acordo com Luiz Moan, presidente da associação.
“Voltamos aos níveis de treze anos atrás”, disse o executivo, após explicar que as linhas de montagem acompanham o ritmo do consumidor brasileiro. “A queda é consistente com a retração nas vendas e a necessidade de ajustar os estoques ao tamanho do mercado”.
Com relação a janeiro do ano passado, quando foram produzidos 205,3 mil veículos, a indústria apresentou uma queda de 29,3%. Na comparação com dezembro e suas 142,9 mil unidades fabricadas, houve leve aumento de 1,6% no volume.
Nas contas de Moan atualmente 41,9 mil trabalhadores da indústria estão com jornada reduzida, dentre os mais diversos mecanismos aplicados pelas montadoras. “Ao fim de janeiro 6,3 mil trabalhadores estavam afastados, em lay off, e 35,6 mil aderiram ao PPE [Programa de Proteção ao Emprego do governo federal]”.
De acordo com a Anfavea o setor – montadoras e fabricantes de máquinas agrícolas e de construção – emprega 129,4 mil pessoas, quase 15 mil a menos do que em janeiro do ano passado. De dezembro para janeiro houve o corte de 400 trabalhadores.
“Claramente há um excedente de pessoal na indústria, que tem usado todos os artifícios possíveis para preservar os empregos no setor”.
Nos últimos doze meses foram produzidos 2,5 milhões de veículos, volume 28,2% inferior ao do período imediatamente anterior – que chegou a 3,4 milhões de unidades. A Anfavea projeta para 2016 leve aumento de 0,5% no ritmo de produção das montadoras com relação ao resultado de 2015, para 2 milhões 440 mil unidades.
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