As incertezas quanto à aprovação do Rota 2030 afetarão os investimentos do setor automotivo, avalia a consultoria KPMG em informe divulgada na terça-feira, 20. O programa de incentivo ao mercado automotivo foi criado para substituir o Inovar-Auto, que deixou de vigorar no último dia de dezembro. O objetivo do Rota 2030 é garantir a eficiência do nos próximos quinze anos.
Segundo William Calegari, sócio da KPMG, a falta de programas que estimulem investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica em troca de incentivos fiscais torna o custo Brasil maior, direcionando novos projetos da indústria para outras unidades das montadoras no mercado global: “A não renovação do programa de incentivo gera incerteza e afasta os investimentos do setor”.
Até dezembro o Inovar-Auto permitia que parte relevante dos custos com pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica fosse recuperada por meio de crédito tributário. Já o Rota 2030 corrigiria algumas falhas do anterior e incluiria benefícios fiscais para montadoras e fabricantes de autopeças.
“O programa é crucial para consolidar a posição do Brasil no desenvolvimento de novos produtos, inclusive para o mercado global. Incentivos fiscais semelhantes são comuns em países que possuem políticas de desenvolvimento industrial e a falta de estímulos locais certamente trará redução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica no Brasil a médio e longo prazo. É relevante para o País a urgência na aprovação desse programa”.
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