AutoData - AEA debate pilares do futuro da indústria
Mobilidade
14/06/2018

AEA debate pilares do futuro da indústria

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo – Eficiência energética, emissões e combustíveis foram temas discutidos durante o Simpósio de Eficiência Energética realizado pela AEA, Associação de Engenharia Automotiva, na quinta-feira, 14. Antonio Megale, presidente da Anfavea, e Henry Joseph Júnior, seu diretor técnico, foram os responsáveis por uma das palestras do evento, com o tema Visão Geral da Indústria Automotiva sobre o Futuro da Matriz Energética e da Mobilidade.

 

De acordo com Megale o desenvolvimento de novas tecnologias de mobilidade ligadas ao etanol devem acontecer no Brasil e, caso isso não aconteça, não será feito em outros países, pois temos toda a infraestrutura necessária e grande produção desse combustível.

 

Já o diretor técnico da Anfavea falou sobre as tendências futuras para o setor, como a redução de emissões de gases do efeito estufa, tratada globalmente com muita importância. Mudanças na relação do consumidor com o veículo e das cidades com os veículos também são aguardadas no futuro, e as montadoras terão que acompanhar essas transformações, pois isto mudará o sistema atual de vendas:

 

“Acredito que o futuro da mobilidade terá quatro pilares principais: eficiência energética, conectividade e compartilhamento, veículos híbridos e elétricos e veículos autônomos. Com relação à eletrificação esta nova tecnologia chegou para ficar e muitos países incentivam os avanços nessa área. No caso dos autônomos alguns imprevistos aconteceram nos testes, mas isso não afetou a evolução. Acredito, porém, que esses veículos demorarão mais tempo para se tornarem realidade nas ruas por dependerem de uma série de regulamentações”.

 

Porém, para que essas tecnologias avancem, Joseph Júnior acredita que fusões e parcerias serão necessárias: “Acho que será muito difícil que uma única companhia domine toda a cadeia tecnológica prevista para o futuro. Com isto fusões e parcerias de empresas automotivas e de tecnologias acontecerão”.

 

Com relação à posição do Brasil diante de tantas mudanças que virão, o diretor disse que, embora tenha grande relevância global, será necessário resolver problemas de competitividade da indústria nos próximos anos. Ele acredita na necessidade da redução de impostos para investimentos em pesquisa e desenvolvimento:

 

“É necessário que esse tipo de investimento pague menos impostos que os demais para que essas tecnologias sejam desenvolvidas também no Brasil. Uma redução de um quinto a um terço dos impostos faria com que os investimentos nessa área fossem mais viáveis”.

 

Anderson Suzuki, gerente de comunicação da Toyota, apresentou palestra sobre veículos híbridos e abordou temas ligados ao desenvolvimento de novas tecnologias como veículos elétricos, híbridos plug-in e veículos movidos a célula de combustível, esclarecendo que a estrutura de um veículo híbrido permite o desenvolvimento das três tecnologias citadas.

 

De acordo com Suzuki a aplicação de cada um desses veículos será diferente no futuro: os elétricos serão usados por pessoas que percorrem pequenas distâncias e os movidos a célula de combustível serão mais dedicados para médias e longas distâncias, enquanto os híbridos plug-in terão diversas aplicações.

 

Foto: Divulgação.