AutoData - Para Mercedes-Benz o futuro começará pelos elétricos
Mobilidade
22/08/2018

Para Mercedes-Benz o futuro começará pelos elétricos

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Bernardo do Campo – Cada montadora tem uma visão de como será o futuro da mobilidade. No caso da Mercedes-Benz as mudanças serão baseadas em quatro pilares: conectividade, veículos autônomos, compartilhamento e motores elétricos. Porém, para seu gerente de caminhões, Marcus Andrade, a dificuldade está em unir os quatro pilares: “Conectar esses quatro elementos em um veículo será o grande desafio da indústria nos próximos anos”.

 

Motorização elétrica é o pilar que a Mercedes-Benz acredita que terá maior demanda do mercado de veículos comerciais nos próximos anos. Em caminhões, a companhia projeta um grande crescimento a partir de 2021, com foco em aplicações de trajetos curtos, com quilometragem diária menor do que a autonomia do caminhão, que poderá ser carregado à noite. Ou no caso de rotas que permitam carregamento em algum momento do trajeto, entrega e coletas de carga com alto volume e baixo peso no centro das grandes cidades.

 

No caso dos ônibus elétricos a expectativa da empresa é a de que a demanda cresça no mesmo período que os caminhões, mas a aplicação seria nos grandes centros urbanos com alta densidade populacional, desde que o trajeto diário seja menor do que a autonomia da bateria, que também poderá recuperar parte da energia usada durante as frenagens, constantes nesse tipo de operação.

 

Segundo Andrade os novos projetos desenvolvidos pela Daimler, a dona da Mercedes-Benz e de outras marcas, giram em torno dos quatro pilares fundamentais para a companhia, com foco em eletrificação: “Passamos por mudanças internas e criamos uma área focada apenas no desenvolvimento de novos motores elétricos”.

 

Para que isso se torne realidade a partir de 2021 a Mercedes-Benz mostrou as dificuldades que enfrentará, como autonomia adequada para cada operação, custo das baterias que precisam ser trocadas depois de um determinado tempo de uso, infraestrutura necessária para operar uma frota de veículos elétricos e a viabilidade técnica e comercial.

 

Mesmo esperando por demanda maior a partir de 2021 a companhia já dispõe, em seu portfólio, alguns modelos elétricos, como o eCanter, usado para distribuição urbana com autonomia de 130 quilômetros, o eActros, com 200 quilômetros de autonomia, o eVito e o eSprinter. Nos ônibus a empresa desenvolveu o eCitaro: dez unidades começarão a operar na Europa.

 

Fotos: Divulgação.