Exportação de veículos retrocede aos níveis de 2002

São Paulo — Ainda dependendo dos poucos acordos comerciais formados com países que passam por crise econômica e com dificuldades de encontrar novos mercados no Exterior, o volume de exportação de veículos made in Brazil segue negativo em 2020. De acordo com balanço da Anfavea, divulgado na quarta-feira, 7, até setembro as montadoras embarcaram 207,2 mil veículos, 38,6% a menos do que em igual período do ano passado. Foi o pior resultado para o período desde 2002, informou a associação das fabricantes durante apresentação online.

O volume exportado em setembro foi de 30,5 mil veículos, o terceiro melhor resultado do ano. O resultado, no entanto, foi 17% inferior ao aferido em setembro do ano passado. Na comparação com o volume embarcado em agosto houve alta de 8,5%. Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, "haverá uma curva de crescimento até o fim do ano porque existem algumas montadoras com contratos de exportação a cumprir no período".

Do total exportado no período 195,6 mil unidades dizem respeito a veículos leves, resultado que representa queda de 39% sobre as exportações realizadas dentro da categoria em igual período no ano passado. Os embarques de automóveis somaram 164,7 mil unidades, retração de 40%. E os de comerciais leves somaram 30,8 mil unidades, 34% a menos na mesma base de comparação.

As exportações de caminhões até setembro chegaram a 8,8 mil unidades, queda de 10%, e as de ônibus somaram 2,8 mil unidades, de modelos rodoviários e urbanos, resultado que representa queda de 46%. 

Dos 30,5 mil veículos exportados em setembro 18 mil unidades tiveram como destino a Argentina.

De acordo com a Anfavea há retração nas exportações para os principais mercados atendidos pelas montadoras instaladas no País. No acumulado do ano as exportação para a Argentina caíram 34%. No caso do México a queda foi de 30%, 36% no caso da Colômbia e 35% no do Chile.

Até setembro as exportações renderam US$ 3,7 bilhões, valor 31% inferior ao registrado em 2019. Considerando as exportações de máquinas agrícolas e veículos fora de estrada o valor chega a US$ 5 bilhões, 34% a menos.

Foto: Appa.