São Paulo – A gás ou elétricos, qual será o futuro da indústria de caminhões? Esse foi o tema debatido no painel realizado na terça-feira, 1º, primeiro dia do Fórum AutoData Veículos Comerciais, com Sérgio Pugliese, gerente executivo de vendas de caminhões da Volkswagen Caminhões e Ônibus, e Sílvio Munhoz, diretor comercial da Scania.
Munhoz aposta nas duas frentes: no curto prazo os caminhões a gás serão uma solução mais viável para o mercado brasileiro, principalmente em operações de médias e longas distâncias, pela redução de emissões de poluentes, de ruídos e por sua boa autonomia. Mas, no futuro distante, os elétricos serão realidade: "Isso começa agora com a distribuição urbana, depois avançará para entregas em grandes centros e, por fim, chegará para o transporte de grandes distâncias".
Pugliese, da VWCO, disse que a aposta da companhia para o segmento leve é a motorização elétrica, com o e-Delivery já disponível para venda e dedicado a distribuição urbana:
"Acreditamos no elétrico para esse tipo de operação porque traz benefícios como zero emissão de poluentes e o baixo nível de ruído. Este segundo fator agrega benefícios relevantes às operações de coleta de resíduos e de distribuição de gases hospitalares, que são realizadas no período noturno".
Para avançar no mercado brasileiro essas tecnologias enfrentarão algumas dificuldades relatadas pelos executivos: custo maior de aquisição, na comparação com um veículo igual com motor a combustão, e a infraestrutura nacional, que poderá retardar o avanço dos motores verdes.
No caso do elétrico e-Delivery a questão da autonomia também é um ponto de atenção, pois estudos da VWCO mostram que para operações de média e longa distância o projeto ainda não é viável. Atualmente o modelo tem capacidade de 70 a 200 quilômetros de autonomia, dependendo do pacote de baterias que o cliente escolher.
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