São Paulo – A Volvo Cars apresentou o SUV 100% elétrico que deverá assumir o posto de seu carro-chefe, sucedendo ao XC90. O EX90 será oficialmente lançado em 9 de novembro e é uma aposta alta da fabricante, que já o considera mais seguro do que qualquer outro que já tenha produzido.
Além de detectar riscos externos, alertando sobre eventuais colisões a distâncias de 120 a 250 metros de distância a partir de laser pulsado emitido do teto do carro, o EX90 identifica sinais de exaustão e descuido do motorista ao notar respiração mais pausada, por exemplo.
Com sensores e softwares de última geração o próximo carro da Volvo promete ver o mundo como nuvem de pontos, afirmou o CEO global da Volvo Cars, Jim Rowan, que assumiu o cargo no início deste ano, em apresentação online.
Sensores são alimentados por combinação única de computação central e software avançado para oferecer mais melhorias e segurança na era digital, prosseguiu, ao comparar a novidade com a criação do cinto de segurança de três pontos pela companhia, e o que isto proporcionou no fim dos anos 1950.
Fator emocional na mira da tecnologia – Rowan estimou que todas as pessoas devam sofrer pelo menos um acidente de trânsito na vida: não importa o quão competente seja o condutor ele está sujeito a interferências emocionais, o que pode afetar a forma como dirige, para melhor ou para pior.
“Queremos ajudar as pessoas a dirigir melhor quando elas não estiverem no seu melhor momento. Para tanto, em apenas algumas semanas, apresentaremos o novo Volvo EX90, nosso primeiro carro de uma nova era, que nasce elétrico e nasce com o LiDAR.”
O modelo virá com um escudo de segurança invisível, como definiu Rowan, com uma combinação única de tecnologia de ponta proporcionada pelo entendimento do ambiente externo do carro e do estado do condutor em seu interior. Trará câmaras, radares e sensores ultrassônicos e sistema de radar habilitado com uma luz de precisão que mede a distância com laser pulsado, o LiDAR, no teto do veículo.
O executivo exemplificou que a tecnologia LiDAR é capaz de identificar, na estrada, à sua frente, em plena luz do dia, ou na total escuridão, em velocidade de rodovia, algo pequeno e sem reflexo, como um pneu preto, que se camufla em ambiente escuro, 120 metros à frente, ou mesmo um pedestre a 250 metros de distância: “A uma velocidade de 120 km/h, 250 metros são atingidos em 7,5 segundos. Isso nos dá mais tempo para agir e evitar colisões”.
Pesquisa realizada pela Volvo mostra que a tecnologia poderá reduzir acidentes que resultam em graves lesões ou morte em até 20%, e evitar colisões em geral em até 9%, o que, ao longo do tempo, poderá evitar milhares de acidentes.
Além de entender o ambiente externo a nova tecnologia de sensores controlados por exclusivos algoritmos Volvo permitirá reconhecer quando o motorista está distraído, cansado, ou de alguma forma precisa de uma pausa: “O carro o alertará. E, no pior dos cenários, caso você desmaie ou adormeça, por exemplo, o veículo foi projetado para parar com segurança e ligar pedir socorro”.
Graças a sistema de detecção de radar interno será possível identificar movimentos sutis, como respiração leve, e enviar lembrete gentil “de cuidar daqueles que ama” ao motorista do veículo.
Segurança acima de tudo – “Quando eu penso em Volvo penso em segurança. E para nós segurança não é um exercício de marketing ou outra regulamentação que devemos cumprir. Está no centro do nosso propósito. O padrão de segurança do nosso próximo carro superará qualquer automóvel Volvo de antes. E continuaremos a inovar até que os carros não batam mais. Até que possamos zerar as colisões e até nos tornarmos 100% livres de carbono para que ainda mais vidas sejam protegidas.”
Segundo Rowan esse mesmo objetivo levou a empresa a adotar uma visão de segurança, ainda em 2007, de que ninguém deveria morrer ou ser gravemente ferido em um automóvel novo da Volvo: “Ainda não atingimos essa visão, mas isso não nos detém pois, quando você é conduzido por um propósito tão importante como o nosso, isso é o que nos mantém focado e nos faz seguir em frente”.