SUV compacto terá opção de versões para cinco ou sete passageiros
São Paulo – O segundo modelo do plano C Cubed, da Citroën na América do Sul, entrará nas linhas de montagem de Porto Real, RJ, no segundo semestre. Foi batizado de C3 Aircross o B SUV, que brigará na faixa de mercado que mais vende no Brasil atualmente, a dos utilitários esportivos compactos, posicionado em preço “nem na entrada e nem no topo, mas na área central do segmento”, de acordo com a vice-presidente da Citroën para a América do Sul, Vanessa Castanho.
O C3 Aircross teve seu design apresentado globalmente na quinta-feira, 27, simultaneamente no Brasil e na Índia, onde será produzido para atender aos países do Hemisfério Sul. Laurent Barria, diretor de marketing global da companhia, esteve no evento em São Paulo, e disse que o modelo será produzido também na Europa, assim como o hatch C3, o primeiro dos C Cubed, mas possivelmente com mudanças para atender às exigências daquele mercado.
A vice-presidente Castanho disse esperar que o C3 Aircross seja o modelo de maior volume da marca, por competir na faixa de mercado que melhor desempenha no País: “Mas em questão de participação no segmento o C3 terá números maiores, por ter menos competidores no B hatch”.
Pormenores como versões, motores e posicionamento de preço serão divulgados mais próximos ao lançamento. Um diferencial, porém, foi revelado pelos executivos: haverá duas configurações de bancos, permitindo que até cinco ou até sete passageiros sejam transportados. Para isto dois bancos removíveis serão instalados em uma das versões, que poderão ser retirados – ambos ou um só, dependendo do gosto do freguês. Neste caso, porém, perde-se espaço do porta-malas e da primeira fileira de banco de passageiros, que é posicionada mais à frente para comportar a segunda fileira removível.
O SUV é mais do que um C3 esticado, como fora no passado, quando ambos conviveram na geração anterior. Tem 4 m32 de comprimento, tamanho que o remete a uma categoria superior. Internamente, porém, mantém o acabamento mais espartano do C3 e a central multimídia de 10 polegadas, com espelhamento com smartphone sem fio. Segue o que Castanho diz ser o posicionamento da Citroën, de promover uma mobilidade acessível, daí a necessidade de usar material mais simples para não elevar tanto os preços.
A produção em Porto Real começará três meses após a indiana, em algum momento do segundo semestre. Castanho adiantou que conta com volume de vendas do C3 Aircross ainda em 2023 para ajudar na meta de chegar a 2% de participação do mercado no Brasil – foi 1,6% no ano passado. Ou algo como 38 mil a 40 mil unidades, levando em conta a projeção de 1,9 milhão a 2 milhões de veículos vendidos que os executivos do setor vêm fazendo nos últimos meses.
Terá de cara 70% das peças nacionalizadas, com a meta de crescer este índice após o lançamento, segundo Antonio Filosa, presidente da Stellantis América do Sul.