São Paulo – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços prorrogou por quinze dias a exclusividade para pessoas físicas comprarem automóveis e comerciais leves com os descontos, que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil. No início da noite da terça-feira, 20, o ministério divulgou nota informando que uma portaria a respeito foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Com a decisão o acesso das locadoras ao desconto concedido pelo governo foi adiado. Esperava-se que todo o recurso reservado acabasse ainda nesta semana, pois as empresas de locação têm mais condições de fazer compras maiores. Mas, ao estender a exclusividade às pessoas físicas, o governo garante mais tempo para o consumidor escolher o seu automóvel novo e aderir ao programa.
As locadoras correm o risco de nem conseguir entrar no programa. Já foram liberados R$ 320 milhões dos R$ 500 milhões que o governo reservou para as compras de veículos leves. O MDIC diz ter recebido novos pedidos de cotas, mas ainda está analisando. Segundo o ministro, e vice-presidente, Geraldo Alckmin, o programa foi um acerto do governo:
“O programa apoia a indústria automobilística ao mesmo tempo que facilita o acesso ao carro novo e alimenta o comércio de carros usados”.
Para os caminhões, utilitários e ônibus, porém, as vendas a pessoas jurídicas foram liberadas. No caso dos pesados o programa ainda não decolou, com apenas R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões previstos liberados para caminhões e R$ 130 milhões dos R$ 300 milhões para ônibus.
O mecanismo para ter acesso ao desconto a caminhões e ônibus também é mais complicado: é preciso entregar um veículo, com mais de vinte anos de uso, para a reciclagem.