São Paulo – Quando retornar das férias coletivas de fim de ano, em meados de janeiro, a fábrica da Iveco terá novamente dois turnos de produção. Isto porque as perspectivas para 2024 de seu presidente para a América Latina, Márcio Querichelli, são animadoras, tanto para o segmento de caminhões, que enfrentou dificuldades em 2023 pela mudança de legislação de emissões, que encareceu o preço dos produtos, como para o de ônibus, impulsionado pelas encomendas do programa federal Caminho da Escola. Mais 250 trabalhadores serão contratados.
A Iveco foi a vencedora do leilão de 7,1 mil unidades do programa, o maior volume desta etapa. Foi, segundo Querichelli, a maior licitação vencida pela companhia na história, algo que repercutiu inclusive na matriz: “Foi um projeto conjunto, que envolveu também nossos fornecedores e os encarroçadores Caio e Mascarello. Trabalhamos juntos para chegar no preço ideal e para garantir disponibilidade de produção para o fluxo de encomendas”.
Segundo o presidente da Iveco América Latina as encomendas do programa não seguem uma programação fixa, o que exige flexibilidade da fábrica para entregar conforme os pedidos vão chegando. Esta foi uma das razões para que o segundo turno retornasse, encerrando também as medidas de redução de produção tomadas pela companhia durante o segundo semestre.
Uma mudança no layout da produção em Sete Lagoas, MG, permitirá também acelerar o ritmo de entrega de veículos pesados, os mais demandados no segmento de caminhões. A Iveco oferece ao mercado o Tector e o S-Way: “Propus um desafio para a equipe e eles retornaram com a solução: com um redesenho poderemos produzir um dos modelos pesados na linha da Daily”.
Apesar da redução nas vendas de caminhões a Iveco tem motivos para celebrar seu 2023, quando alcançou 10% de market share nos segmentos nos quais compete. As vendas na América Latina chegarão a 20,1 mil unidades.
Para 2024 Querichelli disse estar mais otimista do que a Anfavea, que divulgará na quinta-feira, 7, projeção de aumento de 10% nas vendas de caminhões: “Confesso que somos mais otimistas. Com a redução da taxa de juros podemos chegar a até 15% de alta”.