Vendas e produção alcançarão a casa das 2,5 milhões de unidades pelas perspectivas da associação
São Paulo – A Anfavea antecipou a divulgação de suas projeções para o ano seguinte, que nos anos passados foi feita em janeiro, para a entrevista coletiva de imprensa da quinta-feira, 7. Seu presidente, Márcio de Lima Leite, disse que o clima é de otimismo e são esperadas elevações nos volumes de produção, vendas e exportações.
Para o mercado doméstico a expectativa é de alta de 7%, somando 2 milhões 450 mil unidades. O maior vigor virá dos pesados, com crescimento de 14,1%, embora a base de comparação seja mais baixa pelo desempenho negativo de 2023, refletindo a elevação nos preços ocasionada pela troca de tecnologia de emissões para a Euro 6. É esperada a venda de 146 mil caminhões e ônibus em 2024 e de 2,3 milhões de automóveis e comerciais leves, alta de 6,6%.
A produção deverá crescer 4,7%, somando 2 milhões 470 mil unidades. De novo com maior porcentagem dos pesados, 30,1% de alta e 160 mil caminhões e ônibus produzidos, e 2,3 milhões de automóveis e comerciais leves, expansão de 3,3%.
Nas exportações, que sofreram em 2023 pelas quedas em mercados como Chile e Colômbia, além da situação de falta de dólares na Argentina, a expectativa é de alta de 2%. Ou 385 mil automóveis e comerciais leves, 2,1% de crescimento, e 22 mil caminhões e ônibus, estável com relação a 2023.
“Estamos otimistas com o setor e com o País”, afirmou Lima Leite. O aumento do PIB projetado pela Anfavea para 2024 é de 1,5%, após crescer 3% em 2023. A inflação, de 4,5% em 2023, ficará em 4% no ano que vem, segundo as projeções da entidade, que vê estabilidade no câmbio, de R$ 4,90 a R$ 5,00, e alta na confiança do consumidor.
O movimento de queda na taxa Selic deverá continuar e a entidade espera fechar 2024 com 9,25%. Na ponta, para o consumidor que deseja adquirir financiamentos para veículos, os juros ficarão em 23% ao ano, contra 26% neste fim de 2023.