Para o CEO do Grupo Renault montadoras europeias precisam unir forças para desenvolver e construir elétricos mais acessíveis
São Paulo – Ameaçado pelos fabricantes chineses, que estão entrando com modelos elétricos a preços acessíveis na Europa, as empresas europeias fabricantes de veículos deveriam unir forças para desenvolver e construir elétricos de custos mais baixos, em uma espécie de Airbus do setor automotivo. A sugestão foi de Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, segundo informou o portal Automotive News, que acompanha o Salão de Genebra.
O consórcio europeu Airbus foi criado para rivalizar com a Boeing como maior fabricante de aviões comerciais do mundo. Uniu empresas da França, Alemanha e Inglaterra no começo da década de 1970 e tem ainda estes governos dentre seus maiores acionistas.
Ele, que também é presidente da Acea, entidade que reúne as principais montadoras da Europa, acredita que ao criar uma cadeia de valor na Europa que inclua baterias, motores elétricos e eletrônica poderá combater melhor a concorrência de empresas chinesas, que fez o mesmo com o apoio de seu governo, na sua avaliação: “O objetivo é obter tudo na Europa a um preço competitivo”.
De Meo lembrou que no passado uma série de projetos foi resultado da cooperação de fabricantes na Europa, como um minicarro compartilhado por Toyota, Peugeot e Citroën. Sugeriu também flexibilização das regras para carros pequenos para permitir algo parecido com os pequenos carros japoneses, os kei, circularem em áreas urbanas.
Em Genebra a Renault apresentou o pequeno 5 E-Tech, que ficará abaixo dos € 25 mil. O Dacia Spring, produzido na China pelo grupo, é vendido por este preço, embora tenha perdido importante subsídio na França.