Dados revelaram que a maioria dos agricultores ainda prefere a loja física para fechar a compra de uma nova máquina
São Paulo – A pesquisa da SAE Brasil Caminhos da Tecnologia no Agronegócio, realizada em parceria com KPMG, AutoData e Anfavea, foi apresentada na quarta-feira, 28. O questionário respondido por profissionais de diversas áreas ligadas ao agronegócio, como universidades, produtores, fabricantes de máquinas, dentre outros, tinha sessenta questões para mostrar como os elos da cadeia olham o futuro do setor no Brasil.
Perguntados sobre a principal oportunidade envolvendo o seu negócio e o segmento de atuação a maioria, 33%, respondeu que existem boas oportunidades na agricultura de precisão, como gestão de operação e piloto automático. Em segundo lugar, com 27%, aparecem as oportunidades com novas tecnologias para mover as máquinas, como eletrificação e o uso de biocombustíveis, seguida pelas ferramentas de tecnologia digital na gestão do negócio, com 21%, e por último, com 19%, aparecem as soluções para agricultura de pequena escala.
Sobre os desafios os entrevistados responderam que a capacitação dos produtores e disponibilidade de mão de obra especializada são o principal entrave para o futuro, correspondendo a 38% das respostas. Com 31%, em segundo lugar, aparece o custo das novas tecnologias, seguida pela conectividade efetiva e disponibilidade de crédito, com 18% e 13%, respectivamente.
Dentre as principais preocupações estão a dificuldade de acesso a soluções de conectividade, com 40%, a rapidez da obsolescência das novas tecnologias, com 28%, a dificuldade de realizar manutenções nos equipamentos, 23%. E 9% estão olhando com atenção para máquinas autônomas e sua segurança.
Aquisição de novas máquinas
A maioria dos entrevistados respondeu que o prazo ideal para a troca de uma máquina é de cinco a dez anos, representando quase 70% das respostas, tanto para tratores como para colheitadeiras. Os outros 30% ficam divididos por trocas após dez anos de uso, três a cinco anos e um ano de uso.
Os fatores que podem antecipar ou postergar a aquisição de uma nova máquina, são, na maioria, os juros de financiamentos: 25% das respostas. A disponibilidade de crédito ficou com 19% e o preço dos commodities apareceu como terceiro principal fator com 16%. Prazo de pagamento, novas tecnologias, risco climático e aspectos regulatórios também apareceram como pontos que podem antecipar ou adiar uma compra.
A forma como o produtor pretende comprar uma máquina também foi abordada e mostrou que 27% dos entrevistados já faz as suas aquisições com recursos próprios, mostrando a capitalização dos agricultores. 26% utilizam recursos públicos e não pretendem mudar. Os outros 47% se enquadram em cenários diferentes, como a compra com recursos próprios, mas que em breve precisará recorrer a recursos públicos ou privados, compradores que usam recursos públicos e querem migrar para o privado, os que só utilizam recursos privados, dentre outras opções, como consórcios.
O local onde os negócios são fechados também varia, mas 67% dos compradores ainda preferem a loja física para negociar pessoalmente e tirar suas dúvidas, até pelo alto custo das máquinas. 10% já compram de forma online e 17% preferem fechar negócio em feiras e 4% optam por outras formas de aquisição.
Confira a pesquisa na íntegra clicando aqui ou na imagem abaixo.