São Paulo – As vendas de automóveis e comerciais leves no primeiro trimestre somaram 483,3 mil unidades, expansão de 10,7% na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com dados divulgados pela Fenabrave, durante entrevista coletiva à imprensa realizada em sua sede na quarta-feira, 3. O resultado ficou próximo da projeção da entidade, que é de alta de 12% no ano.
O presidente José Maurício Andreta Júnior afirmou que a expectativa é de que o mercado siga com este ritmo de crescimento: “Quando todos falavam em uma alta de 7% projetamos um mercado 12% maior e manteremos esta projeção após os resultados de janeiro a março. Vale lembrar que o segundo semestre costuma ser mais aquecido”.
O cenário é considerado bom para o mercado de veículos, que passa por um momento de maior disponibilidade de crédito para financiamentos, o que afeta diretamente o aumento das vendas, assim como a taxa de juros que deverá continuar caindo ao longo do ano. A Fenabrave também ressaltou alguns dados macroeconômicos importantes para o setor, como o aumento dos empregos e a maior renda da população brasileira.
Com relação aos financiamentos Andreta disse que a expectativa é de que volte a ser como sempre foi, representando de 60% a 70% das vendas totais. Dados da B3 mostraram que em fevereiro do ano passado o volume de financiamentos era de 52,6% e que, um ano depois, este porcentual já avançou para 56,7%.
Em março, conforme antecipado por AutoData, as vendas somaram 176 mil unidades, volume 5,7% menor do que o de março do ano passado e 13,3% maior do que o registrado em fevereiro. A queda na comparação com igual mês do ano passado foi puxada por dois fatores: menor número de dias úteis e greve dos funcionários do Ibama, que está travando a distribuição de carros importados pelo País:
“Não sabemos quantos carros estão parados, mas se eles estivessem nas concessionárias as vendas seriam maiores”.