São Paulo – A Honda reavaliou seus planos de vender apenas veículos elétricos e movidos a célula de combustível a partir de 2040. O prazo segue inalterado: o que foi repensado é a forma como chegar até esse objetivo. Segundo comunicado a intenção é construir uma cadeia de fornecimento mais vertical, que permita um maior controle por parte da montadora, assim como uma redução nos custos produtivos.
Com a criação desta cadeia vertical, a Honda espera reduzir em mais de 20% o custo de aquisição de baterias na América do Norte na comparação com os preços atuais. Estabelecendo uma estrutura de negócios competitiva no segmento eletrificado, a projeção é de redução de 35% nos custos totais de produção. A Honda também afirmou que esse cenário já traz perspectivas para garantir baterias suficientes para fabricar 2 milhões de veículos elétricos por ano.
O começo do futuro elétrico da montadora será baseado na Honda 0 Series, uma série global de veículos elétricos que envolve sete lançamentos de diversos tamanhos, utilizando o sistema MPP, Honda Mobile Power Pack, que estará presente em um primeiro modelo de micromobilidade, previsto para ser lançado até o final do ano fiscal de 2026.
A Honda pretende investir US$ 64,4 bilhões em um período de dez anos até 2030 no desenvolvimento do seu projeto de eletrificação e, a partir de 2030, espera uma plena popularização dos EVs globalmente. A expectativa é ter um retorno inicial de 5% sobre os modelos elétricos vendidos, elevando a margem de lucro e tornando o negócio autossustentável.
Até chegar apenas nos modelos 100% elétricos e movidos a célula de combustível, a Honda apostará nos veículos híbridos, aprimorando sua tecnologia de eletrificação e expandindo suas vendas para gerar as receitas necessárias para suportar os investimentos planejados.