São Paulo – Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba na tarde de quinta-feira, 16, na entrada do Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR, mais uma vez foi rejeitada proposta da Renault e da Horse aos cerca de 4,1 mil trabalhadores que estão com os braços cruzados desde o 7 de maio. Ou seja: a greve continua.
Ao longo desses dez dias corridos de paralisação, oito dias úteis, deixaram de ser produzidos em torno de 6,4 mil veículos, ao considerar que cerca de oitocentos saem das linhas diariamente, conforme estimativa da entidade. Ficou definido na assembleia que será dado às empresas um prazo de 72 horas, a vencer na terça-feira, 21, para que voltem a negociar com o sindicato.
Além de recusarem PLR de R$ 25 mil, sendo a primeira parcela de R$ 18 mil, e reajuste de salários e benefícios baseados na reposição da inflação acumulada até setembro, data base da categoria, os operários declinaram também nova proposta da Renault de contratar cinquenta operadores em até vinte dias úteis a contar da aprovação coletiva.
A oferta foi feita para atender a pleito dos trabalhadores para que haja mais segurança no chão de fábrica. Segundo a entidade o ritmo intenso na linha de produção e a falta de funcionários põem em risco a saúde e a segurança dos operários: “Evidencia este fato o índice de engajamento do trabalhador na linha de produção, que está em 95%, ou seja, dentro do processo de trabalho tem-se apenas 5% do tempo para dar uma respirada ou ir ao banheiro. Cobramos que a empresa baixe esse índice para 85% ou menos”.
A Renault do Brasil informou que segue aberta ao diálogo, porém ressaltou que não negociará com as atividades suspensas: “Tendo em vista a ilegalidade da greve, reconfirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região na audiência de quarta-feira, 15, a empresa segue pronta para a retomada das operações. A produção continua paralisada.”