Adoção ao mercado livre contribuirá em 32% sobre a meta de redução da operação brasileira da empresa para este ano
São Paulo – Para ajudar a cumprir a premissa de zerar a emissão de CO2 de suas operações logísticas até 2050 a DHL Supply Chain aderiu ao mercado livre de energia a fim de utilizar eletricidade proveniente de fontes renováveis e certificadas, como hidráulica, eólica e solar, nos centros de distribuição da companhia. E, aos poucos está expandindo a solução a seus doze armazéns próprios. Com isto obtém outro benefício indireto, que é recarregar os veículos elétricos com energia limpa – atualmente 22% da frota, ou 87 veículos, são movidos a bateria.
Conforme Danilo Marcuci, diretor da DHL Supply Chain Américas, contou a Agência AutoData este formato também dá acesso a plataforma inteligente digitalizada para o gerenciamento do consumo de energia, permite a realização de concorrências em busca do melhor preço e possibilita a estabilidade dos contratos e de suas condições durante o período de vigência.
Quanto ao reflexo exercido nas contas da DHL, embora não tenha mostrado números, Marcuci afirmou que a diminuição na emissão de poluentes proporcionada pela adoção ao mercado livre contribuirá em 32% sobre a meta de redução da operação brasileira da empresa para este ano.
“A DHL iniciou estes processos, tanto técnico, quanto comercial e jurídico, em outubro de 2020. E ali cumpriu todas as etapas administrativas, que são longas, para fazer esta movimentação: respeitou janela de migração imposta pelas concessionárias e com isso a nossa operação de Araçariguama foi a primeira a migrar para o mercado livre de energia, em outubro de 2021.”
Nove armazéns do grupo são abastecidos com eletricidade limpa: Araçariguama, Itapevi, Jandira, dois em Louveira e dois em Osasco – estes no Estado de São Paulo -, Extrema, MG e Aparecida de Goiânia, GO. E outros três novos negócios migrarão a esta condição ao longo de 2024, sendo dois em Extrema e um em Campinas, SP.
“Todas as unidades da DHL elegíveis ao mercado de energia já migraram para o sistema. E todo novo negócio já vai sempre nascer com essa modalidade. Desde que elegíveis aos requerimentos serão considerados para migração em processo que pode demorar de seis a doze meses.”
Ao todo a DHL opera aproximadamente cinquenta centros de distribuição, sendo doze próprios e o restante nas áreas de clientes.
Marcuci destacou que a energia limpa é mais barata do que a do mercado cativo. É possível, por exemplo, escolher o fornecedor, quanto vai consumir e o compromisso assumido é de médio a longo prazo. A economia, segundo ele, pode variar de 10% a 30%.
Medida equivale à retirada de circulação de 26 mil carros a combustão
Quanto à redução das emissões de CO2 em cinco anos a empresa de logística terá deixado de lançar na atmosfera 3 mil toneladas por causa da iniciativa: “O projeto tem a expectativa de evitar emissões equivalentes ao plantio de 390 mil árvores. É como se retirássemos de circulação 26 mil carros a combustão”.
Em paralelo à expansão da adoção do mercado livre de energia a DHL está desenvolvendo estudo de fazenda solar e tem em andamento projeto de instalação de painéis solares sobre telhados que gerará quase toda a eletricidade consumida nos centros de distribuição – hoje um deles já usufrui do modelo e a previsão é a de que um segundo o adote até o fim do ano.
Quanto aos veículos utilizados a companhia tem optado por realizar entregas com ciclistas em centros urbanos e planeja ampliar sua frota de elétricos inclusive dentro dos armazéns, em que é crescente o uso de equipamentos 100% a bateria como paleteiras e transpaleteiras.
Solução nasceu na filial brasileira e foi premiada globalmente
A iniciativa de optar pelo mercado livre de energia pela DHL Supply Chain que nasceu no Brasil foi premiada globalmente, com reconhecimento interno do Concurso Go Green 2023, que envolveu os mais de duzentos países em que a companhia está presente.
Desenvolvida localmente a solução também é aplicada em outros países, a exemplo de Chile e Colômbia, onde existem modelos parecidos: “O grupo tem verificado esta viabilidade e a compara a outras soluções. Aqui se tornou algo muito prático e viável. Então outros países que têm essa possibilidade também já começaram a fazer seus estudos”.