São Paulo – Após a inesperada renúncia de Carlos Tavares ao cargo de CEO da Stellantis um comitê executivo interino foi nomeado por John Elkann, presidente do conselho de administração e herdeiro dos Agnelli, família que ainda é a maior acionista da companhia por meio de sua holding Exor. Elkann preside também o comitê interino que, segundo a agência de notícias Reuters, tem entre seus integrantes alguns potenciais sucessores de Tavares.
Um deles é conhecido dos brasileiros: Antonio Filosa, que até o fim do ano passado presidiu a operação sul-americana da Stellantis, antes de deixar o cargo para Emanuele Cappellano para assumir a Jeep globalmente. Dentro do comitê interino ficará sob sua responsabilidade todas as marcas do antigo grupo Chrysler – Chrysler, Ram, Jeep, Dodge –, a América do Sul, América do Norte e a divisão de projetos estadunidense, incluindo a Maserati.
Filosa é, segundo a Reuters, cotado para o cargo, mas não o único: dentro do comitê existem outros nomes como Maxime Picat, diretor de compras e de qualidade com fornecedores, Jean-Philippe Imparato, responsável pela companhia na Europa, Douglas Ostermann, diretor financeiro da Stellantis, e Richard Palmer, que é conselheiro especial de Elkann.
O mercado financeiro especula ainda outros nomes ligados ou não à Stellantis, como o antigo CEO da FCA, Mike Manley, Edouard Peugeot, herdeiro da família, Luca de Meo, atual CEO da Renault, e José Munoz, recém-eleito CEO da Hyundai. Não está descartada, também, a contratação de alguém de fora da indústria automotiva.