Antonio Filosa, nomeado CEO global da Stellantis, é mais um de uma lista que conduziu empresas no Brasil e no mundo
São Paulo – É um adágio da vida corporativa do setor industrial brasileiro: executivos estrangeiros que passam por aqui estão aptos a enfrentar qualquer tempestade em qualquer lugar, pois o inferno empresarial é aqui mesmo. Daí não surpreender a indicação de Antonio Filosa como CEO da Stellantis.
Mas é digno de nota que ele não faz parte daqueles que ascenderam aprendendo a lidar com índices estratosféricos de inflação. Não: ele sempre fez a lição de casa para enfrentar as complexidades habituais que envolvem uma operação automotiva no Brasil, do emaranhado jurídico, principalmente, à selva burocrática, também principalmente.
Quem?
Rick Wagoner, primeiro, foi diretor financeiro da General Motors do Brasil. E depois voltou como seu presidente. É um dos especialistas em sobrevivência em ambientes superinflacionados que se tornaram presidente e CEO de sua companhia.
Rick Wagoner
Herbert Hubert Demel deixou a presidência da Volkswagen do Brasil e, logo depois, a própria companhia para assumir a direção mundial da Fiat. Em sua passagem pelo País o executivo se envolveu em algumas polêmicas, como quando ameaçou fechar a fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, PR, caso um apagão de energia se confirmasse na cidade — depois ele alegou que foi mal interpretado.
Herbert Hubert Demel
Demel também se envolveu em outra polêmica no Brasil, quando anunciou a demissão de 3 mil funcionários da fábrica Volkswagen Anchieta, em São Bernardo do Campo. Mais uma polêmica: bate-boca que se tornou público com o presidente da Anfavea na época, José Carlos da Silveira Pinheiro Neto.
Dieter Zetschke
Poucos anos depois de deixar a posição de diretor de desenvolvimento da Mercedes-Benz no Brasil Dieter Zetschke tornou-se presidente do conselho de administração da Daimler AG e presidente e CEO da Chrysler. A DaimlerChrysler foi fundamental para a recuperação das operações Chrysler no mundo. Hoje integra a Stellantis.