Webmotors passa a oferecer consórcio em parceria com o Santander 

São Paulo – A Webmotors começou a oferecer consórcio automotivo em parceria com o banco Santander. A ideia da plataforma é oferecer ecossistema completo de soluções para a compra, venda e uso de veículos.

São mais de 180 grupos disponíveis, prazos de até cem meses, além da possibilidade de lance embutido com a utilização de parte do próprio crédito em até 30%.

Stellantis Serviços Financeiros incorpora Banco Fiat

São Paulo – A partir de julho a Stellantis Serviços Financeiros passa a ser responsável por todas as operações de varejo dedicadas aos clientes finais da marca Fiat, incluindo financiamento, seguros e consórcios. Anteriormente o Banco Fiat operava em parceria com o Santander.

De todas as marcas da Stellantis apenas a Fiat não fazia parte da operação financeira. O outro braço operacional da Stellantis Serviços Financeiros, anunciado em 2023, é o Banco Stellantis. Antes conhecido como Banco Fidis passou a prover as atividades de financiamento aos concessionários de todas as marcas do grupo. Além disso também responde pelas operações de financiamentos dos clientes corporate, como frotistas, e oferece soluções para fornecedores e cartões de crédito. 

A estrutura da Stellantis Serviços Financeiros no Brasil também engloba a Stellantis Locadora, serviço de terceirização de frotas lançado em agosto de 2024. Já para o mercado B2C, que atende pessoas físicas, há a Flua!, empresa de mobilidade dedicada à assinatura de carros 0 KM das marcas Fiat, Jeep e Peugeot. 

Nissan inicia vendas da nova geração do Kicks

São Paulo – A Nissan inicia na quinta-feira, 3, a venda do novo Kicks, a partir de R$ 159 mil 990 em seu preço de lançamento, e as mais de duzentas concessionárias no País farão ações especiais, com a participação ativa dos clientes, a fim de apresentar o modelo e sanar suas dúvidas.

Este preço, aplicado à versão inicial, a Sense, inclui ar-condicionado digital, câmbio com seleção de marchas por botões e-shifter, painel de instrumentos com tela de 7 polegadas, central multimídia de 12,3 polegadas, alerta de permanência em faixa, alerta de colisão frontal com assistente inteligente de frenagem e detecção de pedestre e alerta inteligente e assistente de prevenção de mudança de faixa e freio eletrônico com auto hold. 

A linha do novo Nissan Kicks conta também com as versões Advance, Exclusive e Platinum — respectivamente com valores de R$ 167 mil 990, R$ 177 mil 990 e R$ 199 mil. 

De acordo com a montadora, por meio do site https://loja.nissan.com.br/lancamentos/novonissankicks/ o comprador terá direito a vantagens exclusivas, como valorização dos carros usados de qualquer marca envolvidos na troca, pontos no Programa Azul Fidelidade e financiamento pelo CrediNissan com taxa zero em dezoito meses a partir de entrada de 65% do valor.

Em novo recorde, vendas de consórcio superam 2 milhões de cotas

São Paulo – O sistema de consórcios registrou, de janeiro a maio, vendas de 2 milhões 7 mil cotas, 19,7% acima do mesmo período de 2024, 1,7 milhão. O desempenho quebrou o recorde registrado 20 anos atrás, segundo a Abac, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

A entidade afirmou também que o acumulado de adesões de maio teve 464,8 mil cotas, o maior dos últimos dez anos. No quinto mês houve ainda os melhores desempenhos setoriais do ano em veículos leves, motocicletas e veículos pesados.

Do total das cotas vendidas de janeiro a maio 814,4 mil foram para veículos leves, 591,7 mil para motocicletas, 491,5 mil para imóveis, 83,4 mil para veículos pesados, 65,6 mil para eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 24,2 mil para serviços.

Dos seis setores em que o consórcio está presente cinco assinalaram avanços nas comercializações de cotas, sendo que veículos leves contaram com alta de 15,1% e motocicletas de 9,4%. Veículos pesados foi o único a recuar, 12,9%.

Nos primeiros cinco meses do ano as 722,7 mil contemplações foram assim distribuídas: 308,8 mil de veículos leves, 279,9 mil de motocicletas, 55,6 mil de imóveis, 39,6 mil de veículos pesados, 23,9 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 14,8 mil de serviços.

A maior parte do volume de participantes ativos em cada setor está nos veículos leves, com 42,8%, seguido de motocicletas, com 26,4%. Na sequência vêm imóveis, com 19,9%, veículos pesados, com 7,6%, eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis com 2,3% e serviços, com 1%.

Nos 11 milhões 730 mil consorciados ativos a maioria também está em veículos leves: 5 milhões. Os de motocicletas aparecem em segundo lugar, 3,1 milhões, e os de imóveis aparecem em terceiro, com 2,3 milhões. Depois vêm veículos pesados, com 896 mil 870, eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 265 mil 860, e serviços, com 113 mil 290.

Caoa Chery Tiggo 5X ganha mais equipamentos sem aumento de preço

São Paulo – A Caoa Chery atualizou a lista de equipamentos das versões do Tiggo 5X 2026, SUV produzido em Anápolis, GO, e manteve os preços com o objetivo de tornar o modelo ainda mais competitivo em um segmento tão disputado. A versão de entrada, a Sport, passou a sair de fábrica com rodas aro 18 diamantadas, que antes eram ofertadas apenas em versões mais caras.

Já as configurações Pro e Pro Hybrid Max Drive ganharam nova central multimídia com tela de 10,25 polegadas, com nova interface, comandos de voz e espelhamento sem fio para smartphones. O processador desta central também é novo e mais rápido.

Veja abaixo os preços de todas as versões:

Tiggo 5X Sport – R$ 120 mil
Tiggo 5X Pro – R$ 135 mil
Tiggo 5X Pro Hybrid Max Drive – R$ 150 mil

Ituran registra quase 7 mil roubos e furtos de veículos em São Paulo

São Paulo – Em abril a Ituran registrou 6,8 mil furtos e roubos de veículos na Região Metropolitana da Grande São Paulo. 76% dos casos foram furtos, segundo os dados divulgados. De acordo com a empresa houve queda 10,5% nas ações dos criminosos, uma vez que em abril do ano passado foram 7,6 mil furtos e roubos.

A maior parte dos registros aconteceu à noite, com maior foco em veículos de entrada com cinco a dez anos de uso. A motocicleta Honda CG160 foi o modelo mais roubado em abril, com 832 unidades. Em segundo lugar ficou o Hyundai HB20 com 207 e em terceiro o Ford Ka com 200 unidades.

ZEN conquista prêmio internacional inédito

A ZEN, indústria de Brusque (SC) especializada em produtos metalmecânicos e elétricos para o mercado da mobilidade, conquista feito inédito para a América Latina ao receber o mérito “Excellent Performance Award” (Prêmio de Excelente Desempenho), concedido pela Denso Japão – membro do Grupo Toyota de empresas, considerada uma das maiores fornecedoras da indústria automotiva mundial.

O reconhecimento foi concedido no dia 20 de maio, em Nagoya, no Japão, durante a convenção mundial de fornecedores da empresa. A Zen foi a única indústria do Brasil a fazer parte do evento e a primeira da América Latina a ser homenageada. Na terça-feira, 11 de junho, a empresa voltou a ser premiada, desta vez no Brasil, com o troféu “Supplier of the Year 2024” (fornecedor do ano), durante o Supplier Day da Denso Brasil, realizado em Piracicaba (SP).

As premiações reconhecem a performance da Zen de maneira global, destacando sua atuação em qualidade, inovação e contribuição para o crescimento da cadeia automotiva, consolidando a indústria como parceira estratégica no mercado de mobilidade. O CEO Wilson Bricio representou a empresa nos dois eventos.

“Foi uma experiência única estar em Nagoya ao lado de líderes globais da indústria e receber esse reconhecimento em nome da ZEN. Fomos os únicos brasileiros convidados, o que foi motivo de muito orgulho. A excelência é o que nos move, e sermos reconhecidos por isso, por um cliente como a Denso, é muito importante. E para mim, como CEO, participar desse reconhecimento global, o primeiro da minha gestão, também teve um valor simbólico. Foi uma honra representar todo o time nesse momento”, destaca.

Mérito

A Denso é a quinta maior fornecedora automotiva do mundo e escolhe seus premiados com base em critérios de desempenho, qualidade e contribuição para a expansão dos negócios. “Queremos continuar investindo, nos desafiando, entrando em novos segmentos, com novos produtos e novos mercados. Esse reconhecimento é com certeza mais uma motivação para o time ZEN. Esse mérito nos motiva a investir mais, trabalhar com ainda mais consistência e buscar maior performance para nos tornarmos cada vez melhores através da excelência”, afirma o CEO.

Com quase mil colaboradores e exportando para mais de 70 países, a ZEN segue com metas claras de expansão. “A indústria sempre enfrenta desafios, mas a nossa missão é encontrar soluções, entender as necessidades dos nossos clientes e ser um parceiro estratégico no sucesso deles. A ZEN vai conseguir ser uma das maiores sendo a melhor, esse é o caminho que estamos trilhando. Buscando excelência em tudo que fazemos”, completa Bricio.

Por coincidência, o evento no Japão aconteceu na mesma data em que, em Brusque, era inaugurado o novo parque fabril da ZEN, um dos marcos dos 65 anos da empresa, que vive um robusto ciclo de expansão e modernização. A nova unidade faz parte de um ciclo de investimentos de R$ 150 milhões, que engloba obras e equipamentos de alta tecnologia. Esses movimentos fazem parte de uma estratégia que reforça a cultura de excelência, inovação e foco total nas necessidades dos clientes, pilares que têm guiado a atuação da empresa e sustentado seu crescimento nos mercados nacional e global.

Foto: Divulgação/ZEN

Até o fim do ano Brasil deverá superar a marca de 20 mil eletropostos públicos

São Paulo – Até o fim do ano deverão estar instalados no Brasil mais de 20 mil eletropostos públicos. A previsão é da Bright Consulting, que contabiliza cerca de 14,8 mil estações de carregamento de veículos ativas no País, das quais 16% com carregamento rápido.

A concentração é maior no Estado de São Paulo, segundo o COO da consultoria, Murilo Briganti: são 4,5 mil estações disponíveis, quase um terço de todos os eletropostos instalados no País.

“Quanto maior o número de pessoas e a relevância econômica da região, maiores são os investimentos em infraestrutura e o poder de compra da população. Por este motivo os pontos de recarga públicos estão relativamente maduros nas regiões Sul e Sudeste”.

Além de São Paulo apenas cinco estados têm mais de 1 mil eletropostos disponíveis, todos nas regiões citadas por Briganti: Rio de Janeiro o segundo do ranking, com 1,4 mil unidades instaladas, Rio Grande do Sul, com 1 mil 159 unidades, Minas Gerais, 1 mil 154 unidades, Santa Catarina, com 1,1 mil, e Paraná, que tem 1 mil 27.

Do outro lado da tabela Roraima aparece como o Estado com o menor número de carregadores públicos instalados: apenas cinco unidades. Curiosamente menos do que no ano passado, quando tinha oito eletropostos disponíveis à população.

A redução de eletropostos também ocorreu no Amapá, que recebeu suas primeiras oito unidades em 2024, mas em 2025 registra apenas seis disponíveis, e é o segundo Estado com o menor número de eletropostos no País, posto dividido com Acre, que também tem seis carregadores públicos disponíveis, todos instalados em 2024.

Neste País infeliz

Na edição de junho da revista AutoData que está no site neste momento, meu sócio, jornalista Vicente Alessi, filho, publicou em sua coluna, Lentes, um artigo de opinião no qual, além de dados e ironia, propõe uma reflexão necessária: por que, afinal, persiste um sentimento de fracasso econômico num Brasil onde os indicadores contam outra história?

O texto de Vicente, intitulado Neste País Infeliz, evoca — propositalmente ou não — o estilo ácido e preciso do jornalista Pedro Cafardo, conhecido por expor os contrastes da realidade com a narrativa. Ambos usam da ironia como recurso para colocar a lupa sobre fatos duros: a economia brasileira vem, há alguns anos, surpreendendo para cima, apesar de previsões reiteradamente pessimistas.

E os números estão aí para provar. Segundo a coluna de Vicente apenas no último ano, 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome. O PIB do primeiro trimestre de 2024 cresceu 1,4% — superior ao dos países da OCDE e do G7, ambos estagnados em 0,1%. Isso tudo mesmo com uma taxa Selic em 14,75% ao ano, 9 pontos acima da inflação oficial, o que desestimula investimentos e encarece o crédito.

E vai além, pois não é um episódio isolado. Desde 2020 o Brasil surpreende positivamente. Em vez da recessão de 6,5% projetada para aquele ano o recuo foi de 3,3%. Em 2021 o esperado era 3,4%, mas o País cresceu 4,8%. Em 2022 estimava-se um pífio 0,3% mas veio 3%. Em 2023 novamente: expectativa de 1,4% e resultado de 2,9%. E para este 2024, a projeção inicial de 1,6% já foi superada — a nova estimativa é de 3,4%.

Além disso o lucro das empresas também contradiz o discurso de crise. No primeiro trimestre as companhias abertas não financeiras tiveram lucro líquido 30% maior que no mesmo período de 2023, totalizando R$ 57 bilhões. E os quatro maiores bancos brasileiros somaram R$ 28,2 bilhões em lucro no período, com um deles registrando crescimento de 39%.

Na indústria há sinais concretos de retomada: crescimento de 3,1% em 2023 e alta de 1,2% em março sobre fevereiro. O setor automotivo brasileiro, especificamente, tem registrado desempenho acima da média — mesmo diante da concorrência crescente das importações de elétricos asiáticos e dos juros ainda muito altos.

E, ainda assim, o pessimismo segue. Há quem diga que está tudo caro, ignorando que a inflação média anual dos alimentos no atual governo foi de 4,36%, contra 8,24% no governo anterior. Que a inflação geral foi de 4,73% ao ano até agora — bem inferior à média de 6,17% dos quatro anos anteriores. Que a desigualdade está nos menores níveis históricos e a renda per capita no maior patamar já registrado.

Qual é, então, a raiz dessa “bruma pessimista” que embaça o debate econômico?

Vicente levanta uma hipótese incômoda, mas plausível: ou este País tem falhas graves na sua comunicação institucional — pública e privada —, ou a infelicidade não vem, de fato, da economia. Talvez venha da política. Talvez venha da disputa pela narrativa. Talvez venha da negação dos avanços quando estes não combinam com determinadas convicções ideológicas.

O fato é que o Brasil vem dando sinais de vitalidade econômica há anos, e grande parte dos setores produtivos — inclusive o automotivo — segue crescendo, inovando, exportando, investindo. Ignorar isto é desonesto. Silenciar sobre isso é abdicar do jornalismo econômico como ele deve ser: objetivo, crítico e baseado em fatos.

A coluna de Vicente, ao final, nos convida a enxergar o País não pelo espelho retrovisor do ressentimento mas pela lente dos dados — que, gostemos ou não, têm muito a dizer. E talvez já seja hora de escutá-los.

BYD diz esperar convite para se filiar à Anfavea

Camaçari, BA – Quando iniciadas as operações de montagem de veículos em regime SKD em Camaçari, dentro de algumas semanas, a BYD poderá ser a única montadora instalada no Brasil não filiada à Anfavea, a associação que representa o setor. Seu vice-presidente sênior Alexandre Baldy, quando questionado por jornalistas na terça-feira, 1º de julho, na cerimônia em que apresentou os primeiros Dolphin Mini e Song Pro montados na unidade,  se tinha intenção de entrar na associação, respondeu:

“Precisamos ser convidados”.

Há alguns meses integrantes da Anfavea têm criticado diretamente a BYD, embora muitas vezes sem citar nomes. A relação começou a piorar em fevereiro, quando a companhia chinesa fez ampla divulgação do desembarque do Explorer Nº 1 no Espírito Santo com 5,5 mil veículos importados. Foi o segundo grande desembarque de navios próprios da BYD — e ainda teve um terceiro.

Na ocasião a Anfavea reagiu e reforçou seu pedido de retomada integral imediata dos 35% de imposto de importação para veículos híbridos e elétricos, feito em junho passado durante o Congresso AutoData Revisão das Perspectivas 2024.

Depois a Anfavea criticou o pleito da BYD de reduzir o imposto de importação de SKD e CKD.

Na cerimônia da terça-feira, 1º, Baldy cutucou as associadas da Anfavea:

“A velha indústria está incomodada. Não viemos aqui só para fazer montagem de veículos: teremos produção nacional, desenvolvimento de tecnologia e de cadeia produtiva, com fornecedores.”