A Agência de Proteção Ambiental (EPA em inglês) dos Estados Unidos emitiu na quinta-feira, 12, aviso de violação para a FCA, Fiat Chrysler Automobiles, de instalar e não divulgar software de gerenciamento do motor que permite excesso de emissão de poluentes em seus motores diesel. Segundo a agência estão envolvidos pouco mais de 104 mil unidades de modelos de picapes Dodge RAM 1500 e Jeep Cherokee vendidos desde 2014 com motores 3.0 litros.
De acordo com nota da EPA, o programa de computador não revelado resultado no aumento de emissões de óxido de nitrogênio (NOx) dos veículos.
“Deixar de divulgar o software que afeta emissões no motor de um veículo é uma violação séria da lei, que pode resultar na poluição prejudicial no ar que respiramos,” disse em comunicado Cynthia Giles, administradora assistente da EPA de cumprimento e garantia de conformidade. “Continuaremos a investigar a natureza e o impacto destes dispositivos. Todas as montadoras devem seguir as mesmas regras e continuaremos a responsabilizar as empresas que ganham uma vantagem competitiva injusta e ilegal.”
Para a agência de notícias Reuters, Sergio Marchionne, CEO da FCA, negou que a empresa esteja em desacordo com as leis ambientais e está em conversa com a EPA sustentado com documentos importantes. “Não fizemos nada que seja ilegal. Nunca houve qualquer intenção de criar condições para burlar o processo de teste. Isto é absolutamente absurdo.”
Em comunicado, o braço norte-americano da companhia, FCA US, disse estar “decepcionado”, com a acusação da EPA e que todos os seus “veículos movidos a diesel atendem a todos os requisitos regulamentares.”
O braço norte-americano da empresa, a FCA US, disse em um comunicado que está “decepcionado” com o aviso de violação da EPA e que pretende trabalhar para “resolver este assunto de forma justa e equitativa”, além de garantir aos clientes e à EPA que seus “veículos movidos a diesel atendem a todos os requisitos regulamentares aplicáveis”.
A EPA foi a agência que descobriu e denunciou o Dieselgate, em setembro de 2015, envolvendo fraude com os motores diesel da Volkswagen em aproximadamente 11 milhões de modelos ao redor do mundo que burlavam os testes de emissões. Na terça-feira, 10, a fabricante concordou em pagar US$ 4,3 bilhões em multas nos Estados Unidos para encerrar os processos provenientes do caso.