A General Motors deve abrir duzentas vagas de trabalho para abrir duas linhas de usinagem para motores a diesel em sua fábrica de São José dos Campos, SP. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, divulgada em comunicado na quarta-feira, 30, no qual informa que realizará assembleia na quinta-feira, 1º, para votar proposta de acordo com a empresa, se aprovado, a medida irá gerar os novos postos já a partir de janeiro.
De acordo com informações do Metrópole Online, portal de notícias do Vale do Paraíba, a montadora havia anunciado aos funcionários da unidade a abertura de negociação no dia 16 de novembro, mas na data, tanto a fábrica quanto o sindicato não se pronunciaram sobre as negociações. Em informativo divulgado nos quadros de aviso dentro da fábrica, a montadora pontuava aos funcionários que pretendia criar “duas linhas de usinagem de motores diesel, que irá criar, aproximadamente, 200 novos postos de trabalho” e afirmava que “essa é uma importante oportunidade de mostrarmos que a fábrica de São José dos Campos está disposta a ser competitiva.”
Segundo comunicado do sindicato, este é o terceiro acordo negociado com a GM este ano, que juntos recuperam em torno de 1 mil postos de trabalho na unidade do Vale do Paraíba. Os acordos anteriores, efetuados entre maio e julho geraram 850 vagas.
As novas linhas de usinagem serão operadas a partir de março de 2017 a produção de motores para a S10. As vagas são temporárias e as contratações uma necessidade para atender ao aumento nas exportações do modelo S10, produzido na fábrica de São José dos Campos e vendido para Argentina e México, além do mercado interno. Segundo do sindicato, este ano a produção da picape deve superar 50 mil unidades. Em 2015, foram produzidas 40 mil.
Hoje a fábrica da GM em São José dos Campos possui por volta de 5 mil trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer, além de motores e cabos de transmissão. Nos últimos anos, no entanto, passou por processo de esvaziamento com o encerramento da linha de Montagem de Veículos Automotores (MVA), em 2013, com o fim da produção do Classic.
“O Sindicato sempre se manteve aberto a negociações que levassem à geração de empregos em nossa região. No último período, cobramos os investimentos que a GM já havia acordado para a planta de São José dos Campos. Os metalúrgicos têm participação fundamental na economia regional e esta notícia é bastante positiva para todos”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.