Exportações crescem 14,2% no semestre

Apesar da queda de 7,5% no comparativo de junho com maio, as exportações de veículos continuam registrando crescimento no ano e as perspectivas são ainda mais favoráveis para este segundo semestre. De acordo com o presidente da Anfavea, Antônio Megale, algumas montadoras enfrentaram problemas na área produtiva, o que gerou postergação de alguns embarques: “Estamos avançando em vários mercados e a renovação do acordo com a Argentina até 2020 é mais um dado positivo na área de exportação”.

A única coisa que preocupa no momento, segundo Megale, é a volatilidade do câmbio: “Isso atrapalha bastante na hora da negociação. Mas acreditamos que a equipe econômica do governo esteja atenta a tudo isso e agirá no sentido de ao menos estabilizar no novo patamar em que o dólar chegou”.

Foram embarcados em junho 43,4 mil veículos, ante os 46,9 mil de maio, totalizando 226,6 unidades exportadas no acumulado dos primeiros seis meses, o que representou crescimento de 14,2% no comparativo com o mesmo período de 2015. As vendas externas de automóveis e comerciais leves cresceram 15,4% no semestre, com total de 213,4 mil unidades este ano, enquanto as de caminhões caíram 8%, baixando para 9,4 mil.

Já as exportações de ônibus registraram o melhor desempenho por segmento no semestre – alta de 17,7%, com 3,8 mil unidades exportadas –, enquanto as de máquinas agrícolas retraíram 17,8%, com o embarque de 4,4 mil unidades no ano. No comparativo de junho com maio, no entanto, as vendas externas de máquinas agrícolas reagiram. A alta foi de 38,9%, com 997 exportadas no mês passado.

Receita em queda – Por causa do mix de exportação – máquinas agrícolas, por exemplo, são bens de maior valor –, a receita com as exportações no ano ainda registram queda em relação a 2015. De janeiro a junho foram exportados US$ 4,8 bilhões, 12,5% a menos do que a receita de US$ 5,5 bilhões do primeiro semestre de 2015.

Mas como essa queda relativa ao acumulado do ano tem sido menor a cada mês a Anfavea mantém a expectativa de que o ano será encerrado com vendas externas no valor de US$ 10,4 bilhões, com decréscimo de apenas 1% em relação aos US$ 10,5 bilhões do ano passado. Em volume de veículos a meta é crescer 21,5%, ultrapassando 500 mil unidades exportadas.

Megale voltou a elogiar a atuação dos governos brasileiro e argentino no processo de renovação do acordo bilateral entre os dois países, dizendo que o mais importante para o setor é ter regras estáveis de longo prazo: “A Argentina continua sendo nosso principal parceiro e certamente a renovação do acordo até 2020 favorecerá a atuação das nossas associadas nos dois países”.

Setor de máquinas comemora junho e lamenta o semestre

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias bateram em 4,1 mil unidades em junho. Comparado com o desempenho de maio, dá para comemorar evolução de expressivos 18%. Mas a festa para por aí. A comparação com o mesmo mês do ano passado aponta recuo de 7,8% e o acumulado do primeiro semestre teve tintas ainda mais vermelhas, com os negócios encolhendo 30,9%. Foram vendidos no período 17,1 mil equipamentos contra 24,7 mil nos primeiros seis meses de 2015.

As exportações também deram um salto na comparação mensal, mas ainda penam para igualar os números do ano passado. Se em junho os fabricantes embarcaram 997 equipamentos, 39% a mais do que em maio, de janeiro a junho somam 4,4 mil unidades contra 5,3 mil de 2015, 17,8% a menos.

O crescimento expressivo de maio para junho não indica uma tendência, na avaliação de Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea. Está ligada muito mais a entregas programadas por contratos de um ou outro fabricante.

Com vendas internas ainda muito aquém do ideal e exportações que ainda não chegaram a entusiasmar ao longo do ano a produção, por decorrência natural, não poderia apresentar quadro muito melhor, em especial no transcorrer do semestre.

Os fabricantes encerraram junho com 4,5 mil máquinas fabricadas, elevação de 10,4% perante maio e de expressivos 25% sobre o mesmo mês do ano passado. Apesar disso, ressalta Ana Helena, são variações sobre um patamar produtivo muito baixo e que vem se mantendo ao longo dos últimos meses. Tanto que no semestre saíram das linhas de montagem nacionais somente 19,8 mil equipamentos, enquanto de janeiro a maio do ano passado foram 30,5 mil unidades.

Mesmo com alguns tímidos sinais de que a economia pode melhorar no segundo semestre e a divulgação do novo Plano Safra 2016/2017 no fim de maio, com condições consideradas satisfatórias mesmo em relação às taxas de juros, a Anfavea teme dificuldades maiores tanto nas vendas internas como na produção nos próximos meses.

Isso porque os financiamentos foram interrompidos em junho, após o esgotamento dos recursos do Plano Safra passado e retomado somente neste mês, depois da divulgação de todas as portarias referentes aos novos parâmetros. O impacto assim, avalia a diretora da Anfavea, deve ser sentido neste terceiro trimestre, já que os números de junho refletiram os negócios no atacado e não das revendas para o consumidor final.

Vendas a prazo são as mais baixas da história

O pequeno crescimento de 2,6% nas vendas internas de junho em relação a maio indica que o mercado está se estabilizando, com perspectiva de retomada ainda este ano. A avaliação é do presidente da Anfavea, Antônio Megale, que na quarta-feira, 6, divulgou o balanço do setor automotivo no semestre, informando que o atual índice de vendas a prazo, de apenas 51,8% em junho, é o mais baixo da série histórica do setor: 

“Esse dado tanto pode significar que ainda há restrições para a obtenção de crédito como também ser reflexo do receio dos consumidores de fazer dívidas. Mas acreditamos que já há indicadores positivos em relação à volta da confiança do consumidor e da indústria, o que pode favorecer as compras a prazo e a reação das vendas em geral a partir do final deste ano”.

Segundo a Anfavea, o acompanhamento do índice de financiamento no total das vendas de veículos é feito desde o começo da década passada e, tradicionalmente, sempre ficou na faixa de 60%. Mas o importante, na análise de Megale, é que tudo indica que agora o mercado encontrou o seu piso. “Chegamos a um patamar de estabilização. E depois disso, tradicionalmente, vem o crescimento.”

As vendas de automóveis e comerciais leves totalizaram 166,6 mil unidades em junho, ante as 162,3 mil de maio, atingindo 952,3 mil no semestre. Esse resultado representa queda de 25,4% em relação aos primeiros seis meses de 2015 e a volta aos patamares de vendas internas de 2006. Com relação a junho, no entanto, Megale fez uma ressalva: “Os números poderiam ter sido melhores não fossem as festas juninas do Nordeste e Centro-Oeste, que atrapalham as vendas, e também a greve do Detran em alguns municípios paulistas, que impediram os emplacamentos de vendas realizadas”.

Assim como o segmento de automóveis e comerciais leves também o de caminhões apresentou desempenho positivo no mês passado em relação ao anterior. Com 4,2 mil emplacamentos, esse mercado cresceu 3% nesse comparativo. No semestre, porém, o decréscimo em vendas é de 31,4% – 25,6 mil unidades contra 37,3 mil.

Já as vendas de ônibus, que atingiram 982 unidades no mês passado, caíram em todos os comparativos. A queda foi de 7,8% em junho com relação a maio, 32,% no comparativo com o mesmo mês de 2015 e de 41,2% no semestre.

Projeção mantida – No total, considerando todos os segmentos, as vendas de veículos totalizaram 171,8 mil unidades no mês passado e 983,5 mil no acumulado janeiro a junho. A retração em relação ao primeiro semestre de 2015 é de 25,4%. Acreditando, no entanto, que o segundo semestre deste ano será melhor do que o mesmo período do ano passado, a Anfavea mantém a projeção de 2016 encerrar-se com retração de 19% nas vendas internas, com um total de 2 milhões 80 mil veículos.

Ainda dentro do balanço de junho o presidente da Anfavea enfatizou a queda no volume de estoques nas fábricas e nas redes. O mês de junho foi encerrado com 225 mil veículos nos pátios das montadoras e das concessionárias, equivalente a 39 dias de produção. Em maio eram 235 mil unidades, comparáveis a 41 dias. “Há um essforço grande em todo o setor no sentido de reduzir estoques e equilibrara oferta e demanda”, comentou Megale.

Produção de veículos cresce 4,3% em junho

A produção de veículos no País em junho registrou alta de 4,2% com relação ao mês anterior, para 182,6 mil unidades. O volume, no entanto, ainda é 3% menor do que o apurado em junho do ano passado, quando saíram das linhas de montagem 188,1 mil unidades.

Ainda bem mais acentuado é o recuo na produção do primeiro semestre. No acumulado do ano foram construídos 1.016 milhão de autoveículos, o que representa 21,2% no confronto com o mesmo período do ano passado. Tantos os volumes de junho quanto do primeiro semestre são os menores desde 2004.

“A produção em junho poderia até ter sido melhor, caso algumas montadoras não tivessem tido problemas com a falta de fornecimento de peças”, lembrou Antonio Megale, presidente da Anfavea durante apresentação do desempenho do setor automotivo na quarta-feira, 6. “Mas a situação do mercado se reflete muito na produção, que ainda se mantém em patamar muito baixo.”

A produção de junho somente de veículos leves foi de 175,2 mil unidades, queda de 3,2% na comparação com o mesmo mês de 2015. No primeiro semestre do ano o volume de produção de automóveis e comerciais leves somou 976,1 mil unidades, o que representa retração de 20,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

No segmento de caminhões, a produção de 5,5 mil unidades em junho representa alta de 5,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado dos seis primeiros meses, as 31,3 mil unidades produzidas são 24,8% menores do que um ano antes.

O desempenho da produção de caminhões também se repete na área de ônibus. Apenas em junho foram produzidos 1,8 mil chassis, crescimento de 1,4% com relação a junho de 2015. No acumulado do ano até junho, porém, a queda é de 33,4%, para 9,2 mil chassis contra os 13,8 mil produzidos no primeiro semestre do ano passado.

Emprego – O setor automotivo encerrou o primeiro semestre com 127,7 mil pessoas empregadas, recuo de 6,7% com relação ao quadro de trabalhadores do mesmo período do ano passado. Na comparação com maio, porém, apresenta leve queda de 0,2%.

O presidente da Anfavea já aponta estabilidade no emprego frente ao número de trabalhadores ao longo do primeiro semestre e lembra que também há diversas fabricantes contratando em função do desempenho das exportações.

Levantamento da Anfavea correlacionando a produção e o emprego aponta atualmente 32 mil pessoas excedentes no setor. “Até 2014 a produção era favorável para a produção”, observa Megale. “Nos dois últimos anos, no entanto, a relação emprego versus produção tornou-se um desafio para as fabricantes. É fundamental a recuperação do mercado para utilizar a mão de obra excedente e garantir os postos de trabalho.” Segundo a Anfavea hoje há 26 mil trabalhadores em regime de flexibilidade, 21,3 mil no PPE e 4,7 mil em lay off.

Venda de importados cresce em junho

Em junho as dezoito marcas afiliadas à Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, negociaram 2.788 unidades importadas, alta de 3,4% sobre maio. Apesar do crescimento mensal, a queda em relação ao mesmo mês do ano passado permanece acentuada, de 45,4%, quando foram vendidos 5.104 veículos. Os dados são da Abeifa, divulgados na terça-feira, 5.

No primeiro semestre do ano as vendas totalizaram 18.200 unidades licenciadas, o que representou queda de 44,6% na comparação com os mesmos seis primeiros meses do ano passado, período que registrou vendas de 32.876 veículos.

Em nota, o presidente da entidade, José Luiz Gandini, se mostrou mais confiante com um cenário melhor para o segundo semestre, com reaquecimento da indústria e tendência de queda do câmbio. “Depois de duas quedas consecutivas, em abril e em maio, o registro positivo em junho é um alento para o setor de veículos importados.”

No que diz respeito às vendas de modelos de produção local das associadas, BMW, Chery, Mini e Suzuki fecharam junho com 1.290 licenciamentos, crescimento de 4,8% em relação a maio, mas queda de 69,7% se comparado com junho de 2015. No acumulado, as quatro associadas somaram 5.227 veículos contra 11.806 unidades emplacadas no mesmo período do ano passado, retração de 55,7%. Vale pontuar, no entanto, que os licenciamentos de veículos da produção local este ano se mantiveram em crescimento.

Ao somar os volumes de vendas de importados e de produção local, a participação das marcas associadas à Abeifa no mercado doméstico é de 2,45% em junho e de 2,46% no primeiro semestre do ano.

GM consolida liderança com 16,9% de participação

No ranking das dez marcas mais vendidas no País em junho a única alteração aconteceu na parte de baixo da tabela, com a Nissan invertendo a posição com a Jeep e subindo da décima para a nona colocação. A General Motors manteve a liderança no mês com a venda de 28,1 mil automóveis e comerciais leves, consolidando o posto também no acumulado do semestre, com um total de 157,5 mil emplacamentos. Sua participação atingiu 16,9% em junho e está em 16,5% no ano.

A Fiat, que por quatorze anos consecutivos esteve no topo do ranking, aparece em segundo lugar tanto no mês, com 25,5 mil unidades comercializadas, como no acumulado do ano – 143,7 mil veículos e market share de 15,1%. A Volkswagen, no terceiro lugar, vendeu 20,9 mil veículos no mês passado e 126,7 mil no ano, uma participação de 13,3% de acordo com dados divulgados pela Fenabrave na segunda-feira, 4.

Assim como a Fiat perdeu a primeira posição também a Ford caminha este ano para sair da lista das quatro mais vendidas no mercado brasileiro, posição mantida desde os anos 90, quando as newcomers chegaram ao País, até 2015. A Hyundai, com fatia de 10% do mercado nacional de automóveis e comerciais leves, consolidou sua posição de quarta colocada, emplacando 16,7 mil unidades em junho e 95,9 mil no ano.

Também a Toyota ficou à frente da Ford em junho e no semestre, com vendas de, respectivamente, 15,5 mil e 85,4 mil unidades, com participação no acumulado de quase 9%. Na sexta posição, a Ford vendeu 14 mil unidades no mês e 80,7 mil no ano, penetração na faixa de 8,5%. Em seguida aparecem Renault e Honda, com participações de, respectivamente, 8,2% e 6%.

Na nova posição em junho aparece a Nissan, com 2,5% do mercado de automóveis e comerciais leves, e fechando o ranking das dez maiores do mês a Jeep, com fatia de 2,45%. No acumulado do ano a Jeep aparece em nono e a Nissan em décimo, com participações bem próximas, de 2,7% e 2,6%, respectivamente.

Vaivém – Das três primeiras colocadas do ranking apenas a General Motors, que havia encerrado 2015 com 15,6% do mercado, registra aumento de participação este ano, de 0.9 ponto porcentual. A Fiat perdeu 2,6 pontos e a Volkswagen 1,2 ponto. Também a Ford teve market share reduzido, de 10,4% para 8,4%, enquanto Hyundai e Toyota ganharam, respectivamente, 1,7 ponto porcentual e 2,2 pontos. A Renault está mantendo sua participação em 7,3% e a Honda teve pequeno acréscimo de market share, saltando de 6,1% para 6,6%.

O mercado total de automóveis e comerciais leves encerrou o semestre com queda de 25% em relação ao mesmo período de 2015, num total de 951,2 mi emplacamentos este ano. Em junho com relação a maio as vendas cresceram 2,6%, atingindo 166,4 mil unidades no mês.

A Fenabrave admite que o melhor desempenho do mês passado sinaliza um processo de retomada do mercado neste segundo semestre, mas nada a ponto de recuperar o desempenho negativo até junho. A entidade mantém previsão para o ano de queda de 20% nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves.

Nem nova linha afeta vendas do Onix

A linha 2017 do Onix chega este mês às concessionárias Chevrolet com alterações estéticas, de conteúdo e até mesmo versões. Mas nem mesmo essas mudanças, há muito noticiadas pela imprensa especializada, tirou fôlego de vendas do hatch, aponta levantamento da Fenabrave. Carro mais vendido no Brasil e no ano passado, o modelo fechou junho mais uma vez na ponta dos licenciamentos, com exatas 11.566 unidades negociadas, à frente do Hyundai HB20, com 9.533 unidades.

Com esse desempenho mensal o modelo da Chevrolet já estabeleceu confortável diferença para o HB 20 também ao longo do primeiro semestre – 68.535 veículos contra 55.922 unidades do Hyundai – e caminha célere para encerrar o ano novamente como o líder de vendas no País. Com as novidades da linha 2017, como uma inédita versão aventureira, não deve ter dificuldade para barrar o avanço do HB20, que recentemente ganhou motor 1.0 turbo e que ano passado ficou na terceira colocação.

Surpresa no ranking mensal foi a ascensão do Sandero ao terceiro lugar. O hatch da Renault somou 6 mil unidades negociadas, apenas poucas dezenas a mais do que as 5.943 do Volkswagen Gol, que, aos poucos, com o recente face-lift, parece recuperar parte do prestígio que perdeu junto aos consumidores ao longo dos últimos anos.

Outra exígua vantagem foi a do próprio Gol com relação ao quinto carro mais vendido, o Ford Ka, que registrou 5.811 licenciamentos. Margens mínimas prevaleceram também do Ka para o sexto colocado, o Chevrolet Prisma – sedã que vem repetindo a batida do irmão Onix e que está na sétima posição no semestre –, e deste para o sétimo, o Corolla.

O sedã da Toyota, de fato, tem participação assombrosa, afinal sua versão de entrada está na faixa acima dos R$ 70 mil. Ainda assim encerrou o semestre com 31.391 unidades vendidas, na sexta posição e apenas setenta unidades a menos do que o Fiat Palio, modelo bem mais barato, assim como todos os quatro primeiros.

A Fiat, que liderou o mercado brasileiro nos últimos quatorze anos e encerrou o semestre na segunda posição entre as marcas mais vendidas atrás da Chevrolet, teve a picape Strada como seu carro mais vendido em junho. Foram negociados 5.276 unidades do utilitário, que por pouco não caiu para o nono posto, já que o Honda HR-V somou apenas cinquenta unidades a menos.

A lista dos veículos mais vendidos no Brasil em junho tem outro Fiat na décima posição: exatamente o Palio, mas bem mais distante, com somente 4.335 veículos negociados. O hatch foi o carro mais vendido no Brasil em 2014 e já sente o peso dos anos e de uma renovação profunda, a exemplo de outros produtos nacionais da Fiat.

Das duas mais recentes novidades da montadora italiana, somente a picape Toro, lançada em fevereiro, tem surpreendido positivamente. Em junho registrou 4.040 licenciamentos e obteve a 11ª colocação – foram 15,7 mil no ano. O compacto Mobi, ao contrário, segue patinando: vendeu 2.822 unidades no mês, muito aquém da média mensal prevista pela montadora de cerca de 6 mil a 7 mil unidades.

Alta de 5,1% nas exportações de autopeças

Em contraste com a queda de 7,8% nos negócios com as montadoras, a indústria de autopeças projeta ampliar em 5,1% as exportações este ano e manter estáveis as vendas para o mercado de reposição. De acordo com levantamento divulgado na quinta-feira, 7, pelo Sindipeças, as exportações devem crescer 5,1%, de US$ 7,56 bilhões para US$ 7,95 bilhões, enquanto as importações cairão de US13,15 bilhões para US$ 11,97 bilhões, com redução de 28% no saldo negativo da balança comercial – US$ 4 bilhões em 2016, ante os US$ 5,6 bilhões de 2015.

Pelos dados do Sindipeças, o setor encerrará este ano com faturamento de R$ 63 bilhões, valor 4,5% inferior ao do ano passado (R$ 66 bilhões). A participação das montadoras na receita total cairá de 58% para 56%, enquanto a das exportações subirá de 17,1% para 19,1% e a do aftermarket de 21% para 22%. Os negócios intrassetoriais terão participação reduzida de 3,9% para 2,9% no comparativo anual.

Considerando as participações previstas, os negócios no mercado de reposição deverão manter-se estáveis em R$ 13,8 bilhões. Já as vendas para as montadoras serão reduzidas de R$ 38,3 bilhões em 2015 para R$ 35,3 bilhões este ano. As exportações, dessa forma, serão decisivas para o setor registrar queda no faturamento total bem inferior à do mercado automotivo, estimada em 19% pela Anfavea.

Futuro – o antecipar parte desses números no Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2016, realizado em junho em São Paulo, o presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, revelou para a entidade projeta para este ano queda de 13% na produção de veículos, acima, portanto, dos 5,5% estimados pela Anfavea. Mas disse acreditar que a partir da virada do ano o setor poderá iniciar um processo de recuperação.

“Achamos que em 2017 os dados macroeconômicos serão mais positivos, com o fim da alta do desemprego, inflação mais baixa e consequentemente juros menores. Se não houver grandes erros poderemos ter retomada já a partir da virada do ano.”

A entidade acredita, assim, em pequena recuperação em 2017, com alta de 2,7% no faturamento nominal da indústria de autopeças, que subiria para R$ 64,7 bilhões. As exportações devem continuar crescendo no ano que vem, atingindo US$ 8,42 bilhões, e as importações tendem a cair mais um pouco, beirando os US$ 11,6 bilhões.

Com relação aos investimentos, as projeções do Sindipeças indicam que as 460 empresas associadas devem investir US$ 414 milhões este ano, valor 25,1% inferior ao de 2015. Para 2017 o aporte programado é similar ao deste ano, na faixa de US$ 411 milhões. No que diz respeito à mão-de-obra a projeção é de o setor encerrar o ano com 164 mil empregados, nível 4,4% inferior ao apresentado no final de 2015. A queda do número de empregos, segundo o Sindipeças, só não é maior pela utilização de instrumentos como banco de horas, férias coletivas, redução de jornada e salário e o PPE, Programa de Proteção ao Emprego.

BMW investe R$ 2 milhões no pós-venda

A BMW Group Brasil investirá R$ 2 milhões até 2018 no aprimoramento da qualidade do atendimento de pós-vendas em sua rede de concessionárias. O primeiro grupo de sete revendas BMW e Mini que vai operar com os novos formatos Via Rápido e Recepção do Veículo recebeu certificações na quarta-feira, 6, em cerimônia realizada na concessionária Autokraft, no Rio de Janeiro.

O BMW Group Via Rápida é voltado para a realização de serviços rápidos de manutenção para veículos das duas marcas, feitos em até 1 hora ou 1 hora e meia incluindo lavagem, e abrange, dentre outros, serviços como substituição de óleo de motor, fluidos e filtros. O BMW Group Recepção no Veículo tem como compromisso primordial oferecer atendimento premium de pós-vendas capaz de oferecer consultoria personalizada aos clientes BMW e Mini, em um ambiente exclusivo, especialmente concebido para esta finalidade.

Além do investimento de R$ 2 milhões a ser aplicado pela montadora, cada concessionária fará aporte de R$ 500 mil para instalar os dois novos formatos em sua loja. O grupo estima que até o início de 2018 todos os cinquenta concessionários BMW e os 28 Mini estarão com os dois formatos de atendimento já em operação. As concessionárias já certificadas oferecem aos clientes, durante o tempo de espera, acesso à loja de acessórios e produtos lifestyle, serviço especializado de café e a possibilidade de realizar um test-drive.

De acordo com a BMW, o formato Via Rápida oferece vantagens como maior flexibilidade nos agendamentos de manutenção e a garantia de utilização de peças e óleos originais BMW e Mini.

No caso do Recepção no Veículo, um consultor de serviços fará um check-up do carro junto ao cliente, explicando os reparos necessários e deixando por conta do proprietário do veículo a decisão sobre o período em que eles serão realizados.

“O BMW Group Via Rápida e o BMW Group Recepção no Veículo foram desenvolvidos seguindo o padrão global de qualidade da nossa empresa. Esses novos formatos de atendimento premium no ponto de venda têm como objetivo trazer mais conveniência, comodidade, exclusividade e transparência para nossos clientes”, destacou o presidente e CEO do BMW Group Brasil, Helder Boavida.

Além da própria Autokraft, as concessionárias Autostar, de São Paulo, SP, e Eurobike, de Brasília, DF, foram certificadas para oferecer os dois atendimentos. Já as concessionárias autorizadas Caltabiano, de São Paulo, SP, e Saga, de Goiânia, GO, estão aptas a prestar assistência pelo Via Rápida. A Euro Import, de Joinville, SC, e a Sael, de João Pessoa, PB, por sua vez, foram certificadas para o formato Recepção no Veículo.

De acordo com Antonino Gomes de Sá, diretor de pós-vendas do BMW Group Brasil, o objetivo de todo este investimento é consolidar a empresa como referência em serviços de pós-vendas em seu segmento de atuação. “Queremos elevar a experiência premium dos nossos clientes a um novo patamar de excelência. “

Para obter a certificação, as concessionárias passaram por avaliações em diversos quesitos. Dentre eles, gestão de processos, infraestrutura, materiais de suporte e desempenho operacional. Os colaboradores envolvidos no projeto foram selecionados criteriosamente e submetidos a 22 dias de treinamento de processos e também comportamental, com o apoio de consultores especializados, inclusive alguns enviados pela matriz do BMW Group, na Alemanha.

Motor TSI empurra vendas do up!

Já é bem perceptível para os mais observadores, notável sobretudo nas ruas das grandes cidades: o Volkswagen up! ganhou, literalmente, fôlego extra com a chegada do motor 1.0 TSI e, de tímida presença nos negócios das concessionárias da marca, passou a compor, em boa dose, o cardápio principal de ofertas.

No mercado há cerca de um ano as versões com motor flex 1.0 TSI já respondem, sozinhas, por algo em torno de 43% das vendas do hatch compacto no mercado interno: foram perto de 8,8 mil unidades dos quase 20,3 mil up! licenciados de janeiro a junho. E empurraram também a participação do compacto nas vendas de automóveis Volkswagen no semestre – de 102 mil unidades –, que superou os 20%, dois pontos porcentuais a mais do que alcançou no ano passado.

O motor 1.0 TSI Total Flex é o primeiro bicombustível com injeção direta e turbocompressor produzido aqui. Sai da linha de São Carlos, SP, unidade que desde 2012 já recebeu perto de R$ 900 milhões para, dentre outras melhorias, contar com uma nova área de usinagem de virabrequim, fabricar a família de motores EA211, da qual faz parte a 1.0 TSI, e aumentar a capacidade produtiva dos motores EA111.

Os motores seguem de São Carlos para a fábrica de Taubaté, também no Interior paulista, onde são fabricados todas as versões do up!, modelo que já superou 170 mil unidades fabricadas desde seu lançamento no início de 2014, quando foi apresentado como o mais importante produto da montadora desde o surgimento no Gol, no começo da década de 80.

Ainda assim, o compacto ainda não traduziu esse imaginado protagonismo nas vendas até hoje. Em 2014, seu primeiro ano nas revendas, somou 58,9 mil unidades negociadas, foi o quarto Volkswagen e o 14º automóvel mais vendido no mercado interno. No ano passado foi o terceiro Volkswagen mais vendido, com 53,5 mil licenciamentos, e o 12º automóvel.

As 20,3 mil unidades do primeiro semestre o colocam apenas como o 13º automóvel mais vendido do País e, novamente, como o terceiro produto da marca, bem atrás do veteraníssimo Gol com 32,5 mil unidades, reforçado por recente face-lift, e do Fox, que ultrapassou 26,5 mil licenciamentos.

A versão mais vendida do up! TSI hoje é a move, recorda Jorge Portugal, vice-presidente de vendas e marketing da montadora. Além dele são vendidos no mercado interno o move up! TSI, high up! TSI, black up! TSI, red up! TSI, white up! TSI e cross up! TSI – todas com a tampa do porta-malas pintada na cor preta.

Todas as versões do hatch, mesmo as aspiradas, são equipadas, de série, com ar-condicionado, direção elétrica, coluna de direção ajustável, sistema de som com CD-player, leitor de MP3, entradas USB e auxiliar e conexão Bluetooth, vidros dianteiros e travas elétricos e pneus verdes.

Financiamento – Sem contar com novidades mais recentes para impulsionar suas vendas, alguns modelos Volkswagen ou suas versões específicas têm recebido ajuda mesmo é de novos mecanismos de compra. Nesta quinta-feira, 7, o Volkswagen Financial Services anunciou condições especiais de financiamento, com taxa zero, até 31 de julho, para Fox 1.0, 1.6 e CrossFox – entrada de 60% e prazo de 12 meses -, Voyage – entrada de 60% e prazo de 18 meses –, Golf Variant – entrada de 60% e prazo de 18 meses –, Jetta – entrada de 60% e prazo de 18 meses – e Amarok Ultimate – entrada de 60% e prazo de 18 meses.