Brasil repete oitava colocação do ranking global em outubro

O Brasil repetiu em outubro o fraco desempenho colhido em setembro e fechou o mês novamente na oitava colocação do ranking global de vendas de veículos leves, segundo dados da consultoria Jato Dynamics divulgados na terça-feira, 1º.

Com baixa de 36,4% no mês o resultado só foi melhor, considerando os quinze primeiros da lista, que o da Rússia, que caiu ainda mais no comparativo anual, 38,5%. De qualquer forma, com 185 mil emplacamentos, o País ficou somente dez mil unidades atrás do sétimo colocado, a França, e a vinte mil do sexto, a Grã-Bretanha.

No acumulado do ano o Brasil é o sétimo, duas posições abaixo daquela registrada há um ano, com quase 2,7 milhões de emplacamentos, queda de 23%. O sexto colocado no ano é a Índia, já mais de 500 mil unidades à frente e alta de 4%.

O ranking vê na primeira posição do ano a China, ainda que no seu caso específico considerando apenas automóveis, com 17,6 milhões de unidades, em alta de 4,5%, seguida por Estados Unidos, 14,5 milhões e crescimento de 5,8%, e Japão, 4,2 milhões e redução de 9,3%.

Por grupos de montadoras a Volkswagen liderou em outubro, mas com a maior queda do ranking, de 4,7%, para 732,6 mil, com a Toyota em segundo, com 699 mil, resultado estável, e GM em terceiro, 591 mil e alta de 5,2%. No acumulado do ano a ordem é a mesma, mas as três registram baixa próxima de 2% – a Toyota está quatrocentas mil unidades atrás da VW.

 

A3 Sedan Ambition: preço menor, potência maior

Em dezembro a rede de concessionárias Audi começará a vender a versão nacional Ambition do A3 Sedan, topo de linha na gama. Produzido em São José dos Pinhais, PR, o modelo ganhou motor 2 litros TFSI, importado, e amplo pacote de itens de série que são oferecidos apenas como opcionais nos catálogos Attraction e Ambiente, que trazem motor 1,4 litro flex.

Comparado com a antiga versão Ambition importada, equipada com motor 1,8 litro, o A3 Sedan nacional ficou mais em conta e mais potente. O motor TFSI 2 litros gera até 220cv, ante os 180cv do propulsor anterior, que custava R$ 140,2 mil – agora a versão topo de linha tem preço sugerido a partir de R$ 138 mil.

Traz, de série ar-condicionado digital, bancos em couro sintéticos com ajuste elétrico, controle de cruzeiro convencional, volantes em couro, dez alto-falantes e teto solar, dentre outros itens. De opcionais oferece um controle de cruzeiro adaptativo, com recursos extras como o assistente de manutenção de faixa, e um sistema de entretenimento que une rádio, DVD e navegação, controlado pelo toque do dedo na tela.

Poucos pormenores diferenciam a Ambition das demais versões: além do teto solar de série, friso decorativo brilhante e conjunto de farol e lanterna traseira em led – além, é claro, do motor 1 litros, mas que também alcançou nota A nas medições do Inmetro.

O A3 Sedan Ambition é oferecido nas cores azul, branco, cinza, prata, preto, vermelho e, internamente, possui opções de tonalidade escura e clara.

Toyota inaugura seu centro de distribuição no Nordeste

A Toyota inaugura na segunda-feira, 30, seu primeiro centro de distribuição na região Nordeste do Brasil, próximo à área do porto de Suape, em Cabo de Santo Agostinho, PE, a cerca de 40 quilômetros da Capital Recife. Com investimento de R$ 2,4 milhões, o complexo ocupa 23 mil m² e pode receber até 40 mil veículos por ano.

Em comunicado a montadora afirma que a unidade distribuirá veículos Corolla e Etios, produzidos no Brasil, e Hilux e SW4, fabricados na Argentina, para todos os concessionários da região Nordeste. Segundo a Toyota 20% das vendas da marca no mercado nacional são para os estados da região – de janeiro a outubro foram 30,2 mil unidades, 8,5% de participação no Nordeste.

O complexo gerará 40 postos de trabalho diretos e indiretos e reduzirá em 24% as emissões de CO2 na atmosfera, segundo cálculos da companhia – o correspondente a uma floresta de 160 mil árvores.

O centro de distribuição de Suape é o terceiro de veículos da Toyota no País: há outro em Guaíba, RS, e Vitória, ES, além do centro de distribuição de peças em Votorantim, SP.

Subaru: mais dois modelos no front.

Nem tudo é lamento no mercado automotivo brasileiro. Algumas marcas – a maioria de veículos premium –  chegarão ao  último dia de 2015 com números a comemorar. É o caso da Subaru, que já tem como certo que encerrará o ano com cerca de 1,7 mil veículos vendidos aqui, um verdadeiro salto de cerca de 60% ante o que negociou no ano passado. 

Em 2014 a marca vendeu pouco mais de 1, 1 mil veículos, e no ano anterior registrara bem menos: perto de oitocentas unidades. A evolução, em dois anos, assim, pode superar os 100%, enquanto o mercado inteiro encolheu 7,2% no ano passado e de janeiro a outubro recuou mais de 20%.

Flávio Padovan, diretor geral da Subaru no Brasil, lembra ainda que o dólar disparou em 2015, tornando os preços dos carros importados bem mais salgados.  Se o real desvalorizou e o mercado interno encolheu, qual a mágica da Subaru então? Padovan é objetivo: “Nenhuma. Abrimos mais ponto de vendas e, sobretudo, temos mais produtos para oferecer”.

É certo que os volumes negociados pelo Grupo Caoa, representante da marca, ainda são tímidos e qualquer novo produto pode alterar drasticamente o desempenho. E a Subaru apresentou neste ano três: o modelo de entrada Impreza, e os top WRX e WRX STI. Nesta segunda-feira, 30, mais dois lançamentos, os renovados Outback e Legacy, vendidos, respectivamente, por R$ 159,9 mil e R$ 152,9 mil – ambos em versão única de acabamento, com motor boxer 3,6 litros de 256 cavalos, transmissão CVT e tração integral.

E exatamente pela chegada desses dois veículos que Padovan acredita em mais um pulo em 2016. O executivo, mesmo ponderando a instabilidade cambial e a incerteza do quadro macroeconômico, fala em até 2,4 mil veículos: “É o que informamos à fábrica no Japão e esperamos cumprir”.

Além dos dois modelos, que devem responder por algo como 12% do mix de venda, a rede deve ajudar nesse objetivo aos japoneses. A rede Subaru chegará neste mês a doze casas, contra as nove que tinha em 2014. Para o ano que vem Padovan projeta a abertura de mais quatro – “e precisaremos de produtos para remunerar os investimentos nessas revendas”. E já tem a linha completa com os novos Legacy e Outback.

Novembro terá pouco mais de 190 mil emplacamentos

A um dia do fechamento das vendas de veículos o mercado brasileiro registrou pouco mais de 181 mil licenciamentos em novembro, de acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. Em média foram emplacados 9,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus por dia útil.

Essa média diária retorna ao patamar de setembro, quando os brasileiros consumiram 9,5 mil veículos por dia útil. Em outubro o índice alcançou o nível mais baixo do ano, com 9,1 mil unidades comercializadas por dia útil. Nos demais meses do ano a média oscilou de 10 mil a 11 mil unidades.

Segundo uma fonte do varejo consultada pela reportagem a expectativa dos concessionários é fechar novembro com pouco mais de 190 mil emplacamentos, somados os licenciamentos da segunda-feira, 30, último dia útil do mês. Na sexta-feira, 27, foram registrados 11 mil veículos 0k, de acordo com a fonte, que não acredita em volume superior a este no último dia pelo fato de tradicionalmente as segundas-feiras registrarem poucos emplacamentos.

Caso a projeção se confirme, novembro ficará pouco abaixo de outubro, quando 192,2 mil unidades foram comercializadas no mercado brasileiro – em 21 dias úteis, um dia útil a mais do que os vinte de novembro.

Na comparação com novembro do ano passado a retração chegaria a 36%, mas naquele mês o segmento de automóveis e comerciais leves, o de maior volume do mercado, estava sob o efeito de antecipação de compra por causa do fim da redução do IPI, que vigorou até 31 de dezembro.

Na comparação dos acumulados do ano de 2015 e 2014 o mercado chegou a uma retração de 25%. De janeiro a novembro de 2014 foram licenciados 3,1 milhões de veículos, enquanto no mesmo período deste ano o volume acumulado chegou a 2,3 milhões de unidades – a Anfavea projeta fechar o ano com retração de 27,4%.

Termina greve nas fábricas do Grupo Antolin

A greve em duas fábricas do Grupo Antolin em Caçapava, no Vale do Paraíba, Interior de São Paulo, a Intertrim e Trimtec, terminou. Os trabalhadores retornaram às suas funções na segunda-feira, 30.

Com isso deve retornar aos poucos à normalidade a produção nas duas fábricas da Toyota, Indaiatuba e Sorocaba, SP, GM em Gravataí, RS, Volkswagen em Taubaté, SP, Renault em São José dos Pinhais, PR, e Ford em São Bernardo do Campo, por falta do forro de teto da Intertrim, e Hyundai em Piracicaba, SP, sem entregas de acabamento plástico interno da coluna da Trimtec.

Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos a paralisação terminou com o aceite da empresa em pagar reajuste de 11% para salários de até R$ 2,5 mil – acima desse valor será aplicado 10,33% –, abono de R$ 1,4 mil, vale-alimentação de R$ 200, estabilidade no emprego de 100 dias e reversão de 19 demissões ocorridas durante a greve.

Pelo acordo aprovado, ainda segundo o sindicato, os trabalhadores compensarão metade dos dias parados e os salários serão pagos na íntegra. Ao todo são pouco mais de setecentos funcionários nas duas fábricas, instaladas no mesmo complexo.

O movimento envolveu uma forte disputa sindical. O Sindicato dos Metalúrgicos da região, afiliado à Conlutas, quer representar os trabalhadores, hoje alocados no Sindicato dos Têxteis local, ligado à Força Sindical – a alegação é que a empresa produz autopeças e o sindicato argumenta que a paralisação de diversas montadoras por conta da greve é prova disso. A direção da empresa já havia negociado reajuste de 10,33% com os têxteis, mas o sindicato dos metalúrgicos interveio, tentando chegar aos 11%, algo negado inicialmente pela direção da empresa e origem paralisação.

A Justiça do Trabalho da região decidiu que o caso deveria ser analisado por um colegiado, o que deverá ocorrer apenas na segunda semana da dezembro – e daí temor das fabricantes de veículos que o movimento se estendesse até lá.

Durante a paralisação houve troca de acusações: a empresa alegava que os metalúrgicos estavam acampados em local privado e que impediam a entrada daqueles que queriam trabalhar. A Antolin chegou a utilizar pessoal da área administrativa para rodar a produção em 30%, mas a prática foi cancelada a pedido do Ministério do Trabalho. Já o Sindicato afirma que um grupo de pessoas ligado à Força Sindical tentou agredir os funcionários, obrigando-os a voltar ao trabalho.

 

Executivos do setor automotivo são indiciados na Operação Zelotes

Três executivos do setor automotivo foram indicados pela Polícia Federal como consequência de um desdobramento das investigações da chamada Operação Zelotes, que inicialmente apurava denúncias de favorecimento em decisões do Carf, espécie de tribunal da Receita Federal, e desencadeou na acusação de compra de reedição de Medida Provisória que manteve benefícios fiscais para montadoras instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

 São eles Paulo Ferraz e Eduardo Souza Ramos, da MMC, representante da Mitsubishi no País, e Carlos Alberto Oliveira Andrade, dono do Grupo Caoa.

O vice-presidente da Anfavea Mauro Marcondes Machado e sua esposa Cristina também foram indicados – ambos estão presos preventivamente desde o fim do mês passado. Ao todo a lista tem 19 nomes.

De acordo com comunicado da Polícia Federal, “foi concluído o primeiro inquérito policial referente à quarta fase da Operação Zelotes, que apontou uma negociação de incentivos fiscais a favor de empresas do setor automobilístico. O relatório apresenta indícios contundentes da prática de crimes cometidos por empresários, lobistas e servidores públicos. Foram indiciadas 19 pessoas pelos seguintes crimes: extorsão, associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A conclusão do inquérito, neste momento, ocorreu diante da existência de réus presos. Diante da necessidade de prosseguimento das investigações, serão instaurados novos inquéritos policiais”.

O indiciamento não significa que os investigados são necessariamente culpados, mas sim que há indícios de crimes que, agora, serão apurados pela justiça. O caso foi encaminhado ao MPF, o Ministério Público Federal, em Brasília, DF, que decidirá se cabe apresentar denúncia ao Judiciário.

O indiciamento de Paulo Ferraz e de Mauro Marcondes Machado foi solicitado ainda pelo relatório final da CPI do Carf instalada no Senado, apresentado na quinta-feira, 26 e que apurava o mesmo caso. Segundo a Agência Senado a relatora Vanessa Grazziotin, senadora pelo Amazonas, considera que “o caso Mitsubishi é o mais representativo das fraudes” – a fabricante teria sido favorecida em julgamento que reduziu dívida com o Fisco de R$ 266 milhões para R$ 960 mil.

“A Mitsubishi Motors Corporation ter-se-ia favorecido do tráfico de influência exercido pelas empresas de consultoria e advocacia que, comumente, eram contratadas pelos devedores. Esses escritórios são compostos, em regra, por conselheiros do Carf ou por lobistas com forte influência dentro do Conselho”, afirma o relatório.

Procon suspende vendas da Fiat Ducato em Minas Gerais

A Fiat não pode mais vender a Ducato em Minas Gerais desde a quinta-feira, 26. Um processo administrativo instaurado pelo Procon local instaurou medida cautelar que suspendeu as vendas do modelo – que, de acordo com o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Amauri Artimos da Matta, “possui evidências de vício de qualidade”.

Em comunicado, o Procon-MG, citando a decisão do juiz, afirma que as Ducato foram colocadas no mercado com falta de permeabilidade do cabeçote do motor. Essa, porém, seria apenas uma das evidências que motivaram a decisão: há ainda o não atendimento de diversos clientes para substituição gratuita do cabeçote na rede de concessionários, com o argumento de que a garantia de 1 ano havia se encerrado.

Já a terceira razão, segundo a Procon, foi a não comunicação da Fiat aos consumidores sobre os problemas do comercial leve e a não convocação deles às concessionárias para avaliar a peça e, caso comprovada a falta de estanqueidade do cabeçote do motor, a realização da troca da peça sem ônus ao cliente.

“Essas práticas são abusivas e devem ser coibidas pelo Procon estadual para proteger de forma efetiva os usuários do produto, como exige o Código de Defesa do Consumidor”.

A suspensão das vendas vigorará até que a Fiat divulgue em seu site um plano de ação para elucidar os fatos que estão ocorrendo com a Ducato, com a convocação do cliente à concessionária para inspeção do cabeçote do motor e, caso necessário, a substituição da peça, em garantia.

Em outras palavras: o Procon-MG quer que a Fiat convoque um recall do modelo. No comunicado o órgão explicou que o caso está sendo investigado há mais de um ano e a Fiat recusou um TAC, Termo de Ajustamento de Conduta, proposto pelo Ministério Público. Uma nova audiência foi marcada para fevereiro de 2016.

Procurada, porta-voz da Fiat disse que a empresa foi informada sobre a decisão do Procon na noite de quinta-feira, 26, e o departamento jurídico estava analisando o caso.

Matta, o promotor do caso, pediu aos usuários da Ducato que, caso detectem perda de água do radiador, fumaça branca no escapamento, tampa do óleo do motor esbranquiçada, superaquecimento do motor ou dificuldade ou impossibilidade de ligar o veiculo, que procurem uma concessionária Fiat e peça a substituição gratuita da peça.

Renegade e HR-V estão no top-10 das vendas em novembro

Duas das maiores novidades do ano deverão estar no top-10 das vendas em novembro, comprovando um novo perfil de mercado neste ano de retração dos índices gerais: Jeep Renegade e Honda HR-V estão no ranking dos preferidos pelos consumidores neste mês, mesmo com tabela de preços abrindo na faixa de R$ 70 mil.

De acordo com dados preliminares do Renavam publicados pela Fenabrave o Jeep é o oitavo e o HR-V o décimo, ambos na faixa de 5,3 mil licenciamentos registrados até a quinta-feira, 26 – faltando assim apenas dois dias úteis para o fechamento definitivo do período, a sexta, 27, e a segunda-feira, 30.  Os separa o Renault Sandero, com volume bem próximo, em nono.

Os dois SUVs compactos acabaram por derrubar da lista dos dez primeiros outro modelo da mesma faixa elevada de preço, o Toyota Corolla, mas por muito pouco: é o décimo-primeiro, com 5,1 mil.

O líder do período é o Chevrolet Onix, que conseguiu em meados do mês ultrapassar o Fiat Palio no acumulado do ano, assumindo a liderança também do ano e com enormes chances de ser o campeão de 2015. O Chevrolet tem 10,5 mil unidades licenciadas, seguido pelo Hyundai HB20 em uma sólida segunda colocação, com 9,7 mil. Assim restou ao Palio apenas o terceiro posto, com 8,2 mil.

Completam os cinco primeiros até a quinta-feira, 26, o Ford Ka, em um bom mês e o quarto posto, com 6,5 mil, e o Chevrolet Prisma, com 5,8 mil.

Formam ainda o top-10 temporário do mercado interno nacional a Fiat Strada em sexto, com 5,6 mil, VW Gol em sétimo, com 5,5 mil, além dos já citados Renegade, Sandero e HR-V, pela ordem.

Índice de inadimplência mantém os 4% em outubro

Os atrasos nos pagamentos de financiamentos de veículos mantiveram em outubro o nível de 4% registrado um mês antes, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central do Brasil na sexta-feira, 27. Foi o segundo mês em que a inadimplência manteve esse patamar, após nove meses consecutivos estacionada em 3,9%.

Comparado com outubro do ano passado, quando o índice registrou 4,2%, houve recuo de 0,2 ponto porcentual.

De acordo com o BC a inadimplência geral fechou outubro em 3,2%, com elevação de 0,1 ponto porcentual com relação a setembro e de 0,2 ponto porcentual na comparação com o mesmo mês do ano passado. À Agência Brasil o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, afirmou que a expectativa da instituição é de aumento na inadimplência, por causa da retração da economia, aumento do desemprego e redução da renda.

“É esperado algum crescimento da inadimplência de acordo com o ciclo econômico”, disse à Agência Brasil, acrescentando que a greve dos bancários em outubro também influenciou os dados da inadimplência, pois os clientes tiveram mais dificuldades para renegociar dívidas durante a paralisação.

No crédito às famílias a inadimplência subiu para 4,1%, um aumento de 0,2 ponto porcentual com relação a um mês antes, enquanto no crédito às empresas houve incremento de 0,1 ponto porcentual, para 2,5%.