Metade da produção atual da Scania em São Bernardo do Campo, SP, está sendo exportada. Segundo o presidente da Scania na América Latina, Per Olov Svedlund, houve um aumento do índice de remessa ao Exterior para compensar a queda do mercado brasileiro neste ano.
O executivo não revelou o volume de exportação registrado na unidade brasileira anteriormente, mas assegurou que o número foi revisto para cima neste ano. “Como a linha de produtos da companhia é global, torna-se possível adequar as demandas aos mercados.”
Svedlund afirmou que os produtos nacionais estão abastecendo países na África, Oriente Médio e Ásia, mercados que normalmente são atendidos pela Europa. “Como a demanda da Europa está muito alta passamos a exportar a partir do Brasil. Assim compensamos o mercado local e ainda aliviamos a capacidade europeia.”
A unidade brasileira também é responsável por abastecer clientes da América Latina. Há ainda negócios de exportação dentro do próprio Grupo, como partes de motor enviadas do Brasil para a matriz sueca.
Svedlund preferiu não revelar perspectivas de vendas para a Scania no País em 2015, mas considerou que “a situação está difícil para todas as montadoras”. E acrescentou: “Não vejo nada que poderia mudar o cenário do País no curto prazo”.
Laboratório – Na sexta-feira, 10, a Scania inaugura laboratório de pesquisa no Parque Tecnológico de Sorocaba, SP, em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, a Poli-USP.
O investimento no projeto é de R$ 6 milhões – maior aporte da montadora em iniciativas de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil. Desde 2013 a Scania e a universidade mantém um convênio de cooperação tecnológica.
O projeto visa estudar o comportamento do fluxo de ar dentro dos motores a diesel. Segundo Svedlund essa investigação poderá contribuir para melhorar o desempenho dos motores, bem como o consumo e consequente redução de emissão de gases poluentes.
Ao todo 21 profissionais participam do projeto, sendo doze da Scania e nove da universidade – professores e mestrandos. Os profissionais da montadora também ingressaram no Mestrado Profissional em Engenharia Automotiva, ministrado pela Poli-USP.
“Houve uma seleção na Scania para eleger essa equipe e apostamos muito na formação e na contribuição desses profissionais.”
Marcelo Massarani, do Centro de Engenharia Automotiva da Poli-USP, é o responsável pela coordenação da iniciativa e tem até dezembro de 2016 para apresentar resultados para a montadora. “Estamos trabalhando em sintonia com a Suécia. Eles já nos visitaram para saber sobre a pesquisa e em outubro deste ano iremos até lá para compartilhar experiências.”
O conhecimento gerado a partir dessa pesquisa será patenteado e também será aplicado no desenvolvimento de um software para previsão e controle do comportamento do fluxo de ar no motor. Futuramente a ferramenta poderá ser utilizada no processo de manufatura de cabeçotes de motores da Scania no mundo todo.
O projeto, já em seu terceiro ano, rendeu resultados que necessitavam de testes práticos – daí a necessidade de um espaço físico para os pesquisadores. O laboratório contará com equipamentos construídos exclusivamente, como máquina de ensaio de fluxo de ar nos cabeçotes e sensores que não existiam no mercado, dadas as especificidades da pesquisa.



Agora é oficial: de acordo com as novas projeções da Anfavea, as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vão registrar queda neste ano. Queda considerável. Na casa dos dois dígitos. E a produção vai desabar junto, levando consigo alguns milhares de empregos ao longo de toda a cadeira automotiva.
Exceções ficam para o teto solar, disponível somente a partir da versão Griffe 1.6 manual, a R$ 71,3 mil, e o denominado Grip Control, presente apenas no topo da gama, a R$ 79,6 mil – o equipamento, espécie de controle de tração mais sofisticado, permite ao motorista selecionar modos de condução de acordo com as condições de aderência do piso como lama, areia, e pista molhada. O dispositivo entra em ação automaticamente a partir de 50 km/h e abaixo disso pode ser desligado.