São Paulo – Durante a premiação global de fornecedores da Stellantis a Vetore, fabricante de componentes de powertrain de Quatro Barras, PR, foi reconhecida como vencedora da quinta edição do Fornecedor do Ano América do Sul. Também disputaram o prêmio a Borealis, fabricante de componentes plásticos de Itatiba, SP, e a Sila, fornecedora de componentes de acelerador e freio sediada em Betim, MG.
O anúncio foi feito pela vice-presidente sênior de compras da Stellantis para a América do Sul, Dulcineia Brant, que ressaltou a importância da cadeia de fornecimento instalada na região:
“A América do Sul desempenha um papel vital na construção de muitos dos nossos veículos e marcas. Hoje celebramos um fornecedor que realmente fez a diferença. Parabéns à Vetore pelo reconhecimento e pela parceria contínua em prol da excelência. O seu desempenho reflete a força e a competência da nossa base local de parceiros, que contribuem de forma decisiva para o sucesso da Stellantis na região e no mundo”.
A Vetore foi reconhecida pelo seu modelo de atuação local-local, que trouxe ganhos relevantes para a operação da Stellantis na América do Sul, com desenvolvimentos importantes que apoiaram a expansão da capacidade produtiva e também por investimentos em automação, tecnologia e qualidade.
Os fornecedores indicados foram selecionados por um grupo global e multidisciplinar da companhia, que usou como base critérios como desempenho, inovação e alinhamento aos valores corporativos e da rede global de fornecimento.
São Paulo – A Honeywell apresentou tecnologia que transforma resíduos agrícolas e florestais em combustíveis renováveis. A Biocrude Upgrading converte os resíduos em combustível marítimo de baixo carbono, gasolina e SAF, combustível sustentável de aviação, e pode ajudar a descarbonização em setores que têm dificuldades para avançar, como o marítimo.
Segundo a companhia os resíduos usados são encontrados em abundância no mundo e podem ser convertidos em uma massa de baixa carbono no mesmo local onde são encontrados, para depois serem refinados em instalações maiores, o que ajuda a reduzir os custos.
A nova tecnologia da Honeywell será ofertada à indústria marítima, que busca por combustíveis renováveis que tenham desempenho similar ao dos combustíveis convencionais, mas também pode atender outros segmentos. De acordo com a empresa o novo combustível tem alta densidade energética e pode criar autonomia maior para as embarcações sem exigir modificações caras nos motores.
São Paulo – Estreante no mercado brasileiro, com os primeiros modelos vendidos em abril, a Omoda Jaecoo alcançou vendas próximas a 5 mil unidades em poucos meses com apenas dois modelos em seu portfólio, o elétrico Omoda E5 e o PHEV Jaecoo 7. A velocidade do crescimento, entretanto, ainda não é aquela esperada pelos seus diretores, que dobraram a aposta: dois novos modelos começam a chegar às cinquenta concessionárias – outras 47 já foram nomeadas e estão em obras –, o Omoda 5 HEV e o Omoda 7 SHS, híbrido plug-in.
Além de preços mais atrativos que, naturalmente, fazem esperar por volumes mais robustos, os dois eletrificados chegam acompanhados de pesada campanha de marketing estrelada por Bruna Marquezine, que recebeu alguns milhões de reais para tornar-se embaixadora da marca. A expectativa é, portanto, de colocar a O&J na cabeça do brasileiro com a velha receita de investimento pesado em marketing apoiado por celebridades.
Segundo Peng Hu, responsável pela marca no Brasil, o objetivo é alcançar venda mensal de 2,5 mil unidades por mês com a chegada dos dois modelos ao portfólio. Assim a empresa deverá fechar o ano com cerca de 10 mil emplacamentos. Para 2026 a meta é 50 mil.
Omoda 5 HEV
O híbrido Omoda 5 faz o papel de carro de entrada da empresa no mercado. Com preço inicial de R$ 159 mil 990, na versão Luxury, tende a brigar com SUVs a combustão de marcas consagradas e até elétricos, caso do Chevrolet Spark. Traz motor 1.5 TGDI que, aliado ao elétrico de 150 kW, gera 224 cv. A autonomia prometida pela marca supera os 1 mil quilômetros com apenas um tanque de gasolina, porque o elétrico trabalha na maior parte do tempo.
Por dentro o minimalismo do produto chinês traz a incômoda ausência de botões e enormes telas, uma em frente ao motorista e outra central, que somam quase 25 polegadas. Todas as funções são acessadas ou pelo quadro de instrumentos ou pela central multimídia.
Também comum dentre os chineses o SUV oferece catorze sistemas ADAS, como controle de cruzeiro adaptativo em todas as velocidades, frenagem automática de emergência e monitor de ponto cego.
Omoda 7 PHEV
O sistema híbrido plug-in foi batizado de SHS pela O&J, ou Super Hybrid System. Combina o motor 1.5 com um elétrico que alcançam 279 cv combinados e alta eficiência – em testes da empresa o SUV rodou mais de 1,4 mil quilômetros com um tanque de gasolina.
Um dos diferenciais do Omoda 7 é a enorme tela flutuante, que pode ser colocada no centro do painel ou do lado do passageiro, sendo movimentada por um trilho. São 15,6 polegadas. O quadro de instrumentos, de 9 polegadas, fornece as informações ao motorista.
Versões e preços
Omoda 5 HEV Versão Luxury: R$ 159 mil 990 Versão Prestige: R$ 184 mil 990
Omoda 7 SHS Versão Luxury: R$ 254 mil 990 Versão Prestige: R$ 279 mil 990
“Não precisamos importar da Holanda. A Nexperia China já enviava para as unidades da Bosch, ZF, Mahle e Marelli aqui no Brasil, não diretamente para as montadoras”, lembrou Calvet. “Este é um chip simples, não é um de cinco ou três nanômetros. Por exemplo, uma placa da Bosch usada no motor flex usa duzentos chips, dezoito dos quais são da Nexperia. Só que faltar um deles já segura a produção.”
Otimista, Calvet disse que o embaixador pretende dar boas notícias o quanto antes: “Estou esperando retorno dele ainda hoje [quinta-feira, 30]. Estamos em contato”.
Segundo o presidente da Anfavea, todas as montadoras serão afetadas, o que mudará é o prazo. Se o imbróglio não for solucionado algumas deverão sentir os efeitos em três semanas, outras em quatro, cinco ou seis semanas. “É questão de tempo.”
Existem outros quatro ou cinco fornecedores deste tipo de chip ao redor do mundo, mas o maior problema é a certificação deste semicondutor para entrar no computador embarcado no carro:
“Imagine se acontece algum acidente com o veículo que usou este chip, a montadora terá de se responsabilizar. E este é um impasse que não é resolvido em duas ou três semanas. Por isso, o restabelecimento do produto já homologado precisa ser rápido”.
Em paralelo à negociação por solução para restabelecer o fluxo de fornecimento, as empresas já começaram a conversar com outros fabricantes, como um plano B. “Mas o plano A é retomar o fluxo imediatamente”, assinalou. “Estou muito otimista. Eu não posso não estar otimista. Até porque esta não é igual à crise da pandemia, quando não tinha oferta. Agora tem. É uma questão geopolítica e de curto prazo.”
“Supondo que a lei comece a vigorar agora, deverá demorar pelo menos uns quatro anos para que tenha início a fabricação de chips, e nem sabemos se serão priorizados os semicondutores para o setor automotivo. Este chip que corre o risco de faltar, por exemplo, não tem tecnologia ultramoderna, então também não sabemos se o investidor se habilitaria a produzi-lo.”
Outra saída que tem sido adotada temporariamente é a compra em mercado paralelo, em que Calvet sustentou que o maior problema nem é a questão do preço, que diante da lei da oferta e procura tende a ser valorada, mas a limitação das unidades em estoque. É, portanto, algo paliativo.
São Paulo – Setembro foi o melhor mês do ano para a venda de veículos leves no Chile, com 31,9 mil unidades, de acordo com dados divulgados pela Anac, entidade que representa o setor automotivo no país. Na comparação com setembro do ano passado houve crescimento de 23,7% e sobre agosto a alta foi de 16%.
Com estes resultados as vendas de veículos leves chegaram a 231,9 mil unidades de janeiro a setembro, volume 4,6% superior ao de iguais meses do ano passado.
No ano a Toyota lidera o mercado com 18,4 mil vendas, seguida pela Suzuki, 17,3 mil. Em terceiro lugar ficou a Hyundai, 15,6 mil.
Pesados
O segmento de caminhões também registrou em setembro o seu melhor resultado do ano, com 1 mil 263 unidades vendidas, volume 11,1% maior do que o de idêntico período do ano passado e 54,6% acima do registrado em agosto. Desta forma o acumulado em nove meses chegou a 9,1 mil caminhões, expansão de 6,4% na comparação com iguais meses de 2024.
O mesmo aconteceu no mercado de ônibus, que bateu o recorde de vendas do ano em setembro, com 709 unidades, expansão de 267,4% na comparação com o mesmo mês de 2024 e de 75,1% com relação a agosto. O acumulado do ano somou 2,8 mil vendas, incremento de 107,6% sobre os mesmos meses do ano passado.
São Paulo – As vendas de vans somaram 1 milhão 74 mil unidades na Europa de janeiro a setembro, queda de 8,2% na comparação com igual período do ano passado, de acordo com os dados da Acea, entidade que representa o setor automotivo na região. A retração foi puxada pelos principais mercados, que registraram as seguintes quedas: França 8,3%, Itália 6,1% e Alemanha 6%. Na Espanha as vendas aumentaram 13,3%.
A demanda por caminhões chegou a 225,5 mil unidades, volume 9,8% menor do que o comercializado nos primeiros nove meses do ano passado. O resultado negativo foi puxado pelo mau desempenho de alguns segmentos, como o dos caminhões pesados, que caiu 9%, e dos médios, que recuou 13,5%.
Todos os principais mercados apresentaram queda de janeiro a setembro, com os maiores recuos registrados na Alemanha, 17,9%, e na França, 13,4%.
O segmento de ônibus foi o único que registrou crescimento das vendas até setembro, revertendo o resultado do primeiro semestre, com expansão de 3,6% sobre igual período do ano passado, somando 28,4 mil unidades comercializadas.
O avanço foi puxado por Polônia e Alemanha, onde as vendas cresceram 16,9% e 12,8%, respectivamente, enquanto Itália, Espanha e França registraram retrações de 16,9%, 11,3% e 4,5%, respectivamente.
São Paulo – A GAC anunciou a BeGreen como sua parceira para instalação de carregadores domésticos para veículos eletrificados. A empresa nacional será responsável pelo monitoramento em tempo real dos equipamentos instalados, assim como pela manutenção e pela assistência técnica.
Quem compra um modelo da GAC no Brasil recebe de graça o wallbox para instalar em sua casa pela BeGreen.
São Paulo – Algumas opções estão em análise pela diretoria da Omoda Jaecoo para iniciar sua produção local de veículos. Desde construir uma fábrica do zero, algo que demoraria de dois a três anos, até fazer a operação dentro de um parceiro. Nada está descartado e nem confirmado, segundo o CEO Shawn Xu, que também é vice-presidente da Chery International, em conversa com jornalistas brasileiros na apresentação dos Omoda 5 híbrido e Omoda 7 híbrido plug-in.
Ele evitou enumerá-las e deixou em aberto diversas possibilidades, incluindo a compra de fábricas desativadas e a montagem provisória dos veículos em um parceiro em paralelo à construção de uma nova unidade. Pode, e deve, começar com uma operação CKD ou SKD, mas a intenção é desenvolver um parque de fornecedores brasileiros, garantiu Xu, que procurou deixar claro, afirmando por mais de uma vez:
“Com os nossos planos para o Brasil ter produção local é necessário”. E deu um prazo: “Queremos iniciar até a metade do ano que vem”.
A Omoda Jaecoo cresce de maneira acelerada no mercado. De abril até o fechamento de outubro foram quase 5 mil unidades comercializadas de apenas dois modelos, o Omoda E5, elétrico, e o Jaecoo 7 PHEV. Na noite da quarta-feira, 29, foram oficialmente lançados os dois Omoda, 5 e 7, dobrando o portfólio – e com preços mais acessíveis: o 5 parte de R$ 160 mil e o 7 de R$ 255 mil.
Com o aumento da gama a meta é vender 2,5 mil unidades nos últimos dois meses do ano, fechando 2025 com volume próximo das 10 mil unidades. Para 2026, segundo Peng Hu, responsável geral pelas operações brasileiras, o objetivo é alcançar 50 mil unidades comercializadas: “Teremos três novidades, o portfólio crescerá. Temos um sistema híbrido flex em desenvolvimento”.
O plano é que o flex esteja no mercado no segundo semestre de 2026 – quem sabe junto com a produção local. A Omoda Jaecoo terá também modelos movidos a motor a combustão interna à venda: “Entendemos que no Brasil os motores a combustão terão vida longa”.
O objetivo, segundo Xu, é que a Omoda Jaecoo esteja no Top 10 do mercado brasileiro em três anos. E reforça: “Não entraremos e sairemos do País. Nosso objetivo no Brasil é de longo prazo. Por esta razão é mandatório ter uma fábrica aqui”.
São Paulo – A Ford adicionou US$ 170 milhões ao seu ciclo de investimento na Argentina para produzir uma versão híbrida plug-in da picape Ranger na sua fábrica de Pacheco. Será o primeiro veículo eletrificado produzido pela empresa na América do Sul. A previsão é que comece a sair das linhas em 2027.
O ciclo total de investimentos, que inclui o lançamento da nova geração da picape, uma nova fábrica de motores e a introdução de versões com cabine simples, chega a US$ 870 milhões. Foi o CEO Jim Farley, em visita à Argentina, quem fez o anúncio.
Segundo o presidente da Ford América do Sul, Martín Galdeano, o novo investimento consolida a fábrica como centro regional de produção de picapes: “Ela faz parte da nossa estratégia de dar poder de escolha aos clientes, com liberdade de optar pelo tipo de propulsão que melhor se adapta às suas preferências”.
São Paulo – A fábrica de turbocompressores da BorgWarner em Itatiba, SP, segue avançando na meta de, anualmente, elevar o porcentual de mulheres em suas linhas, em busca de equidade de gênero e maior equilíbrio no quadro de funcionários. A companhia emprega, no Brasil, em torno de setecentos profissionais, sendo 90% nesta unidade, que completou cinco décadas em 2025, e 10% em Piracicaba, SP, onde são fabricadas baterias para veículos pesados há três anos.
Dos 630 funcionários de Itatiba, 33% ou 208, são do gênero feminino. Em 2022 representavam 21,8%.
Melissa Mattedi contou, em encontro que reuniu jornalistas mulheres do setor automotivo no MASP, Museu de Arte de São Paulo, na terça-feira, 29, que globalmente o índice de mulheres na BorgWarner é de 35%: “Para mim este é o porcentual mínimo. A ideia é seguir ampliando, em busca de maior equidade”.
Na liderança sênior Mattedi disse que o indicador é mantido, com 33%, alcançando quatro de doze profissionais — além dela as gerentes de finanças, que a substituiu quando tornou-se diretora geral, dois anos atrás, de RH e de compras. Em um segundo nível de chefia, de coordenação e supervisão, são seis mulheres no meio de 21, ou seja, 28,5%.
No chão de fábrica o porcentual é o mesmo, 33%, com maior presença feminina na montagem de turbos de carros de passeio, como encarregadas de linha e facilitadoras, por exemplo.
“Percebemos que as mulheres têm desempenho muito bom e começamos a abrir mais espaço para elas. Característica muito importante e comum às funcionárias é que elas demonstram maior compromisso, cuidado e capricho com o serviço, com menor absenteísmo e maior responsabilidade.”
Melissa Mattedi, diretora geral da fábrica de turbocompressores da BorgWarner em Itatiba, SP, afirma que porcentual de 35% de mulheres é o mínimo. Foto: Divulgação.
Segundo Mattedi a ideia é equilibrar o ambiente de trabalho, compartilhando as boas práticas e inspirando os demais profissionais: “Hoje temos muitas treinadoras mulheres. A empresa começou a perceber que, ao recrutá-las e treiná-las, dá muito certo”.
Mattedi compartilhou fato curioso de melhoria no dia a dia inspirada por profissionais do sexo feminino. Como os operários têm o costume de dormir após o almoço as mulheres não queriam deitar-se no chão, como fazem costumeiramente os homens, e pleitearam a instalação de pufes no vestiário feminino. Eles gostaram da ideia e conquistaram o benefício também.
Outro caso é a possibilidade de, a partir de agora, os funcionários da linha usarem bermudas em dias muito quentes, o que até pouco tempo atrás era proibido: “Nossos clientes liberam o uso de bermudas nas fábricas, então começamos a questionar: por que nós não? Agora é possível. Aos poucos promovemos melhorias e mais equilíbrio no ambiente de trabalho”.