São Paulo – De janeiro a setembro foram financiados 5 milhões 321 mil veículos, novos e usados, considerando automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas. O volume, que supera em 0,6% o total vendido a prazo no mesmo período do ano passado, 5 milhões 290 mil, é o maior desde 2011.
Foi o que informou a B3, que opera o SNG, Sistema Nacional de Gravames, base privada que reúne o cadastro de restrições financeiras de veículos dados como garantia.
Segundo Daniel Takatohi, superintendente de produtos de financiamentos na B3, o resultado histórico indica um crescimento consistente: “Este é o terceiro aumento consecutivo no acumulado de janeiro a setembro, o que reforça que a demanda por financiamento de veículos permanece forte este ano, mesmo diante das adversidades macroeconômicas.”
Os veículos seminovos lideram o volume de veículos financiados, com 3,4 milhões de unidades nos nove meses, enquanto os modelos novos somam 1,9 milhão.
Somente em setembro foram comercializados a prazo 653 mil veículos, 8,6% acima do mesmo mês em 2024 e 4,9% superior a agosto, sendo 406 mil usados e 247 mil novos. O CDC foi a principal modalidade adotada, respondendo por 85,2% das vendas, acréscimo de 6,2% com relação a setembro do ano passado.
De acordo com a B3 a taxa média de juros para pessoa física passou de 25,7% ao ano em agosto de 2024 para 27,3% ao ano no oitavo mês deste ano. Para pessoa jurídica aumentou de 16,8% ao ano para 18,7% ao ano no mesmo período.
Quanto à inadimplência acima de noventa dias cresceu de 4,5% para 5,3% no caso de pessoa física e de 2,4% para 3,5% para pessoa jurídica neste mesmo comparativo.
São Paulo – Desde o fim de julho dois caminhões elétricos eActros 400 estão sendo utilizados na logística interna da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, SP. Os veículos estão a serviço da operação de transporte de materiais para as áreas de produção de motores e eixos.
Os dois eActros 400, primeira geração, são seminovos e foram cedidos por empréstimo pela Daimler Truck, que os utilizava na logística de suprimentos em sua fábrica de Wörth, Alemanha.
Com o uso dos dois caminhões a bateria a fábrica do ABC Paulista deixará de emitir, por ano, em torno de 17 toneladas de CO2e na atmosfera. As rotas escolhidas demandam, em conjunto, volume mensal de seiscentas viagens, o que significa uma média de trinta por dia útil em dois turnos.
Camaçari, BA – Com a presença de Wang Chuanfu, fundador e presidente executivo da BYD, do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e sua enorme comitiva composta por ministros, senadores e deputados, a empresa deu início oficial à produção no Brasil. Não se tratou, no entanto, de uma cerimônia tradicional, com visita à linha de produção para conhecer as etapas de montagem dos kits SKD de modelos chineses agora nacionalizados.
Todos os convidados, confinados em um canto do enorme galpão que abriga a produção da BYD brasileira, foram informados de que, além do pontapé inicial na produção, um inédito Song Pro híbrido plug-in flex, desenvolvido ao longo dos últimos dois anos, começa a ser montado em Camaçari. E não é só isso: políticos e executivos da BYD celebraram que a atual capacidade da fábrica recém-inaugurada passará das atuais 150 mil unidades ao ano para 600 mil veículos anuais, quando todo o complexo estiver pronto. O valor investido na ampliação e o prazo não foram mencionados.
“A BYD quer vender na América do Sul, na América Latina, em outros países. Queremos que daqui do Brasil comecem a vender carro para o mundo todo. E mostrar o que é que a Bahia tem!”, afirmou o presidente da República.
A reportagem não teve contato com absolutamente ninguém da direção da BYD para confirmar estas informações mas, por meio de comunicado, e dos discursos que exaltaram o início da operação brasileira, estas novidades foram apresentadas.
Stella Li, vice-presidente executiva global e CEO para Américas e Europa, disse que um grande grupo de funcionários brasileiros foi à China receber treinamento para se tornarem os “líderes de produção de todas as tecnologias que serão produzidas aqui”.
A BYD informou em comunicado que a fábrica já tem mais 1,5 mil colaboradores.
Tecnologia flex inédita
A BYD produziu a primeira versão híbrido flex no Brasil numa série de trinta unidades que serão utilizadas durante a COP30, em novembro em Belém, PA. De acordo com Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil, “foram R$ 80 milhões no desenvolvimento da exclusiva tecnologia híbrido flex plug in”.
O Song Pro conta com a tecnologia DM-i da BYD, que garante tração 100% elétrica e usa o motor 1.5 litro majoritariamente como um gerador de energia para a bateria, mesmo durante o deslocamento no modo híbrido.
Fotos: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Chuanfu contou que em uma de suas visitas ao País conheceu a produção de cana-de-açúcar e viu potencial no etanol, um combustível de baixa emissão de CO2.
“A partir desta visita dei a missão aos nossos engenheiros para criar um propulsor híbrido flex. Foram dois anos de esforço para o desenvolvimento, que envolveu cem engenheiros, até o modelo que está aqui hoje.”
O presidente Lula exaltou a retomada da produção automotiva no Estado da Bahia, um importante polo industrial do País, com mão de obra especializada e muita disposição para contribuir e elevar o padrão da indústria nacional: “A vinda da BYD para a Bahia é muito importante pra mim. Eu sei o que é ficar desempregado, fiquei um ano e meio nessa situação. O trabalho traz de volta a dignidade. Essa fabrica representa a retomada da dignidade do trabalhador de Camaçari”.
Além da versão especial Song Pro híbrido plug in flex a nova fábrica já monta os modelos Dolphin Mini e o sedã King.
São Paulo – De janeiro a setembro foram emplacadas 94,2 mil motocicletas Shineray no mercado brasileiro, volume que chama atenção não só pelo crescimento de 80% sobre o mesmo período do ano passado como, também, pelo fato de a marca ocupar a terceira posição do ranking, superada apenas por Honda e Yamaha.
São resultados que impressionam e mantêm especialistas à espera de mais crescimento nos próximos anos. A empresa, com sede em Pernambuco, com operação no Porto de Suape, executa plano de expansão de sua rede: só neste ano duzentas lojas foram inauguradas. Para o ano que vem a meta é quase dobrar de tamanho, ampliando o alcance para as regiões Sul e Sudeste, onde ainda não está tão presente – seu forte, por enquanto, é o Norte e o Nordeste.
Wendel Lazko, gerente geral de negócios da Shineray do Brasil conversou com o Agência AD Entrevista sobre o planejamento de expansão e os planos para o portfólio. Acompanhe os principais trechos:
Wendel Lazko
A Shineray está em processo de expansão da sua rede. Até agosto quase duzentas novas lojas foram inauguradas. Por que este processo tão acelerado?
Não diria que o processo está acelerado: ele foi bem estruturado para chegar ao patamar de hoje. A expansão da rede Shineray começou aproximadamente dois anos atrás, com uma reestruturação. Nosso objetivo era que o cliente pudesse ter a segurança de comprar o seu produto e também todo um atendimento pós-venda nas lojas. E agora acabou conciliando, grandes investidores procuram a marca para fazer parte da rede, e muitos deles são do segmento, já têm a expertise de como montar uma loja. Isto acaba potencializando e fazendo com que o processo dê uma falsa impressão de que está acelerado, mas não: ele veio gradativamente nessa crescente e agora acabou ganhando mais destaque por ter estas pessoas com expertise, de estarem já dentro do negócio. Nós recebemos por dia mais de cem solicitações de abertura de loja. Aí fazemos análise do perfil de quem está querendo investir, do perfil da região, do potencial que ela tem… de uma forma muito criteriosa. Se fosse realmente de uma forma acelerada, estaríamos com quase o dobro de revendas abertas em território nacional.
Qual é a meta de revendas para 2025? E para 2026?
Para o fim deste ano colocamos a meta de chegar a cerca de quatrocentas revendas. Estamos com 330, 340 revendas padronizadas e muitos projetos, mais de 150 lojas em vias de serem inauguradas. Então é possível atingir esta meta para o ano. E todas as lojas com estrutura de vendas, pós-vendas e estoque de peças, não temos ainda apenas pontos de venda, como outras marcas. Para 2026 a meta é chegar a em torno de seiscentas a setecentas revendas, já começando a abrir pontos de vendas.
A maior parte das novas lojas está nas regiões Norte e Nordeste. Por que o foco nelas?
Como a Shineray é originária da Região Nordeste acabou impulsionando. Quando veio o processo de reestruturação elas acabaram entrando primeiro, tanto para quem já estava como para os novos. Então demos um pouco mais de foco para onde a marca nasceu. Mas estamos visando aos principais mercados, que são Sul e Sudeste. Se tudo der certo abriremos setenta revendas nas duas regiões até o fim do ano.
Acredito que esta expansão traga junto mais volume de vendas e modelos. Como está o desempenho da Shineray?
Estamos crescendo mês a mês, batendo recorde de vendas. A Shineray emplacava há dois anos em torno de 2 mil, 3 mil motocicletas por mês, e hoje estamos emplacando em torno de 11 mil a 13 mil. A tendência é manter o crescimento. A participação de mercado, que era de 1,4%, agora está na casa dos 6%. Este crescimento, bastante significativo, é decorrente da nossa reestruturação, das revendas com qualidade e profissionalismo.
Qual a projeção para vendas em 2025?
Até o fim do ano 144 mil motocicletas.
E lançamento de modelos, como está? Qual é o portfólio atual da Shineray?
Temos linhas de motocicletas a combustão e elétricas. Nosso foco, hoje, é 80% nos modelos a combustão e 20% nos elétricos. E os carros-chefe são os scooters, que começam pela Jet 50, passam pelos Phoenix, Rio, Urban, Shi. Depois temos modelos Jet com 750 cc, os Storm, os modelos custom. Cada modelo tem seu potencial de venda. Na Região Nordeste os scooters e as motocicletas de entrada de sobressaem, mas na região Sudeste as 150, 250 e até a Urban saem um pouco mais.
E esse portfólio está consolidado ou vocês estão com lançamento na manga?
Neste ano o grande lançamento foi a linha SBM, com a qual entramos no segmento premium. Agora os planos são de atualização dos modelos atuais, sem grandes alterações. Talvez em 2026. No momento estamos negociando com a China, fazendo levantamentos de potenciais.
SBM
Deste portfólio quanto é de produção nacional e quanto é importado?
Todos os modelos são trazidos da China. Eles passam por um processo de adequação para o mercado brasileiro e são comercializados. Não existe uma nacionalização, vamos dizer assim, como grande parte das outras marcas: nós compramos os produtos da Shineray China, eles chegam via navio e recebemos no Porto de Suape, onde está a nossa operação. Lá é feito todo o processo de separação dos modelos e sua desmontagem, colocados no CKD e distribuídos. Quando chega nas concessionárias é que é feita a montagem, vamos dizer assim, final das motos.
Por que a Shineray é a única fabricante de motocicletas a produzir fora de Manaus?
Todos os diretores são da região. Eles possuem outros negócios e, em 2005, apareceu a oportunidade da Shineray, que foi testada na região. Em meados de 2014, 2015, veio o grande boom: quando nasceu Suape vieram as isenções fiscais para algumas empresas e os fundadores acabaram por juntar o útil ao agradável. Fizeram o investimento aproveitando os incentivos e foi criada a estrutura.
Qual a projeção da Shineray para o mercado de motocicletas em 2025?
A Fenabrave projeta mais de 2 milhões de unidades e pelo momento atual do mercado acreditamos que ficará neste patamar. O financiamento está bem aquecido, o que nos ajuda. Não vejo impacto negativo no radar.
Os juros altos não podem ser um problema?
O financiamento está caro em todos os setores mas não estamos vendo impacto, o mercado está comprador. O segmento imobiliário, por exemplo, está bem aquecido e as taxas de juros estão altíssimas. Existe crédito no mercado e as pessoas estão comprando. O último trimestre deve ser mais aquecido, porque costuma ser assim, tem aquela crescente natural movida pela emoção.
São Paulo – A GWM abriu a pré-venda do Wey 07, seu SUV híbrido plug-in de seis lugares. Os interessados podem reservar o modelo por meio de seu site oficial, loja no Mercado Livre e em todas as concessionárias, pagando R$ 9 mil.
O preço final do veículo será divulgado apenas em 23 de outubro.
O sistema híbrido, que combina um motor elétrico com um 1.5 turbo, gera potência combinada de 517 cv. Internamente o modelo possui quadro de instrumentos digital de 12,3 polegadas e kit multimídia com tela sensível ao toque de 14,6 polegadas.
Todos os demais pormenores do veículo serão revelados em seu lançamento oficial
São Paulo – A Audi anunciou uma nova versão do Q5, a S Line quattro, que chega para ser a nova opção topo de linha nas configurações SUV e Sportback. Os preços são de R$ 485 mil e R$ 500 mil, respectivamente, e os clientes já encontram o modelo nas quarenta concessionárias da marca.
Alguns diferenciais da versão topo de linha do Q5 são faróis Led Matrix, câmara 360º, bancos dianteiros esportivos com ajustes elétricos, quadro de instrumentos digital de 11,9 polegadas e kit multimídia com duas telas: uma centralizada de 14,5 polegadas e outra de 10,9 polegadas na frente do passageiro.
Audi Q5 SUV S line quattro
O motor da nova versão topo de linha é o mesmo das demais, o evo5 em sua nova geração, que é 2.0 e tem 272 cv de potência, acoplado a câmbio automático de sete marchas.
São Paulo – A fabricante indiana de motocicletas Bajaj, com fábrica instalada na Zona Franca de Manaus, vendeu 19,7 mil unidades de janeiro a setembro, volume 214% maior do que o de iguais meses de 2024.
Em setembro a Bajaj atingiu seu novo recorde mensal de vendas, 2,9 mil motocicletas, superando em 15% o recorde registrado em agosto. No mês passado a marca foi a sexta mais vendida no mercado brasileiro.
Desde que iniciou suas operações, em dezembro de 2022, a Bajaj somou 34,8 mil vendas, sendo 31,2 mil motocicletas fabricadas no País. A empresa produz todo o seu portfólio disponível em Manaus, AM: Pulsar N150, Dominar NS160, Dominar NS200, Dominar 250 e a Dominar 400.
São Paulo – A Ram divulgou vídeo teaser com as primeiras imagens oficiais da versão de produção da picape Dakota, que deverá chegar ao mercado no primeiro trimestre de 2026. Elementos do exterior e do interior podem ser vistos no vídeo.
Em agosto um conceito, Nightfall, foi apresentado na ocasião em que o nome da picape, que será produzida em Córdoba, Argentina, foi divulgado.
São Paulo – A Syonet, empresa de software de CRM e marketing para o setor automotivo, adquiriu 100% da Campos Dealer, plataforma de relacionamento para concessionárias agrícolas. Com a operação a Syonet passa a controlar mais de 50% do setor e expande sua base de clientes em cerca de 1 mil lojas, atingindo mais de 4,2 mil clientes no total.
Hoje a Syonet atende a mais de 3,2 mil clientes corporativos, incluindo lojas de grandes redes como Stellantis, BYD, Hyundai e Toyota, que movimentaram mais de R$ 85 bilhões em transações via plataforma da empresa nos últimos doze meses.
Com a entrada no segmento agrícola inclui, em sua carteira, a principal base de concessionárias do setor, incluindo marcas como Valtra, John Deere, New Holland e Massey Ferguson. Juntas as duas plataformas representarão mais de R$ 100 bilhões em veículos, peças, acessórios e serviços automotivos em 2025.
Segundo Caio Nascimbeni, CEO da Syonet e da Atlante Capital, a aquisição faz parte de plano mais amplo de consolidação. Com incorporação da Campos Dealer a projeção é fechar 2025 com expansão de 50%, superando R$ 106 milhões em receita recorrente anual – quase o triplo dos R$ 39 milhões registrados em 2022, logo antes da entrada do fundo.
São Paulo – A GWM é a mais nova parceira do IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, para a realização de testes e estudos conjuntos dedicados à segurança, desempenho e viabilidade do uso do hidrogênio em veículos pesados. O anúncio foi feito durante a inauguração do LabH2, Laboratório de Hidrogênio, do IPT, na quinta-feira, 9, quando a GWM levou seu primeiro caminhão a célula de combustível a hidrogênio, desenvolvido pela FTXT.
A FTXT é a subsidiária da GWM, na China, responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de célula a combustível e componentes que utilizam o hidrogênio. Fora do país ela adota a marca GWM Hydrogen.
O caminhão usa hidrogênio verde a partir de uma reação do hidrogênio com o oxigênio que gera eletricidade, emitindo apenas vapor d’água no escapamento.
O LabH2 conta com infraestrutura completa para pesquisas envolvendo toda a cadeia do hidrogênio, incluindo duas estações de abastecimento: uma de 700 bar para veículos leves e outra de 350 bar para pesados, como caminhões e ônibus.