GM troca o fornecedor da polêmica correia banhada a óleo do Chevrolet Onix

Dourado, SP – Ainda que os problemas fossem pontuais, com zero rompimentos identificados, a General Motors trocou o fornecedor da polêmica correia banhada a óleo do motor do Chevrolet Onix. A Dayco passa a produzir o item, agora com reforço de fibra de vidro e com garantia de 240 mil quilômetros.

Não significa, porém, que a anterior, fornecida pela Continental, seja ruim: segundo Hermann Mahnke, diretor de negócios digitais da GM, foram poucos os problemas efetivamente relatados no Brasil, todos com Chevrolet Onix. Nos Estados Unidos, onde alguns modelos usam o motor com o mesmo componente, zero reclamações.

“É desproporcional o volume que o assunto ganhou nas redes sociais. Em nossos canais oficiais ele representa apenas 3% das interações e muito relacionado a dúvidas geradas pela própria repercussão”.

O diretor da GM identificou alguns movimentos considerados por ele “estranhos”. Citou como exemplos comentários nas redes sociais usando os mesmos termos – “seis por meia dúzia”, “ou seja” – de perfis sem seguidores e sem outras interações. Houve casos até de diversos comentários, na sequência, na língua uzbeque. Tudo sugere que robôs estejam amplificando o assunto nas redes.

“É uma quantidade desproporcional de engajamento negativo em um curto período de tempo. São construções narrativas idênticas, repetições de palavras-chave e uso de emojis e símbolos iguais. Muitos perfis sem seguidores, sem história na rede e que não respondem quando a empresa entra em contato. Há um forte indício de inautenticidade.”

Medidas para reforçar a qualidade

De toda forma alguns casos foram relatados e a GM se movimentou para minimizar o arranhão na imagem. Para a linha anterior do Onix se comprometeu a renovar a garantia do item, até 240 mil quilômetros, mediante análise em alguma concessionária, por R$ 660 – que inclui troca de óleo, filtro e etc –, especialmente para segundos proprietários em diante.

Esta garantia pode ser reativada também em caso de irregularidades encontradas, mediante o pagamento de R$ 700 e a substituição de todo o sistema da correia.

A partir da linha 2026 a peça é nova. Mas o cuidado com a manutenção deve ser o mesmo: “Reforçamos o material, mas é importante seguir as instruções do manual com relação às especificações do óleo lubrificante”, afirmou Emerson Fischler, diretor de engenharia da GM. “É complicado, porque segundo dados do ICL [Instituto Combustível Legal] em torno de 20% do óleo usado no Brasil é adulterado ou falsificado”.

A GM recomenda óleo com especificação 0W-20 da SAE, com o selo Dexos 1. Embora indique o de sua marca, ACDelco, é possível – e não desaprovado – utilizar o de concorrentes.

Tarifas de Trump devem gerar custo adicional de US$ 1,3 bilhão a máquinas e autopeças

São Paulo – As exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias e de autopeças para os Estados Unidos podem ter um incremento de custo na ordem de US$ 1,3 bilhão após as novas taxas aplicadas pelo governo de Donald Trump. O valor foi calculado pela Anfavea, que usou como base o resultado de exportação de 2024, somados os custos adicionais em 2025 com o mesmo volume de embarques.

De acordo com o presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, será difícil para a indústria nacional manter o ritmo de exportação de 2024 após o tarifaço:

“Esse cenário existiria se o volume fosse igual ao do ano passado, o que é muito difícil que siga com as novas taxas”.

No ano passado a exportação de máquinas rodoviárias para o mercado estadunidense chegou a US$ 1 bilhão 659 milhões e a de máquinas agrícolas somou US$ 96 milhões, ambas com taxa zero de exportação. Agora, com as novas tarifas de Trump, ambos os equipamentos terão acréscimo de 50%, tornando inviáveis muitas operações.

As exportações de autopeças para os Estados Unidos, incluindo motores, somaram US$ 1 bilhão 422 milhões no ano passado, pagando imposto de 2,5%, porcentual que subiu para 27,5%. Autopeças que não são consideradas do setor automotivo pagavam a mesma taxa em 2024, mas agora passarão a pagar 52,5%.

Somando os três segmentos as exportações no ano passado chegaram a US$ 3,5 bilhões, que deverá ser afetado a partir das novas taxas. O impacto pode chegar também de forma indireta ao setor de caminhões:

“O transporte por caminhões é usado para escoar cerca de 70% da produção nacional. Como alguns setores, como papel e café, estão sofrendo com a instabilidade das novas taxas, é possível que a decisão de compra de novos modelos seja adiada”.

Vendas líquidas da Phinia avançam 2,5% no segundo trimestre

São Paulo – As vendas líquidas da Phinia ao longo do segundo trimestre totalizaram US$ 890 milhões, alta de 2,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Foi o que apontou balanço da empresa divulgado segunda-feira, 11.

Excluindo os efeitos cambiais, com US$ 18 milhões de impacto positivo, e o encerramento de contratos de manufatura em 2024, com impacto negativo de US$ 5 milhões, a alta foi de 1%, ou US$ 9 milhões, impulsionada principalmente por ajustes de preços junto aos clientes, em especial os relacionados à recuperação de tarifas.

Quanto ao lucro líquido de US$ 46 milhões, com margem de 5,2%, houve aumento de US$ 32 milhões e 3,6 pontos percentuais na comparação anual. O EBITDA ajustado somou US$ 126 milhões, com margem de 14,2% – crescimento de US$ 9 milhões e 0,6 ponto percentual com relação ao mesmo período de 2024. 

Os resultados foram impulsionados por efeitos cambiais favoráveis, ganhos com eficiência de fornecedores e volume/mix de vendas, parcialmente compensados por maiores custos com pessoal e tarifas.

Diante dos resultados, a empresa atualizou suas projeções de vendas líquidas para o ano, que agora devem ficar de US$ 3,3 bilhões a US$ 3,4 bilhões. Excluindo impactos cambiais e a descontinuação de contratos em 2024 tem-se queda de 3% nas vendas, com expectativa de estabilidade ao longo de 2025. 

A estimativa para o lucro líquido vai de US$ 140 milhões a US$ 170 milhões, e o EBITDA ajustado de US$ 455 milhões a US$ 485 milhões. A margem líquida deverá variar de 4,2% a 5%, e a margem EBITDA ajustada, de 13,7% a 14,1%.

Leilane Correia assume negócio de soluções para combustíveis e lubrificantes da Basf

São Paulo – Leilane Correia é a nova gerente sênior do negócio de soluções para combustíveis e lubrificantes da Basf na América do Sul. Ela também responderá pela regional de químicos de desempenho, divisão que inclui mineração, aditivos para plásticos, catalisadores industriais e soluções para petróleo.

A executiva iniciou carreira na empresa em 2017, como trainee de vendas para a área de tintas automotivas, depois passou a coordenadora de negócios e tornou-se consultora de estratégia para a indústria automotiva. 

Nos últimos três anos foi gerente de negócios digitais na área de Go To Market para a América do Sul, responsável pelas estratégias de marketing digital, e-commerce e distribuição por meio do portal shop@Basf, consolidando a presença online da empresa na região.  

Correia é formada em engenharia química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com intercâmbio com a Universidade Técnica de Berlim, na Alemanha, e tem MBA em gestão de vendas pela Esalq USP.

Volkswagen registra em julho as maiores vendas para o mês desde 2014

São Paulo – Com 41 mil 630 emplacamentos em julho a Volkswagen alcançou o melhor resultado nas vendas para o mês desde 2014. O desempenho levou à fatia de mercado de 15,9%, o maior porcentual desde 2021.

Contribuiu o fato de o modelo mais vendido no mercado brasileiro, o Polo, ser o líder desde abril. No mês passado foram 12 mil 940 unidades.

O T-Cross também permaneceu como o SUV mais comercializado, com 9 mil 22 unidades. E o Virtus, que lidera o segmento dos sedãs compactos, vendeu 3 mil 863 unidades.

Indústria de motocicletas alcança o maior resultado dos últimos 14 anos

São Paulo – De janeiro a julho a produção de motocicletas registrou o melhor resultado dos últimos catorze anos, chegando a 1 milhão 141 mil unidades. É o terceiro maior volume da história para o período, de acordo com dados da Abraciclo, entidade que representa as fabricantes nacionais.

Na comparação com iguais meses do ano passado houve crescimento de 12,4%.

Em julho a produção chegou a 140,3 mil motocicletas, queda de 4,7% na comparação com o mesmo período de 2024 e recuo de 9% com relação a junho. Esta retração já era esperada pela entidade, por causa das férias programadas para o mês, período em que as montadoras aproveitam para fazer manutenção nas linhas de produção:

“A indústria segue mantendo um ritmo consistente de produção para atender à procura do mercado. No entanto o segundo semestre pode ser bastante desafiador devido ao cenário macroeconômico,” disse o presidente Marcos Bento.

O varejo registrou o melhor resultado da história de janeiro a julho, com 1 milhão 222 mil unidades emplacadas, volume 12,2% superior ao comercializado em iguais meses do ano passado. Em julho as vendas chegaram a 193,2 mil unidades, segundo melhor resultado da história para o mês, só perdendo para 2008, com alta de 23,1% sobre idêntico mês do ano passado e de 7,7% na comparação com junho.

No acumulado do ano foram exportadas 21,3 mil unidades, incremento de 13,1% sobre iguais meses de 2024. Em julho houve retração de 14,1% na comparação com igual mês do ano passado, com 2,7 mil unidades embarcadas, volume que também foi 12,6% menor do que o exportado em junho.

Fiat Toro busca manter presença na América do Sul

Atibaia, SP – Desde 1978, quando a Fiat apostou no lançamento de picape derivada de automóvel, no Brasil, com o 147 Picape, entendeu a importância do segmento. Passando pela líder de vendas Strada, apresentada vinte anos mais tarde, e pela Toro, em 2016, que segundo a empresa redefiniu o segmento e agora recebe facelift para a linha 2026, que chega às concessionárias esta semana.

Segundo Frederico Battaglia, vice-presidente da marca Fiat América do Sul, as seis versões da Toro, sendo quatro com motor turbo 270 flex 1.3 e duas com 2.2 turbodiesel, são suficientes para encarar a concorrência, uma vez que, em suas palavras, têm “oferta completa e competitiva”.

“A Toro sempre teve participação de mercado constante na indústria. Ela é muito sólida em seu desempenho comercial, inclusive depois da chegada de primos dentro da própria empresa. Não temos medo da concorrência.”

Fiat Toro 2026. Foto: Divulgação.

Sobre a possibilidade de canibalização, considerando que o consumidor da topo de linha da Toro possa migrar para a Titano, uma categoria acima, Battaglia disse que a montadora entende que, além dos preços, as propostas de valor são diferentes. 

“Quem anda com Toro e Titano na cidade tem experiências muito diferentes. Os perfis de consumidores que procuram por estes carros são relativamente pouco sobrepostos. Tem clientes de Toro que vieram de D picape assim como B picape. Mas acho que nossa oferta é muito assertiva. E, de qualquer forma, o importante é ficar em dúvida com relação a dois Fiat.” 

Em julho foram emplacadas 3 mil 985 unidades da Toro, de acordo com dados da Fenabrave, o que a coloca como a quarta mais vendida dos comerciais leves, em ranking liderado pela Strada, com 12 mil 895 unidades. Lançada no ano passado a Titano aparece em décimo-quinto lugar, com 415 veículos. No acumulado dos sete meses do ano a Toro mantém a posição, com 27 mil 317 unidades, e a Titano sobe à décima-terceira, com 4 mil 401. 

Para efeito de comparação o preço da topo de linha da Toro, a Ranch Diesel, é R$ 228,4 mil, e o da Titano de entrada, a Endurance, R$ 234 mil.

Fiat Titano 2026. Foto: Divulgação.

Por enquanto, de acordo com Battaglia, não é considerada a possibilidade de ampliação da produção em Goiana, PE, unidade que atualmente opera em três turnos para produzir os SUVs Jeep Renegade, Compass e Commander, e as picapes Fiat Toro e Ram Rampage.

A unidade receberá R$ 13 bilhões – do total de R$ 30 bilhões que a companhia aportará em todas as suas operações no País até 2030 – e fabricará novo híbrido a partir de 2026.

frederico battaglia, fiat, apresentação toro
Frederico Battaglia, vice-presidente da marca Fiat América do Sul. Foto: Soraia Abreu Pedrozo

Mercado externo 

O executivo estimou que em torno de 90% do volume produzido da Toro é comercializado no próprio país, e o restante é exportado. A ideia, por ora, é manter este patamar, ampliando aos poucos a presença em outros países, principalmente os da América do Sul.

“A Argentina, onde são produzidos Cronos e Titano, é o nosso segundo mercado na região. Além disto o Paraguai tem mercado parecido com o brasileiro e, no Uruguai, a marca é líder.” 

A Fiat estima a venda de mais de 600 mil carros na América do Sul este ano, sendo 1,3 milhão em todo o mundo.

Fiat tem três dos cinco modelos mais vendidos com Carro Sustentável

Atibaia, SP – Ao antecipar reduções de preços de três versões de dois de seus modelos de entrada, Mobi e Argo, em função do anúncio do decreto que regulamentou o IPI Verde e criou o Programa Carro Sustentável, no início de julho, a Fiat notou crescimento substancial na demanda por estes veículos. 

“Strada e Argo eram mais presentes e constantes no ranking, e o Mobi chegou agora. No ano passado, quando tivemos o IPI reduzido temporariamente, houve um boom para o Mobi também”, afirmou Frederico Battaglia, vice-presidente da marca Fiat América do Sul.

No mês passado, de acordo com dados da Fenabrave, foram comercializados 12 mil 895 unidades da Strada, o que manteve a picape na liderança dos comerciais leves, mas a deixou na segunda posição do ranking geral, encostada no Volkswagen Polo, com 12 mil 940.

Na sequência estão o Argo, com 9 mil 966, o Volkswagen T-Cross, com 9 mil 22, e o Mobi, com 8 mil 99. Os carros de entrada da Fiat tiveram seus preços reduzidos em até R$ 13 mil a partir de 11 de julho. No caso do Argo houve incremento de 2 mil 731 vendas ou 37,7% frente a junho e, no do Mobi, de 1 mil 752 unidades ou 27,6%.

fiat argo linha 2026

Battaglia lembrou que a iniciativa se estenderá até o fim de 2026. Embora tenha início em novembro o IPI Verde, capítulo do Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, que cobrará menor imposto de veículos que poluam menos e tenham mais etapas de industrialização no País, “a demanda cresceu de maneira surpreendente”: 

“Veremos se continuará assim até o início de 2027, quando entrará em vigor a reforma tributária. Mas nós imaginamos que a tendência deva seguir na mesma linha.”

Sobre as regiões em que há tendência de adesão pelos veículos Battaglia apontou que as vendas deverão ser proporcionais ao mercado, sendo que São Paulo, representante da maior fatia, sente mais, seguida do Sul e do Nordeste. “Talvez o Centro-Oeste sinta menos, pois lá o mercado de picapes é mais pujante.”

Por ora ainda não é considerado um terceiro turno em Betim, MG, de onde saem os modelos de entrada: “A produção como um todo está bastante comprometida. Nossa fábrica roda em dois turnos cheios. Estamos com a capacidade produtiva em patamar interessante e agora, sentindo melhor a demanda, conseguimos remixar conforme ela se manifestar.”

IPI Verde estimula híbridos leves da marca

Diante da proposta do IPI Verde, e do fato de que veículos híbridos flex terão descontos de impostos, Battaglia admitiu que a nova legislação acelera a chegada do híbrido para a linha de picapes, principalmente a Toro, sem pormenores. 

“Começamos pelos SUVs, uma vez que os modelos que possuem versões híbridas da marca são Pulse e Fastback. Mas os próximos passos seguirão planejamento das marcas da Stellantis. A lógica implementada será a de mercado.” 

Sobre se os híbridos fabricados localmente deverão seguir a tendência dos que já estão no mercado, os MHEV, o executivo disse que a tendência é a de que HEVs sejam comercializados por meio da marca chinesa parceira Leapmotor, por exemplo, e os híbridos leves pela Fiat.

“O elétrico puro, no momento, justifica pouco ter produção local. E os outros tipos de hibridização, se houver demanda diferente, tendencialmente chegarão antes.”

Novas Ram 2500 e 3500 chegam ao Brasil com motor turbodiesel Cummins

São Paulo – A Ram anunciou a chegada das novas picapes 2500 e 3500 ao Brasil, com motor Cummins 6.7 turbodiesel de 436 cv de potência. Ambos os modelos são as duas picapes a diesel mais potentes do mercado nacional, segundo a montadora. O câmbio é automático de oito marchas.

O visual dos dois modelos também foi renovado, com faróis de led redesenhados, assim como a grade frontal — o logo da Ram foi reposicionado. Na traseira as lanternas de led também trazem novo desenho. Internamente a grande mudança é a central multimídia, que é nova e tem tela de 14,25 polegadas, a maior disponível em uma picape no País.

RAM 3500 Laramie Night Edition

A lista de itens de série das duas picapes oferece quadro de instrumentos digital de 12,3 polegadas, kit multimídia, ar-condicionado digital e automático com saída para o banco traseiro, piloto automático adaptativo, assistente de manutenção de faixa, leitor de placas e câmera 360º.

A 2500 Laramie tem preço sugerido de R$ 560 mil e a 3500 tem duas configurações, a Laramie Night Edition e Longhorn, R$ 620 mil e R$ 680 mil.

Primeira concessionária brasileira da Geely é inaugurada em São José dos Pinhais

São Paulo – Desde 6 de agosto a primeira concessionária Geely do Brasil está de portas abertas em São José dos Pinhais, PR. A Geely Globo segue o padrão global da empresa, com showroom de 402 m² e sete unidades do elétrico EX5 expostas para os clientes. 

Até dezembro a empresa pretende ter rede de 23 concessionárias instaladas em dezoito cidades. Atualmente, junto com a revenda de São José dos Pinhais, a Geely mantém 22 lojas em shoppings centers, que também funcionam como pontos de vendas e exposição do SUV.